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31 de maio de 2013

Estudante de 19 anos cria uma máquina que é capaz de limpar todo o plástico dos oceanos em 5 anos

Boyan Slat, holandês e estudante de engenharia, desenvolveu o projeto de uma máquina que seria capaz de retirar mais de 7 milhões de toneladas de plástico dos oceanos.
O invento se chama Ocean Cleanup Array, e se trata de uma estrutura que se comporta como um gigantesco filtro. Ela seria posicionada em pontos estratégicos dos oceanos, onde há maior concentração de lixo, e seria capaz de recolher todo o material flutuante. Após isso uma equipe recolheria o OCA e separaria a vida marinha do plástico. Como o lixo recolhido ainda fica em contato com a água, a fauna oceânica ficaria segura, mesmo sendo recolhida. O plástico “limpo” restante seria encaminhado a reciclagem.
De acordo com Boyan, seu invento seria capaz de limpar os oceanos em um período de 5 anos, tornando os mares completamente livres dos plásticos flutuantes e eliminando a ilha de lixo presente no Oceano Pacífico.
O jovem ganhou seu primeiro prêmio aos 14 anos,  Melhor Ideia do Sul da Holanda, e entrou para o livro dos recordes.
Veja o estudante explicando como funciona o seu invento (inglês):


Postado por: Alan Cardoso
 4 de abril de 2013
http://www.tecnoetc.com.br/2013/04/04/estudante-de-19-anos-cria-uma-maquina-que-e-capaz-de-limpar-todo-o-plastico-dos-oceanos-em-5-anos/


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Navio de pesquisa Yokosuka termina expedição sobre o Platô de São Paulo

30/05/2013

O navio de pesquisa oceanográfica japonês Yokosuka chegou dia 25/5 ao Porto de Santos, com o submarino Shinkai 6500 e um grupo de cientistas brasileiros à bordo, marcando assim o fim de uma expedição de duas semanas sobre o Platô de São Paulo, com mergulhos que chegaram a 3.600 metros de profundidade.

E a grande descoberta da expedição, imagine só, foi não ter descoberto quase nada. Foi a primeira vez que cientistas mergulharam a grandes profundidades nessa região, e a escassez de vida surpreendeu tanto os pesquisadores japoneses quanto os brasileiros. “A expectativa era encontrar grandes concentrações de vida, mas infelizmente nada disso foi localizado”, contou ao Estado o cientista chefe da expedição, Katsunori Fujikura, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec). A expectativa baseava-se no fato de que, do ponto de vista geológico, o Platô de São Paulo (onde fica a Bacia de Santos) é muito parecido com o Golfo do México, onde há também muitas reservas de petróleo, gás, e uma grande concentração de ecossistemas quimiossintéticos, que é o que os biólogos esperavam encontrar por aqui também. “Foi uma surpresa para nós. Por que será que há tão pouca vida aqui? Esse será o escopo das pesquisas a partir de agora”, completou Fujikura.

Polvo de grande profundidade fotografado com o submarino Shinkai 6500 no Platô de São Paulo

Peixe de grande profundidade fotografado com o submarino Shinkai 6500 no Platô de São Paulo

FOTOS: Polvo e peixe de grande profundidade fotografados com o submarino Shinkai 6500 (abaixo) no Platô de São Paulo.

Submarino Shinkai 6500

Ecossistemas quimiossintéticos são ambientes de grande profundidade associados a falhas no assoalho oceânico, nos quais a fonte primária de energia para a vida não é a fotossíntese, como realizada pelas plantas na superfície, mas o metabolismo de elementos químicos inorgânicos (como metano e enxofre) realizado por microrganismos especialmente adaptados a condições extremas de temperatura e pressão, que acabam dando suporte à vida de vários organismos maiores, incluindo moluscos, crustáceos e peixes. Há dois tipos principais desses ambientes: as fumarolas de água quente e as exsudações de água fria, que é o que os pesquisadores esperavam encontrar no Platô de São Paulo.

A viagem de duas semanas, entre Rio e São Paulo, foi a segunda pernada de uma expedição iniciada cerca de um mês atrás, dentro de uma parceria entre a Jamstec, o Instituto Oceanográfico da USP e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), envolvendo pesquisadores de várias instituições brasileiras e japonesas. Na primeira pernada foram realizados sete mergulhos de até 4.200 metros de profundidade nas regiões da Elevação do Rio Grande e da Dorsal de São Paulo (leia o relato da expedição nos posts abaixo). Agora, na segunda pernada, foram nove mergulhos de até 3.600 metros no Platô de São Paulo (estavam previstos 10 mergulhos, mas o último teve de ser cancelado por questões meteorológicas).

