
Simpósio aborda contribuição japonesa à agricultura
Nos últimos dias 9 e 10 de junho, o “Simpósio Brasil Japão: Contribuição ao Agronegócio”, no Memorial da América Latina, abordou a contribuição da imigração japonesa ao desenvolvimento da agricultura brasileira.
O evento teve a promoção das três universidades paulistas - USP, Unesp e Unicamp, com apoio do Memorial e faz parte das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
O simpósio discutiu temas de interesse para a cooperação técnica e acadêmica entre Brasil e Japão em Agricultura. Participaram pesquisadores de diversas instituições, personalidades relevantes da comunidade nipo-brasileira, reitores das três universidades estaduais e representantes do Ministério da Agricultura dos dois países.
Os temas abordados no simpósio foram Agricultura e a relação Brasil-Japão; Agronegócio Brasil-Japão: realidade e perspectivas; Manejo sustentável de recursos naturais; Potencial agroenergético brasileiro; Dekassegui; Contribuição da imigração japonesa no desenvolvimento da agricultura brasileira; Relações acadêmicas: Brasil-Japão.
A Esalq participou do evento, como parte das comemorações pelos 107 anos de existência da instituição. Em abril, o diretor da Escola, Antonio Roque Dechen, representando a USP, participou juntamente com o Secretário de Agricultura, João Sampaio, de uma comitiva brasileira, liderada por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, de uma viagem ao Japão para definir a pauta de compromissos entre os dois países em relação às atividades comemorativas que estão acontecendo em comemoração aos 100 Anos da Imigração Japonesa.
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Na primeira metade do século 19 as primeiras correntes migratórias japonesas começaram a chegar ao Novo Mundo: em 1868 chegaram ao Havaí 153 imigrantes e no ano de 1898 ao Peru.
No Brasil, a imigração japonesa começou oficialmente em 18 de Junho de 1908, com o aportamento do navio KASATO MARÚ, em Santos-SP, trazendo 158 famílias, no total de 781 pessoas.
A história da imigração japonesa no Brasil está intimamente ligada à produção de café no Estado de São Paulo. Com o fim do regime escravocrata, vigente até quase o final do século XIX (1888),e continuando a expansão da lavoura cafeeira, as fazendas paulistas apresentavam uma crescente carência de braços. Daí, o interesse dos fazendeiros em obter mão-de-obra européia e asiática.
A corrente imigratória japonesa no Brasil orientou-se basicamente para o meio rural, calcula-se que entre os anos de 1908 e 1958 aproximadamente 210.000 japoneses entraram no Brasil, deste total aproximadamente 75% se concentraram no interior do Estado de São Paulo.
No que se refere à agricultura são enormes as contribuições do grupo japonês quanto ao uso correto do solo; a introdução novas plantas como o rabanete, a cebolinha, a poncã, acelga ou couve japonesa, a seda, etc., e melhoria de outras já existentes no país, tais como o chá, a pimenta-do-reino, a juta, algodão, tomate, caqui, ameixa, uva, pera, etc.; melhoria da tecnologia de produção; a produção de sementes selecionadas e mudas; organização de granjas; organização da comercialização de produtos agrícolas e o cooperativismo.
Deve-se se destacar também o trabalho dos japones no uso do plantio de arroz irrigado, as fazendas de frutas na região do São Francisco, com uso da irrigação, introdução da agricultura ecológica (sem venenos e poluentes), bem como os pesqueiros e fazendas de produção de diversos tipos de peixes. Na Mantiqueira Paulista, depois na mesma serra em Minas Gerais e posteriormente na Região de Penedo e Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro foram desenvolvidos os estudos, adaptações e produções da truta, um peixe muito apreciado na culinária brasileira.
OS RIOS SAO MUITO IMPORTANTES PARA NOS
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