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2 de fevereiro de 2014

SOS SANEAMENTO BÁSICO PARA NOSSAS CIDADES BRASILEIRAS

Brasileiros ainda adoecem por falta de saneamento básico Imagine se na sua 

casa não chegasse água encanada. Agora, imagine se o esgoto da sua rua 

estivesse correndo a céu aberto...


Saneamento por cidades e campos limpos, saudáveis/sustentáveis, já!

DIÁRIO DA MANHÃ
PEDRO WILSON GUIMARÃES
Todo mundo sabe que saneamento básico e fundamental para uma vida saudável e sustentável para gente boa gente, famílias, comunidades rurais e urbanas. Todo mundo sabe porque questões como água, esgotamento sanitário, drenagem e resíduos sólidos/lixos são temas recorrentes para ofertarmos melhores condições de vida e trabalho. E bem estar geral para as populações cada vez mais urbanas sãs e/ou doentes? 
No Brasil e em Goiás combinou-se que saneamento básico é primeiro ofertar água. E assim temos em quase todos os municípios brasileiros água tratada. Há indicadores de noventa por cento enquanto esgoto não chegamos a cinqüenta por cento. Porque água e esgoto não foram trabalhados e tratados igualmente por que um depende do outro não é verdade? 
Há outros dados e raciocínios de que quanto mais temos água/esgoto tratados menos doenças atingem principalmente crianças com altas taxas de mortalidade e mesmo de adultos. Uns dizem é que é muito caro. Outros dizem que é porque não dá voto porque o esgoto não aparece depois de colocado debaixo do solo, será? Outros dizem que é porque não há fiscalização pública, comunitária? Outros ainda mais dizem que é porque o gato comeu o dinheiro? Fala-se isto e aquilo. 
Na nossa história quase a maioria dos municípios transferiu os serviços de água e esgoto para empresas públicas, público/privadas, privadas, terceirizadas. Nos orçamentos dos estados e dos municípios nunca foi colocado quase nada de recursos para a área de saneamento geral. E quase todo dinheiro vinha de recursos do banco mundial e/ou do governo federal. Houve um alento grande na década de cinqüenta quando foram criados serviços públicos de saneamento. Isto com a criação de departamentos depois companhias públicas estaduais que marcaram épocas. 
O Planasa foi um grande alento em termos de saneamento feito pela BNH/Saneago. E também moradias porque um dos maiores absurdos foi no passado e no presente construir conjuntos privados e públicos populares habitacionais sem os serviços completos de saneamento básico. Este drama perdurou até na realização do grandioso projeto de minha casa minha vida da presidenta Dilma que teve pressões de estados e municípios para dispensar a implantação dos serviços de água e esgoto completos. Agora temos com o PAC I e II mais recursos para saneamento básico. 
Avançamos nos percentuais positivos, mas aquém da satisfação das necessidades requeridas pelo desenvolvimento sustentável. E que todos almejamos, para um Brasil sem fome e sem miséria para um país de todos brasileiros/as. Ou não? 
Dirigente da ONU, Catarina Albuquerque visitou recentemente nosso país e fez estas já conhecidas constatações de que no sul e sudeste temos altos índices, no centro-oeste médios índices e nas regiões nordeste e norte indicadores baixos, muito baixos. Todos municípios sabem disso, estados e a própria união. 
O Congresso da ABES em Goiânia registrou tudo isso. E estudos da Assemae – serviços municipais de água e esgoto também registrou isso nos congressos de Londrina e Vitórias nestes dois últimos anos. A Anamma – Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente tem denunciado esta situação em que a falta de investimentos em água e esgoto faz aumentar as demandas para o SUS por causa das doenças provenientes da ausência de saneamento ambiental completo. 
É preciso também dizer do sucateamento das companhias de saneamento, terceirizações, delegações, privatizações, transferências de serviços sem as devidas avaliações e audiências de técnicos historicamente comprometidos com prestação de serviços, projetos, programas para fazer aumentar de modo quantitativo e qualitativo o alcance para populações destes citados serviços essenciais para uma cidade e mesmo campo saudável. Como andam Caesb, Copasa, Sabesb, Saneago? E os serviços municipais de Curitiba, Porto Alegre, Guarujá, Guarulhos, Betim, Cuiabá, Palmas? Como está a região do entorno de Brasília/Consórcio interfederativo? E Itumbiara, Rio Verde, Jataí, Inhumas, Uruaçu?
A gente sabe dos esforços dos Ministérios do Planejamento, Cidades e da Saúde/Funasa, MMA e ainda BNDES e CEF e de governadores e prefeitos e prefeitas na busca de soluções rápidas e a longos prazos. Fala-se de centenas de bilhões (+ ou – 500 bilhões para os próximos 20 anos) do OGU, mas precisamos aplicar mais e urgente. Sabe-se que a vida média no Brasil cresceu muito, estamos acima de 70 anos, uns mais. E outros menos por falta de saneamento básico, de vítimas de acidentes rodoviários, violências urbanas, mesmo drogas que atingem até crianças. 
Em setembro a ONU vai analisar esta dura realidade. E enquanto o lobo não vem é preciso que o Plano Nacional de Saneamento Básico – Plansab seja realizado com mais recursos técnicos/projetos e mais recursos orçamentários dos três entes federativos. Nossos córregos e rios urbanos estão quase todos poluídos e às vezes por nós mesmos de organismos locais, regionais responsáveis por estes serviços de coleta e tratamentos adequados. É preciso apoiar as entidades municipalistas como Assemae. E a Namma, ABES, CNM, FNP, ABM, CB27, AGM, FGM. E mais associações, sindicatos, universidades e institutos federais, estaduais e municipais na luta por saneamento básico. É agora a hora de todos nós lutarmos pela realização dos planos de saneamento, resíduos sólidos, drenagens. E coleta seletiva de lixo para melhorar nossas cidades mesmo boas e belas como Goiânia, João Pessoa, Londrina, Anápolis, Aparecida, Trindade, Canedo, Brasília, Rio, SP, BH, Porto Alegre, Floripa, Palmas, Goiás, Ceres, Caldazinha. 
Temos problemas, mas temos gente trabalhando. Vamos a luta. Homenageamos mais uma vez a pessoa do engenheiro Rodolfo Costa e Silva que pioneiramente trouxe projetos de saneamento básico para Goiânia. E técnicos da Saneago, Amma, ministérios, universidades e Assemae. Como João Bosco, João Guimarães, Emerenciano, Leda, Lívia, Flávio Alencar, Sílvio Marques, Paulinho, Temístocres, Maria, Célia, Marcelo, Karla, Henrique, Gustavo, Saburo, Ronaldo, Zilda, Thais, Sabrina, Otoniel. E Núbia, Silvano, Francisco, Wanderlei, Mariza. Memória e história para todos da fundação SESP e seus médicos, engenheiros, técnicos que ajudaram a melhorar a saúde do povo, sertanejo dos cerrados das águas planaltinas de karajás, tapuais, avas, xavantes, caiapós, calungas, cedros e mesquitas. Vamos participar, apoiar e valorizaros os planos, os consórcios, apas, os comitês de bacias hidrográficas de rios de Goiás (Meia Ponte, João Leite, Vermelho, Macambira Anicuns e Paranaíba). 
Vamos lutar por comitês, grupos de trabalho, comissões com associações, ONGS, mídias, universidades como UFG, PUC-GO, UEG, IFGoiás, IFGoiano, Unievangélica, Unianhanguera, Unip, Universo. E faculdades e escolas estaduais e municipais para mais e melhor cuidarmos de nossos parques e principalmente das nascentes dos quase cem córregos de Goiânia, Capital dos cerrados na luta contínua pelo desenvolvimento sustentável. 
Cuidarmos de todos rios e córregos de Goiás, do Araguaia ao Tocantins e Paranaíba. Um dia virá em que todos terão pão. Terão terra, água, moradia, saneamento, mel, poesia, folia, trabalho, saúde, educação, democracia e cidadania, direitos humanos sociais, culturais e ambientais. Vamos todos homens e mulheres construir juntos cidades saudáveis, sustentáveis, resilientes capazes de resistir aos desastres naturais, artificiais, antrópicos e desenvolver mais e melhor para todo mundo. Paz e bem. Água doce, água benta, água boa para todos seres planetários.
A ASSEMAE realizará de 4 a 9 de maio/2014 em Uberlândia/MG, terra do prefeito Gilmar Machado e sua 44ª Assembléia Nacional com tema “Saneamento para todos com desenvolvimento sustentável e gestão de qualidade”. E mais desafios sobre resíduos sólidos, recursos hídricos, educação ambiental, tecnologia, redução de perda, tratamento de esgoto. É importante uma participação e contribuição técnica e política de todos nós interessados no saneamento básico amplo e sério para nosso desenvolvimento sustentável apoiado pela Conferência Rio + 20 da ONU em 2011 e para a realização dos planos e serviços de coleta seletiva de lixo, resíduos sólidos, logísticas reversas, drenagens e saneamento básico. Oxalá. Políticas públicas compartilhadas entre governos e sociedade (servidores públicos, técnicos, catadores, empresários, cientistas) produtores e consumidores responsáveis. 
(Pedro Wilson Guimarães, presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia/2013 – Amma, Associação Nacional dos Órgãos Municipais de Meio Ambiente - AnamMA 2013/2015, secretário do Ministério do Meio Ambiente 2012/2013, ex-prefeito, ex-vereador por Goiânia, deputado federal entre1993 e 2011 PT/GO, professor da UFG e PUC-GO, militante dos Movimentos de Direitos Humanos, Fé e Política, Educação, Cerrados, e-mail: pedrowilsonguimaraes@yahoo.com.br)
Fonte: diário da manhã