Nenhum ambiente quimiossintético foi encontrado, e a quantidade e variedade de animais maiores observados também foi pequena — diferentemente do que foi observado nos mergulhos da primeira pernada. “Apesar de serem todos da mesma região, os três locais têm biodiversidades distintas”, observou Fujikura. “Aqui não vimos animais de grande porte e a quantidade de vida era muito menor.”

O que não significa que a expedição tenha sido um fracasso, nem que não existam ecossistemas quimiossintéticos no Platô de São Paulo, segundo a pesquisadora Vivian Pellizari, do Instituto Oceanográfico da USP. “O que nós vimos foi uma parte muito pequena do platô”, destaca ela. “É impossível que numa área enorme como essa, com todo o petróleo que sabemos ter aqui, não haja nenhum escape de gás, nenhuma exsudação fria, como há no Golfo do México. Temos de continuar procurando; é uma agulha no palheiro.”

Mesmo sem ter encontrado nenhum ambiente quimiossintético, os cientistas vão voltar para casa com uma grande quantidade de dados e amostras, suficiente para muitos anos de pesquisa. Dezenas de amostras de água, sedimentos e animais de águas profundas foram coletadas, incluindo caranguejos, camarões, mexilhões, esponjas, pepinos e estrelas do mar. “É bem possível que tenhamos espécies novas nessas amostras”, diz o biólogo Angelo Bernardino, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que fez um mergulho com o Shinkai a 2.800 metros de profundidade. “Acho que vão aparecer coisas muito interessantes nas análises.”

Vivian e Bernardino destacam que o Atlântico Sul nunca havia sido prospectado cientificamente dessa maneira, e foi a primeira vez que cientistas brasileiros tiveram oportunidade de descer a essas profundidades na costa brasileira. “Foi uma oportunidade única para a ciência do Brasil”, disse Vivian, ressaltando que várias instituições do País, de vários Estados, vão receber amostras coletadas na expedição para pesquisa. “Apesar de a biodiversidade observada ter sido bem menor do que esperávamos, o desafio será maior ainda agora para explicar esses resultados”, avaliou a bióloga. “É a primeira vez que coletamos esse tipo de dado no Brasil; então, toda informação que pudermos extrair deles será muito importante.”

As amostras de água e sedimento, por exemplo, serão minuciosamente analisadas quimicamente e geneticamente para entender que elementos e microrganismos estão presentes nesses ambientes.

Coleta de sedimento do leito marinho no Platô de São Paulo.
Coleta de sedimento do leito marinho no Platô de São Paulo.

Shinkai 6500 no convés do navio Yokosuka, no Porto de Santos.
O Shinkai 6500 no convés do navio Yokosuka, no Porto de Santos.

A passagem do Yokosuka e do Shinkai 6500 pelo Brasil é parte de um projeto de volta ao mundo da Jamstec, chamado Busca pelos Limites da Vida (Quelle 2013). O próximo ponto de pesquisa do navio será no Mar do Caribe.

Fonte: Herton Escobar / O Estado de S. Paulo

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Florestas são importantes mas não compensam emissões de CO2

30/05/2013

Especialistas mundiais em mudanças climáticas tem jogado água fria na ideia de que plantar árvores pode compensar as emissões de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis.

Se mal definidos, reflorestamentos podem legitimar o uso contínuo de combustíveis fósseis.

O professor Brendan Mackey do Programa de Respostas às Mudanças Climáticas da Universidade Griffith é o principal autor de um estudo internacional envolvendo pesquisadores da Austrália e do Reino Unido. Suas descobertas foram relatadas na "Desembaraçando a confusão em torno da ciência do carbono da terra e política de mitigação das mudanças climáticas", publicado na revista Nature Climate Change.

"Enquanto proteger e restaurar florestas naturais são parte da solução, a realidade é que, para todos os efeitos práticos, as emissões de CO2 por combustíveis fósseis são irreversíveis", disse o professor Mackey.

Os achados apontam para a necessidade urgente dos decisores políticos em todo o mundo repensarem a questão de como muitos tomadores de decisões, nacional e internacionalmente, assumem que as emissões de combustíveis fósseis podem ser compensadas ​​através de sequestro de carbono com o plantio de árvores e outras práticas de manejo da terra.

