SALVANDO AS PIABANHAS DO RIO PARAÍBA DO SUL (SP-RJ)

Represa Paraibuna (SP) recebe três mil piabanhas

A represa Paraibuna recebeu no início desta semana três mil filhotes de peixes do tipo piabanha, no trecho do município de Natividade da Serra.

A ação faz parte da Companhia Energética de São Paulo (CESP), responsável pela gestão da represa, que objetiva salvar a espécie do processo de extinção e repovoar a área com novos peixes.

A soltura dos alevinos aconteceu na área da Prainha e cada um dos exemplares mede cerca de 15 centímetros de comprimento.

Segundo o técnico ambiental contratado pela CESP, Ielzo Luiz da Silva, os filhotes soltos na prainha integram um programa de repovoamento que compreende várias espécies de peixes nativos.

Os alevinos são criados no Núcleo de Psicultura da CESP, que funciona na cidade de Paraibuna (SP). A expectativa da empresa é promover a soltura de 520 mil peixes na bacia hidrográfica do Paraíba do Sul.

Dentre as espécies escolhidas para a soltura na represa em Natividade estão a piabanha, a pirapitinga, o lambari branco, lambari tambiú, piau-palhaço e surubim.

Piabanha ameaçada

De acordo com informações colhidas pela CESP, a piabanha faz parte da história do rio Paraíba do Sul, inclusive figurando no brasão da cidade de Paraibuna.

Piabanha significa "o que é manchado" na língua tupi. Geralmente, os exemplares adultos da espécie chegam a medir 80 centímetros e pesam entre oito e 10 quilos.

Atualmente a espécie está ameaçada de extinção, já que a presença dela nos rios da região tem sido cada vez mais rara. Fonte: Site Pindavale

PIABANHA

(Brycon insignis)

Ameaçada de extinção, sua ocorrência é rara e a espécie, dificilmente encontrada, salvo em alguns (poucos) rios fluminenses e na Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul, basicamente no domínio das Ilhas Fluviais, onde ainda não existem alterações ambientais significativas, e algumas sub-bacias do Curso Médio Inferior e Baixo Curso - rios Muriaé e Pomba. Nesses lugares, as matas ciliares (vegetação do entorno e das margens do rio) se encontram relativamente preservadas e proporcionam o abrigo e a alimentação necessária para o desenvolvimento da espécie. A CESP realiza um excelente trabalho de repovoamento da pirapetinga e piabanha no Alto Curso, nos rios Paraitinga e Paraibuna, SP, formadores do Paraíba do Sul. Durante o período das cheias a piabanha faz a piracema, que consiste em subir os rios durante o período de reprodução para estimular a desova. O ciclo reprodutivo costuma ter inicio no mês de Novembro e termina no mês de Fevereiro. A fecundação dos óvulos da piabanha tem início quando as fêmeas os liberam na água. Nesse ritual de acasalamento, os machos nadam paralelamente às fêmeas e soltam seus espermatozóides fecundando grande parte dos óvulos. Depois, a incubação é realizada nas águas calmas das lagoas marginais e outras áreas de remanso, verdadeiros berçários naturais, onde os alevinos encontram alimento e refúgio. Só muito mais tarde, quando estão aptos para competir nos lares de alimentação de seus pais, é que nadam para a calha principal dos rios. O macho da piabanha é capaz de reproduzir a partir do segundo ano de vida, quando alcança aproximadamente 20 cm de comprimento. Na fêmea, a reprodução só começa a partir do terceiro ano de idade, quando alcança cerca de 30 cm de comprimento. Na fase juvenil a piabanha é ictiófaga e insetívora - se alimenta de peixes e insetos - e eventualmente frugívora (frutas e sementes). Quando adulta, a espécie come frutos, sementes, insetos e pequenos peixes. Além do seu alto valor comercial - é considerado peixe de "primeira" pelos pescadores artesanais - a piabanha é um peixe extremamente esportivo. Muitos pescadores viajam grandes distancias apenas pelo prazer de assistir seus saltos e acrobacias, quando se sente fisgada por algum anzol.

Alguns mandamentos para a proteção dos peixes:

1- Nunca pescar no período da piracema;
2- Nunca comprar peixes fora da medida mínima de captura, quando ainda nem fizeram a primeira reprodução, e isso é extensivo a todas as espécies;
3- De preferência, não comprar a piabanha enquanto se encontrar ainda ameaçada de extinção;
4- Durante a pescaria, tire uma bela fotografia e devolva rapidamente o peixe para a água. Ele vai crescer, acasalar, manter os estoques estáveis e a pescaria farta;
5- Não jogue lixo no rio. Você é um sujeito educado. Material plástico e outros produtos indesejáveis poluem e comprometem a beleza cênica da região. Devem ser colocados num saco e levados para a lata de lixo;
6- Não permita que degradem a natureza poluindo ou desmatando. Ela é o nosso jardim. Quando nenhuma denúncia surtir efeito, procure o Ministério Público.

VISITE O SITE DO PROJETO PIABANHA

INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL

Divulgando, Promovendo e Valorizando

quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!