BLOG SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

Um comentário:

  1. Do conto “​Centro, Pantanal”:

    “​Há fatos, há notas, há dados: tudo começa (ou antes) no envenenamento das nascentes dos rios que encorpam o Xingu. De início, os peixes, tantas vezes a água prateada de carniças, marcando no brilho dos corpos a morte sem fim do rabisco dos rios… Daí, as próprias matas à morte, que onde há matas não brotam os lucros… Em lugar, os ciclos cativos das plantas, a incessante produção de sementes sem vida, os frios frutos da técnica. Restaram, das origens, matas ciliares que ainda se apertam nas beiras dos rios em fuga, obscena depilação da natureza… ”

    De técnica e da teoria ao sentimento: como ficará o Brasil se tudo continuar como está?…
    Só apelando para a imaginação. E está tudo “previamente revisto” no livro “2112 …é o fim!”, crônicos contos de um Brasil visto do ponto de vista do futuro.

    É o presente!… O livro “literaliza” preocupações com o que rola no Rio de Janeiro e no Brasil, e com todos os rolos por que, então, se terá passado…

    ​Do conto “A Trama do Fim do Mapa”:​
    “​Epa!… Apagou tudo!… Tudo bem, não se assustem, apenas faltou luz… É normal, está relampejando muito… Raios!… Raios é que não faltam nesta terra, só espero que não nos partam… É a seca, o apagão… É, hidrelétrica já era!… “​



    ​Guina Ramos

    “2112 …é o fim!”,
    o Brasil caindo nos contos de um futuro mal passado…
    http://2112ofim.blogspot.com.br/

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