"Há um perigo em acreditar que sequestradores de carbono em solo podem resolver o problema das emissões de carbono na atmosfera, porque isso legitima o uso contínuo de combustíveis fósseis", disse o professor Mackey.

O estudo descobriu que a proteção das florestas naturais evita emissões resultantes do desmatamento e da exploração madeireira, conservando biodiversidade. A restauração de ecossistemas degradados ou o plantio de novas florestas ajuda a armazenar parte do dióxido de carbono que foi emitido a partir das atividades no uso da terra no passado.

"Estas ações de gestão do solo devem ser recompensadas, por serem uma parte importante da solução", disse Mackay.

"Entretanto, restaurações ou cultivos de novas árvores, não compensarão as emissões de CO2 devido as taxas de crescimento das plantas e as grandes reservas remanescentes de combustíveis fósseis.

"Infelizmente não há outra opção senão reduzir cerca de um terço do CO2 presente na atmosfera por 2 a 20 milênios."

Mais informações: "Desembaraçando a confusão em torno da ciência do carbono da terra e política de mitigação das mudanças climáticas" por Brendan Mackey et al. Nature Climate Change doi: 10.1038/nclimate1804.
Jornal de referência: Nature Climate Change

Fonte: Phys
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Prefeitura de Itanhaém faz limpeza de riachos e ribeirões


31/05/2013 

Riacho Bicudo passou por limpeza
Riacho Bicudo passou por limpeza
A Prefeitura de Itanhaém, por meio da Secretaria de Serviços e Urbanização, antecipou a programação da limpeza dos rios, visando garantir a manutenção desses pontos e o escoamento das águas pluviais em dias de chuva forte. Neste semestre, os trabalhos estão sendo executados nos rios Bicudo, Campininha e Cavuçu. No segundo semestre serão feitos nos rios do Poço e Montevediu, totalizando 34 quilômetros de serviços de manutenção.

O objetivo consiste em desobstruir a vazão, amenizando os impactos das chuvas na região. Os trabalhos de retirada de lixo, mato e entulho estão sendo feitos no rio Bicudo, com o auxílio de uma escavadeira. Nos próximos dias eles acontecerão também no rio Campininha. Os dois rios totalizarão cerca de cinco quilômetros de trechos limpos ao final do serviço, que se estenderá ainda para mais oito quilômetros do rio Cavuçu.

No segundo semestre ocorrerão intervenções em toda a extensão do rio do Poço, um dos maiores de Itanhaém. Ele nasce na divisa com Peruíbe, corta mais de 30 bairros, percorre cerca de 14 quilômetros e deságua no rio Itanhaém. Além dele, será feita a limpeza de mais sete quilômetros no Rio Montevediu.

Fonte: Prefeitura de Itanhaém
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30 de maio de 2013

CELEBRANDO A SEMANA DO MEIO AMBIENTE 2013 - CALENDÁRIO SOSRIOSBR


Se a sua comunidade vai celebrar a SMA 2013 e ainda não consta desta listagem, envie o link da programação para divulgarmos!  E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br

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II SEMANA DO MEIO AMBIENTE DE JUIZ DE FORA (MG) - CONDIÇÕES DA ÁGUA


xx
O dia mundial do meio ambiente, 5 de junho, será comemorado  com programação especial na faculdade de Engenharia da UFJF.













