RMSP reduz consumo de água, mas produção dos mananciais diminui
Sabesp diz que consumo caiu 23% e número de domicílios aumentou 55%.
27/07/2009, São Paulo, SP
Sabesp diz que consumo caiu 23% e número de domicílios aumentou 55%.
27/07/2009, São Paulo, SP
Na última década, o cadastramento de domicílios da Região Metropolitana de São Paulo ((RMSP, com 38 municípios, mais a capital), feito na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), cresceu 55%, aumentando de 3,3 milhões para 5,1 milhões as moradias registradas. Em igual período, a média mensal de consumo de água, que era de 17,4 m3/residência em 1998, cedeu para 13,4 m3/residência em 2008, acusando queda de 23% (dados divulgados por: O Estado de S. Paulo, sábado, 25, julho, 2009, informados pela Sabesp).
A Sabesp comemora o sucesso dos esforços para a redução do consumo e, entre outros, os resultados pelo uso de equipamentos de ponta, inclusive para identificar pontos de vazamento. Em números absolutos há o que comemorar, porém há comparativos que apontam em outra direção, entre eles o decréscimo do volume de água produzido pelo sistema que abastece a região.
Uma outra aritmética - O fato é que, em números relativos, a redução no consumo de água pode não significar, unicamente, o sucesso de campanhas educativas e o avanço tecnológico. Pode, também, incluir como componentes os racionamentos que ocorrem periodicamente em municípios da RMSP e em bairros da capital. Em outras palavras, há fortes indícios de não haver água suficiente para todos, ao mesmo tempo.
Dados divulgados por especialistas informam que, para atender a população da RMSP, estimada em 19,3 milhões de pessoas (2006/Diagnóstico/Seade), é necessário produzir 73 m3/segundo de água.
Historicamente, a projeção de dados calcula (para São Paulo) quatro pessoas por residência. Assim, 5,1 milhões de residências (número Sabesp) abrigam, estatisticamente, para além de 20 milhões de pessoas. A atual capacidade de produção da Sabesp, para a região é de 67 m3/segundo de água tratada. Sendo corretos os números divulgados, entre esta produção e a demanda plena (73 m3/segundo) cerca de dois milhões de moradores na RMSP “se revezam” para beber água e tomar banho.
Risco de escassez permanece preocupante - Seja qual for o motivo da redução de consumo de água na RMSP, o risco da escassez continua preocupante. Em painel que fez parte do congresso da Ambiental Expo 2009 (30 junho/02 julho, Parque Anhembi, SP), falando em nome da Sabesp o gerente do Departamento de Planejamento Integrado de Distribuição de Água para a RMSP, Jairo Tardelli, destacou a ausência de recursos hídricos em quantidade apropriada para o grande número de habitantes da região.
“Mais de 50% da água consumida na região metropolitana de São Paulo é importada de outras bacias. Nenhum município da região tem água suficiente para suprir suas necessidades”, disse Tardelli na ocasião.
A escassez só tende a acentuar porque, se é fato a redução no consumo, também o é a redução nas fontes produtoras. Em 2006, era de 66,30 mil m3/segundo a produção do Sistema Integrado de Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo (represas: Cantareira, Ribeirão da Estiva, Rio Grande, Guarapiranga, Alto Tietê, Alto Cotia, Baixo Cotia, Rio Claro). Atualmente, a Sabesp aponta para o Sistema uma produção de 65 mil m3/segundo.
Fontes: Seade/Sabesp
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
A Sabesp comemora o sucesso dos esforços para a redução do consumo e, entre outros, os resultados pelo uso de equipamentos de ponta, inclusive para identificar pontos de vazamento. Em números absolutos há o que comemorar, porém há comparativos que apontam em outra direção, entre eles o decréscimo do volume de água produzido pelo sistema que abastece a região.
Uma outra aritmética - O fato é que, em números relativos, a redução no consumo de água pode não significar, unicamente, o sucesso de campanhas educativas e o avanço tecnológico. Pode, também, incluir como componentes os racionamentos que ocorrem periodicamente em municípios da RMSP e em bairros da capital. Em outras palavras, há fortes indícios de não haver água suficiente para todos, ao mesmo tempo.
Dados divulgados por especialistas informam que, para atender a população da RMSP, estimada em 19,3 milhões de pessoas (2006/Diagnóstico/Seade), é necessário produzir 73 m3/segundo de água.
Historicamente, a projeção de dados calcula (para São Paulo) quatro pessoas por residência. Assim, 5,1 milhões de residências (número Sabesp) abrigam, estatisticamente, para além de 20 milhões de pessoas. A atual capacidade de produção da Sabesp, para a região é de 67 m3/segundo de água tratada. Sendo corretos os números divulgados, entre esta produção e a demanda plena (73 m3/segundo) cerca de dois milhões de moradores na RMSP “se revezam” para beber água e tomar banho.
Risco de escassez permanece preocupante - Seja qual for o motivo da redução de consumo de água na RMSP, o risco da escassez continua preocupante. Em painel que fez parte do congresso da Ambiental Expo 2009 (30 junho/02 julho, Parque Anhembi, SP), falando em nome da Sabesp o gerente do Departamento de Planejamento Integrado de Distribuição de Água para a RMSP, Jairo Tardelli, destacou a ausência de recursos hídricos em quantidade apropriada para o grande número de habitantes da região.
“Mais de 50% da água consumida na região metropolitana de São Paulo é importada de outras bacias. Nenhum município da região tem água suficiente para suprir suas necessidades”, disse Tardelli na ocasião.
A escassez só tende a acentuar porque, se é fato a redução no consumo, também o é a redução nas fontes produtoras. Em 2006, era de 66,30 mil m3/segundo a produção do Sistema Integrado de Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo (represas: Cantareira, Ribeirão da Estiva, Rio Grande, Guarapiranga, Alto Tietê, Alto Cotia, Baixo Cotia, Rio Claro). Atualmente, a Sabesp aponta para o Sistema uma produção de 65 mil m3/segundo.
Fontes: Seade/Sabesp
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