SÃO PAULO - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) planeja um investimento de R$ 1,7 bilhão para o ano que vem. A empresa deverá destinar mais recursos às atividades envolvendo água, na comparação com o que foi empenhado para 2010, e investir menos, que este ano, nas ações relacionadas ao esgoto.
Vale dizer que, entre os serviços prestados pela Sabesp, o abastecimento de água apresenta resultados superiores aos da coleta e do tratamento de esgoto. Na região metropolitana de São Paulo (RMSP), por exemplo, a distribuição do recurso hídrico é considerada universal pela companhia, enquanto a coleta de resíduos humanos está em um patamar de 85% da demanda - o índice de tratamento do esgoto é ainda menor, com 70% do total recolhido.
Ao todo, 38 municípios da Grande São Paulo são atendidos pela empresa paulista, que não presta serviços às cidades de Diadema, Guarulhos, Mauá, São Caetano e Santo André - em Mogi das Cruzes, o atendimento é parcial. Apesar da presença da companhia em quase toda a mancha metropolitana, algumas áreas sofrem com a falta d'água.
"Existem regiões, como o extremo norte e a região sul do município de São Paulo (Jardim Ângela, por exemplo), que, devido ao crescimento desordenado, a rede de água projetada não atende à demanda de água da população", disse, por e-mail, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato.
O alto cargo da empresa ainda ressaltou que as maiores dificuldades para a implementação dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto são relativos à habitação humana. O uso indevido do solo e o crescimento populacional desordenado dificultam a instalação da infraestrutura necessária para a prestação dos serviços.
Segundo Massato, os lugares mais carentes do atendimento da companhia são "as áreas de periferia, as quais têm crescimento mais desordenado, e a região dos mananciais da Billings e Guarapiranga, que, na maioria das vezes, são áreas de proteção e nem sempre a Sabesp pode atender".
Na metrópole paulista, a empresa mantém em funcionamento 384 reservatórios, 28 Estações de Tratamento de Água (ETAs) e 100 poços. Isso sem contar as 28 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).
"A Região Metropolitana de São Paulo tem apresentado evolução significativa dos índices de coleta e tratamento. Somente para exemplificar: em 1997, a região tinha cerca de 29% de tratamento dos esgotos coletados; em 2010, passou a 70%. A coleta atingiu em 2010 o índice de 85%, superior à média nacional, de aproximadamente 51%", disse o superintendente de planejamento integrado da Sabesp, Edison Airoldi.
Outras regiões
No interior e no litoral paulista, os índices apresentados pela Sabesp, em referência à capacidade de atendimento da empresa, são menores do que os constatados sobre a mancha metropolitana.
O diretor dos sistemas regionais da Sabesp, Umberto Semeguini, relativiza que as características apresentadas nessas regiões - população pulverizada em grande número de municípios - fazem com que os índices de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto sejam menores que na RMSP - que tem grande concentração populacional em menor número de cidades.
"No interior, o que talvez dificulte é que, em determinadas regiões, há muitos distritos rurais, distantes da sede administrativa da cidade", apontou Semiguini. Esse fato encarece a construção de ligações de saneamento, entre o centro dos municípios e os distritos, com pouca demanda populacional.
"No litoral, as dificuldades se devem à população flutuante", explicou o diretor. O alto fluxo de turistas e as fortes chuvas no verão complicam a prestação de serviços da Sabesp.
Um contingente de 7,6 milhões de cidadãos é atendido nas regiões interioranas e litorâneas paulistas. Dentro disso, 91% recebem água tratada e 73% tem acesso à coleta de esgoto, sendo que o índice de tratamento dos resíduos humanos é de 85%.
Para atender a essa demanda, fora da RMSP, a companhia dispõe de 1.672 reservatórios, 185 ETAs e 963 poços. Em tratando-se de esgoto, contabilizam-se 459 ETEs. No total, com esses equipamentos, 327 municípios do Estado de São Paulo são atendidos.
Capital
A Sabesp tem até o ano de 2018 para tornar universais todos os serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto no território da cidade de São Paulo. Assim está firmado no compromisso entre a empresa, a prefeitura da capital paulista e o governo do estado, assinado neste ano.
O contrato prevê a prestação de serviços para os próximos 30 anos. Hoje, o município de São Paulo apresenta índices de coleta de esgoto de 97%, em sua área urbana regular, e de tratamento do esgoto coletado de 75%.Fonte: Portal Tratamentodeágua
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