Condições da água é tema da II Semana do Meio Ambiente

O polo de Juiz de Fora da comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Minas Gerais (Cieam), em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove a 2ª edição da Semana do Meio Ambiente entre os dias 3 e 7 de junho.
O evento atende a diferentes públicos-alvo com uma programação variada de palestras, debates, caminhadas ecológicas e até um curso noturno de Ecologia Básica e Elaboração de Projetos. No caso do curso, as aulas serão no núcleo de Análise Geoambiental (Nagea) da faculdade de Engenharia, de 18h as 21h, durante toda a semana do evento. Quem quiser participar do curso não precisa ser aluno da UFJF, basta ter interesse pelo assunto.
Como o dia mundial do Meio Ambiente é 5 de junho, a II Semana do Meio Ambiente oferece uma programação especial para a data, com estandes na praça da estação das 9h às 17h. Na tarde da quinta-feira, 6, o anfiteatro da Engenharia, ao lado da cantina, vai sediar uma mesa-redonda sobre os mananciais de Juiz de Fora com quatro autoridades no assunto. Na ocasião, cada convidado vai ministrar uma curta palestra antes da discussão, expondo os assuntos que serão debatidos. O coordenador do curso de especialização em Análise Ambiental da UFJF, Cézar Henrique Barra, vai falar sobre monitoramento da qualidade da água, tema de sua pesquisa de análise nas represas São Pedro e Dr. João Penido.
Para Barra, a grande preocupação são as ocupações em áreas próximas às margens que não seguem a legislação, incluindo criações de gado, plantações, moradias irregulares e até condomínios de luxo, que encaminham o esgoto diretamente para os córregos. O resultado dessas ações é a baixa na qualidade da água, especialmente nas épocas de chuva, em que toda impureza presente na margem é escoada para a represa. “Isso obriga o município a buscar água mais longe, o que encarece o tratamento e manutenção e gera problemas no abastecimento”.
Pedro Machado, o professor do departamento de Geociências, vai tratar justamente de um dos desdobramentos do tópico anterior: a gestão compartilhada que Juiz de Fora pretende aplicar na bacia da represa Chapéu D’uva. A bacia fica em Ewbank da Câmara e Santos Dumont e atualmente é usada apenas para regularizar a vazão do rio Paraibuna.
Sobre o tema da mesa-redonda, Barra defende que o assunto é menosprezado pela população, que acaba tratando a água como algo inesgotável e sem necessidade de cuidado. “Os problemas com a água devem ser muito debatido, principalmente em Minas Gerais, que tem tantos recursos hídricos”.
A inscrição é gratuita e pode ser feita tanto pelo telefone (32)2102-3414 ou pelo e-mail cieajf.mg@gmail.com. A inscrição só será efetivada quando o interessado receber um e-mail de confirmação no dia 30. Vale lembrar que algumas atividades são oferecidas exclusivamente para escolas, mas estão abertas para qualquer pessoa as palestras e debates dos dias 3, 5 e 7 de junho.
Outras informações:
(32) 2102-3414

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GOVERNO ESTUDA O MODELO DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA) IMPLANTADO HÁ 10 ANOS MÉXICO


A busca de novos caminhos

O governo federal está empenhado no incentivo a iniciativas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Para desenvolver o modelo, estão sendo estudadas medidas adotadas no México, pioneiro no assunto, e em países como os da União Europeia. As experiências internacionais foram apresentadas no Seminário sobre PSA dos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, realizado nesta terça-feira (28), em Brasília.
O PSA é uma transação voluntária em que um determinado serviço é comprado por uma instituição, sob a condição de que o provedor garanta a provisão da atividade em questão. Em geral, os serviços são associados à captação de carbono e à conservação da biodiversidade e de recursos hídricos.
O evento foi organizado pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Planejamento, em parceria com a União Europeia. O objetivo é incentivar o sistema de PSA em território nacional. “Estamos caminhando em direção a um arranjo promissor”, afirmou diretor de Políticas e Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira. “É preciso pensar novos caminhos para as políticas brasileiras referentes a esse assunto.”
Experiência - Entre as ações para o fomento ao PSA, o MMA enviou, este ano, um grupo de técnicos à Cidade do México e regiões vizinhas para conhecer o sistema utilizado. O país desenvolve um modelo de pagamento por serviços ambientais há 10 anos. “É uma de aprender a fazer os investimentos valerem mais. O objetivo é usar experiências para criarmos um modelo próprio”, explicou a analista ambiental Letícia Guimarães, que integrou a delegação brasileira.
A gerente de PSA do México, Sofia Cortina, afirmou que o trabalho desenvolvido no Brasil também é importante para o processo. “Para nós, é importante analisar o que o Brasil fará para envolver o setor privado no processo”, exemplificou. “Há muita coisa em comum entre os dois países. O debate é sempre rico.” (Fonte: MMA)
SAIBA MAIS:

O assunto PSA não é novidade por aqui...Só o MMA não sabe sobre o mesmo e precisa ir até o México aprender...
Vejam o que já postamos sobre o PSA:


Projeto Conservador das Águas vira livro - Extrema (MG)

PROJETO MINA D' ÁGUA E LANÇADO EM SP COM VERBA DE R$ 3,15 Mi PARA PRESERVAR NASCENTES

CÂMARA DOS DEPUTADOS REALIZA DEBATE SOBRE A LEI PSA

RS REALIZA AMANHÃ, DIA 02 DE MARÇO O 1º SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE PAGAMENTO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS

Pagamento por Serviços Ambientais e Conservação da Água, em Extrema - MG

QUANTO VALE UMA FLORESTA EM PÉ?

