Sem rede coletora, esgoto acaba despejado nos rios
Da Redação do pe360graus.com
04/09/2009
Todas as casas e prédios devem ser ligados à rede coletora de esgoto ou ter uma fossa. Mas na maioria dos bairros das cidades da Região Metropolitana do Recife, não existe tubulação para despejar a água suja. Por conta disso, os canais e rios terminam recebendo os dejetos. Este problema é o tema da segunda reportagem da série sobre saneamento, que começou nesta quarta-feira no NETV 2ª Edição.
1ª REPORTAGEM
Mais de 7 milhões de pernambucanos não têm rede de esgoto
Uma lagoa de água muito suja e infectada em Peixinhos, um bairro de Olinda com 35 mil habitantes. Na mesma cidade, o caminho que liga Jardim Fragoso a Jardim Atlântico segue na beira de uma imensa canaleta de água suja. Ela joga tudo no canal, que ainda recolhe o que os canos retiram das casas. Qual o destino desse esgoto? O mesmo do que é despejado, no bairro de Casa Forte: o rio Capibaribe.
Um rio torturado. Como tantos em Pernambuco. No fim de agosto, pescadores realizaram uma competição para premiar quem recolhesse mais lixo de dentro do rio. O vencedor ganharia R$ 300.
“O rio serve para a gente, porque nós somos pescador. Com o rio poluindo, como é que a gente vai ganhar o peixinho da gente, o ganha pão da gente? O rio não foi feito pra jogar lixo. Foi feito pra se alimpar, pra ser um rio limpo”, desabafa o pescador Josenildo Marques da Silva.
Apesar do esforço, no dia seguinte, milhares de peixes amanheceram mortos no Capibaribe.
Toda a água de esgoto deveria sair dos ralos diretamente para a tubulação da rede de saneamento. Por baixo da terra, ser levada para as estações de tratamento. E só depois de passar por processos físicos e biológicos, retornar ao meio ambiente.
Mas se a tubulação não passa nos bairros, onde despejar a água que é indesejada dentro de casa?
Por lei, ao ser construído, qualquer imóvel deve ser ligado à rede coletora de esgoto ou ter uma fossa. Para fazê-la, o construtor deve seguir as normas da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH).
O manual está à disposição na própria CPRH. “Existe um licenciamento ambiental que orienta, inclusive com um prazo para que a cada ano haja uma limpeza dessa fossa feita por uma empresa especializada, que faça essa limpeza de forma a garantir a vida útil dessa instalação com condições sanitárias adequadas”, explica o presidente da CPRH, Hélio Gurgel.
Mas, cabe à própria CPRH fiscalizar. A agência conta com 45 fiscais para atender todo o estado de Pernambuco. Faria parte do trabalho deles evitar que água de fossa e de esgoto fosse despejada em galerias construídas para escoar água de chuva, por exemplo. Fonte: PE -360graus.com
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