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17 de junho de 2009

III SEMINÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA BACIA DO ALTO TOCANTINS - PROGRAMA CAPACITAÇÃO PARA 2,5 MIL FAMÍLIAS


Ref.: Bacia do Alto Tocantins - conheça

Seminário lança programa de capacitação que vai beneficiar mais de 2,5 mil famílias

Mais de 2,5 mil famílias em 60 municípios de quatro estados (GO, MA, MG e TO) e de uma região administrativa do Distrito Federal serão beneficiadas pelo “Programa de Capacitação em Agroextrativismo no Cerrado”, promovido pela Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata).

O programa será lançado no próximo dia 18 de junho, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, durante o III Seminário de Desenvolvimento Sustentável na Bacia do Alto Tocantins, que segue até o dia 19.

A atividade agroextrativista combina o extrativismo com a agricultura familiar sustentável e os cursos previstos pelo projeto vão ensinar exatamente isto aos trabalhadores: como explorar melhor o potencial econômico das regiões de cerrado onde vivem, retirando de lá parte de seu sustento ao mesmo tempo em que conservam o ecossistema.

Além de garantir uma fonte importante de renda, o agricultor participante estará contribuindo para a gestão dos recursos hídricos, na opinião do presidente da Ecodata Donizete Tokarsky. “Enquanto o agricultor garante melhor renda com o agroextrativismo, o Cerrado segue prestando um serviço ambiental fundamental para a melhoria da qualidade e da quantidade da água”, disse Tokarsky.

Samuel Barrêto, coordenador do Programa Água para a Vida, do WWF-Brasil – que apóia a Ecodata nas ações pela gestão das águas do Alto Tocantins – acrescentou que este tipo de atividade garante uma relação ganha-ganha entre os agricultores e o Cerrado brasileiro.
“A riquíssima biodiversidade e os importantes serviços ambientais prestados pelo Cerrado, especialmente no que tange aos recursos hídricos, têm sido enormemente negligenciados por anos a fio. É preciso que se estabeleça uma nova relação entre o desenvolvimento econômico e o Cerrado brasileiro, uma relação que garanta a sobrevivência do homem e que este, por sua vez, invista na conservação do Cerrado e de seus serviços ambientais para as gerações futuras”, avalia Samuel.

Aprendendo para o futuro

Resultado de uma parceria entre a Ecodata e o Ministério do Trabalho e Emprego, os cursos terão carga horária de 200 horas/aula, entre teóricas e práticas, ministradas para 73 turmas. O programa contará com a vasta experiência em educação ambiental e uso sustentável da biodiversidade adquirida pela ONG ao longo dos dez anos em que atua na promoção do desenvolvimento sustentável e da democratização da informação. Mais de 10 mil pessoas já foram capacitadas pela entidade.

A capacitação e a qualificação previstas não contemplam apenas a transferência de conhecimentos tecnológicos ou o simples treinamento dos trabalhadores, mas abrangem uma preparação mais completa, incluindo a consciência profissional tanto do ponto de vista da subsistência quanto da expansão do negócio. Com isso, os agroextrativistas deverão estar preparados para identificar as limitações e os gargalos da atividade, avaliar os custos dos insumos, definir preços competitivos para os produtos, encontrar novos mercados, estabelecer parcerias e vislumbrar alternativas para competir no mercado.

Os cursos têm ainda uma preocupação com a formação cidadã dos participantes, abordando temas como cidadania, legislações ambiental e trabalhista, ética, direitos humanos, primeiros socorros e outros assuntos que vão contribuir para a formação e consequente desenvolvimento social das famílias e regiões beneficiadas pela capacitação.

Mercado crescente num bioma ameaçado

A demanda por produtos à base de espécies nativas e de sabor exótico é crescente no mercado. Como grande parte deste comércio é baseada no extrativismo, é necessário incentivar plantios associados a bases sustentáveis para conciliar agroextrativismo e preservação ambiental. Pequi, cagaita, baru, jatobá e mangaba são alguns dos produtos que podem ser coletados do Cerrado com fins comerciais sem resultar em degradação ambiental.

Estabelecer meios viáveis de coleta, beneficiamento, acondicionamento, preservação e escoamento da produção são medidas essenciais à consolidação do desenvolvimento sustentável do Cerrado. Assim, o programa vai contribuir para a conservação deste que é o maior bioma totalmente incluído em território brasileiro, cobrindo mais de 20% das terras nacionais e abrangendo dez estados na porção central do país, com mais de 12 mil espécies de plantas.

Seminário

Além do lançamento do programa de capacitação, o encontro, que está em sua terceira edição, terá como tema central a gestão dos recursos hídricos e o uso sustentável do Cerrado. As versões anteriores reuniram mais de 600 pessoas para debater, entre outras matérias, a gestão dos recursos hídricos e os impactos sociais das usinas hidrelétricas.

Este ano, a abertura dos trabalhos será com um painel que vai discutir a relação entre a mídia e o Cerrado. A mesa redonda contará com a presença de jornalistas do cenário nacional para apresentarem suas contribuições ao assunto, traçando um verdadeiro diagnóstico da cobertura que a mídia confere ao Cerrado e ao meio ambiente.

Depois, a discussão fica por conta da “Conservação e desenvolvimento do Cerrado”. Mostrar a viabilidade do aumento da produção, garantindo a conservação do bioma é o principal objetivo desse debate.

No segundo dia do evento, os destaques da programação serão as apresentações dos Estudos Integrados de Bacias Hidrográficas (EIBH) e das experiências de sucesso do uso sustentável do Cerrado.

Participam do evento, com inscrições gratuitas, representantes do Governo Federal, das Administrações Estaduais, parlamentares, lideranças municipais, membros dos setores estatal e privado, instituições de ensino e pesquisa, representantes da sociedade civil, usuários de recursos hídricos, além do público em geral.

O Seminário conta com o apoio Câmara dos Deputados, Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Comissão de Legislação Participativa, Frente Parlamentar Ambientalista, WWF-Brasil, Seagro (GO), Setas-TO, Ministério do Trabalho e Emprego, SOS Mata Atlântica, Conágua Alto Tocantins, Ibama (GO), Confea, SCO/MI, Coca-Cola, Fórum Goiano em Defesa do Cerrado e Movimento Cerrado Vivo.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa – Ecodata, 61 2104-4426/9221-6931
Gadelha Neto, Ass. Com. WWF-Brasil – 61 8175-4038

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