ANA REALIZA SEMINÁRIO "PRODUTOR DE ÁGUA"

LANÇADO EM GUARATINGUETÁ O "PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA"

LEI DO PSA NÃO É UNANIMIDADE E RECEBE CRÍTICAS

MMA lança, em Brasília,livro sobre Pagamento por Serviços Ambientais


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CLUBE DE ENGENHARIA RJ NO JORNAL O GLOBO - FUTURO DA LAGOA




Inaldo Justo vive da pesca tradicional na Lagoa e faz parte da colônia Z-13
Foto: Custódio Coimbra / Custodio Coimbra

Inaldo Justo vive da pesca tradicional na Lagoa e faz parte da colônia Z-13 Custódio Coimbra / Custodio Coimbra

Entre os desejos dos cariocas e a realidade possível, o futuro da Lagoa

  • Especialistas enumeram diversos projetos que realmente poderiam fazer a Lagoa ficar balneável
  • Prefeitura quer licitar ainda em 2013 obra que promete acabar com a mortandade 

Seja por lazer, esporte ou apenas de passagem a caminho do trabalho, a Lagoa Rodrigo de Freitas é parte da vida de milhares de cariocas. Antes mesmo do sol nascer, corredores e remadores suam a camisa. Também frequentam o espaço ao redor dos 2,2 km2 de espelho d’água praticantes dos mais diversos esportes — do tênis ao beisebol, passando pelo onipresente futebol —, crianças nos parquinhos e até engravatados, que usam a ciclovia para chegar ao trabalho ou voltar para casa. Todos reconhecem a beleza da paisagem e sonham com ela livre de poluição.
A possibilidade de nadar em águas limpas, cristalinas para os mais otimistas, ainda é um livre exercício de imaginação. Entretanto, especialistas enumeram diversos projetos que realmente poderiam fazer a Lagoa ficar balneável, sem, contudo, chegar a um consenso acerca do qual seria o melhor. Espera-se que as águas fiquem limpas, porém, pode ser que nunca cheguem a ser cristalinas, devido à natureza da própria Lagoa.
Em meio a debates, o desafio ambiental persiste. Há dois meses, 72 toneladas de peixes mortos foram retiradas de lá. Desde o século XIX se fala em salvar a Lagoa. Há duas semanas, uma mesa-redonda promovida pelo Clube de Engenharia discutiu novos e velhos projetos. O assunto voltou à pauta depois que a prefeitura apresentou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) um novo projeto de despoluição, em fase de licenciamento.
As propostas de melhorias também chegam às rodas de bate-papo dos frequentadores. O relações-públicas Julien dos Reis Nunes, por exemplo, conhece cada trecho da ciclovia da Lagoa em detalhes. Além de correr antes ou depois do trabalho, passa por ali ao ir de bicicleta elétrica visitar seus clientes. Em dois meses e meio, rodou 1.755 km (pouco mais de 20 km por dia). Ele não usa outro meio de transporte, exceto nos dias de chuva, quando pega táxi: 
— Imagino a Lagoa com crianças nadando nas águas finalmente limpas. Por isso, espero que as medidas ecológicas sejam tomadas, como o fim do despejo de esgoto. O transporte pela água, unindo os pontos extremos do espelho d’água, facilitaria o deslocamento.
A fórmula para acabar de vez com a mortandade de peixes, ressalta o professor de ecologia da UFRJ Francisco Esteves, é conhecida: é preciso eliminar o lançamento de poluentes e aumentar a troca de água com o mar. Assim, a Lagoa poderá ficar balneável, mas não deve se tornar transparente. Outros fatores além da poluição interferem na cor.
— O Rio Amazonas tem água naturalmente turva, com ótima qualidade ambiental. Porém, raramente as lagoas costeiras possuem água cristalina. Isso acontece, em geral, devido aos sedimentos que se depositam no fundo — explica Esteves.
Considerando que o futuro reservará águas limpas, ainda que turvas, a possível chegada de banhistas divide opiniões. Enquanto alguns veem uma praia no cartão-postal, outros temem a perda de um ambiente mais tranquilo. Entre estes últimos está a servidora pública Marge Pinheiro, que não quer um novo balneário. Na semana passada, ela aproveitou a calma do deque, na altura do Parque da Catacumba, para ler um livro:
— A Lagoa é um lugar de interação com a natureza. Não gostaria que ela virasse um balneário. O cenário deveria se manter como está, só que com mais qualidade ambiental e segurança.
Vocação esportiva
Posição semelhante tem o fotógrafo Miguel Sá. Ele praticava stand up paddle na última terça-feira, próximo ao Parque dos Patins, e fez uma comparação entre um dia de sol na Lagoa e nas praias da cidade. A sujeira deixada na areia da orla, adverte, poderia afetar ambientalmente o ecossistema mais sensível do corpo lagunar. Durante a entrevista, acabou caindo de sua prancha na água. Em vez de demostrar desconforto com a poluição, disse estar mais à vontade lá do que nas praias de São Conrado e do Leblon.
— A qualidade da água melhorou muito — ressalta o fotógrafo. — Vejo a Lagoa como um centro náutico. Quando o mar está sem onda, venho para cá.
A Lagoa é mesmo uma área própria para esportes. Arquiteto, urbanista e especialista em Lagoa, Augusto Ivan de Freitas Pinheiro lembra que a região conseguiu se consolidar como uma área de lazer do carioca.
Talvez em resposta à recorrência de projetos tanto de aterramento parcial quanto total do espelho d’água, o bairro acabou se tornando um dos mais protegidos por tombamentos e por Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
— A Lagoa já chegou a ser acusada de causar epidemias na cidade na época da Colônia. Sempre existiram histórias de aterramento, fantasma que perseguiu a Lagoa até os anos 1970, com o tombamento do espelho d’água. Aos poucos, todo o bairro conseguiu ser bem cuidado, e se consolidou como uma área nobre. Por isso, o futuro não pode ser pessimista — prevê Pinheiro.
O estudante Pedro da Costa, de 18 anos, também pode ser chamado de otimista. Ele mora em Botafogo e, nas tardes livres, costuma pedalar na ciclovia. Depois, gosta de descansar contemplando a vista:
— Não sei como era antes de tanta poluição, mas, com a água limpa, todo mundo poderia tomar banho na Lagoa, além de curtir o pôr do sol, e ainda ver o Cristo, as montanhas e a Pedra da Gávea.
A variedade de atrativos chama a atenção. Há clubes, cinemas e quiosques espalhados pela margem, alguns transformados em verdadeiros restaurantes. Barraquinhas de pipoca, churros, milho cozido e cachorro quente são comuns. Isso sem falar em pedalinhos, helicópteros e incontáveis bicicletas. Há, também, um tráfego intenso nesta área da Zona Sul, usada como ligação entre as zonas Norte e Oeste.
Tantas atividades acabam por gerar impactos ambientais, como barulho e lixo. E a infraestrutura para resolver esses problemas costuma ser alvo de reclamações. Este foi um dos pontos que chamou a atenção de Kátia Pereira, que mora em São Paulo.
— O Rio é lindo, mas os espaços poderiam ser mais limpos, oferecendo banheiros e bebedouros — critica.
Ecoturismo
De acordo com o biólogo Mario Moscatelli, que conhece a Lagoa como poucos especialistas, o ecoturismo deveria ser uma das principais atividades realizadas na área. Ele também recomenda um gerenciamento ambiental efetivo, com monitoramento 24 horas e planos de contingência determinados para cada tipo de emergência.
— O espelho d’água da Lagoa Rodrigo de Freitas é subutilizado. Qualquer cidade que tenha uma proposta ecoturística utilizaria a Lagoa mais intensamente e de forma mais sustentável. Poderia haver, por exemplo, passeios noturnos bem organizados — defende Moscatelli, que reconhece uma melhora na qualidade da água. — A pressão popular e as sucessivas mortandades de peixes acabaram por levar a um aumento dos investimentos públicos na rede coletora local. No início dos anos 2000, a situação era crítica, com 51% dos canos de esgoto tinham mais de 60 anos.
A qualidade ambiental da Lagoa é fundamental para a vida de animais e de plantas. Em 1989, quando o biólogo Mario Moscatelli começou seu projeto de recuperação do mangue nas margens do espelho d’água, a diversidade de fauna e flora era bem menor do que a atual. Apenas duas espécies nativas, a grama-de-mangue (Paspalum vaginatum) e a taboa-do-brejo (Typha domingensis), predominavam. Moscatelli, então, começou a plantar mangue-branco (Laguncularia racemosa), mangue-vermelho (Rhizophora mangle) e mangue-negro (Avicennia schaueriana), além de samambaia-do-brejo (Acrostichum aureum) e algodoeiro-de-praia (Hibiscus pernambucensis).
O retorno das aves
Com a recuperação do mangue, apareceram os caranguejos. Também foi possível observar a volta das aves.
— Até 1989, eu via apenas o biguá (Phalacrocorax brasilianus), a garça-branca-grande (Casmerodius albus) e a garça-branca-pequena (Egretta thula). Nos último 24 anos, reapareceram: maguari (Ardea cocoi), frango-d’água (Gallinula chloropus), marreca-toicinho (Anas bahamensis), savacu (Nycticorax nycticorax) e socozinho (Butorides striatus) — diz Moscatelli.
Dentro d’água, já foram registradas mais de 40 espécies de peixes, de acordo com a prefeitura. A pesca acontece durante o ano inteiro. Entre novembro de 2011 e março de 2012, foram mais de 30 toneladas. Os peixes mais valorizados são tainha e robalo. No entanto, pescadores da colônia Z-13 reclamam de escassez, consequência dos danos ambientais da mortandade de março.
— Cheguei a pescar robalo de 12 kg, e já vi de 17 kg. A Lagoa é um viveiro. Mas, devido à poluição, não há mais do que 14 espécies de peixes — observa Isnaldo Justo, chamado de Delegado pelos amigos, um dos pescadores mais experientes da colônia.
Sua canoa, que já pertenceu ao pai e ao avô, é centenária, e continua sendo usada:
— Nossa pesca é artesanal e tradicional, tem mais de um século aqui na Lagoa. Do futuro, esperamos águas mais limpas, muitos peixes e a permissão para poder executar outras atividades, como os passeios turísticos usando nossos barcos.
O lixo é outro problema de parques públicos como a Lagoa, conforme a Revista Amanhã mostrou há duas semanas. A Comlurb, que desde 1995 faz a limpeza do espelho d’água e do entorno, remove cerca de 30 toneladas de resíduos por mês, que acabam depositados no aterro sanitário de Seropédica. Sendo que, da água, o principal resíduo são as algas mortas, informa a companhia.
Um mar de polêmica no caminho
A prefeitura pretende licitar no segundo semestre a obra que promete acabar com a mortandade de peixes, diminuir os alagamentos e tornar a Lagoa balneável. O projeto, chamado de dutos afogados, unirá o canal do Jardim de Alah ao mar, permitindo a troca subterrânea de água entre oceano e lagoa. Com investimento de R$ 40 milhões, que deverão ser custeados pelos cofres municipais, a instalação de quatro grande tubos submersos precisará de um ano para ser concluída. Neste período, não será necessário interromper o tráfego de veículos porque será utilizada uma máquina escavadora, também chamada de tatuzão.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental no Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Ainda será necessário marcar uma audiência pública antes da autorização dos trabalhos. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, já adiantou, porém, que os órgãos ambientais do estado deverão dar o sinal verde para a prefeitura executar o projeto.
— Sempre é necessário fazer ajustes, mas todos nós somos favoráveis ao projeto — ressalta Minc. — Entretanto, é importante dizer que não existe obra salvadora. O trabalho de saneamento para a retirada do esgoto continua sendo fundamental.
Depois da instalação dos dutos, a força das marés seria a responsável por levar, na cheia, a água do mar para a Lagoa. Na vazante, aconteceria o inverso. De acordo com cálculos do professor da área de engenharia costeira da Coppe/UFRJ, Paulo Rosman, que coordenou a equipe que desenvolveu o conceito dos dutos afogados, metade da água da Lagoa seria renovada em apenas dez dias. Em um mês, o percentual pula para 88% do espelho d’água.
— A renovação da água da Lagoa é fundamental para a sua estabilidade ambiental — resume Rosman.
A ligação hidráulica artificial ficaria no fim do Canal do Jardim de Alah, passaria por baixo da Avenida Vieira Souto e seguiria mar adentro até cerca de 170 metros da linha de costa. Neste local, ficaria a uma profundidade média de 10 metros.
No fundo do mar, no final de cada um dos quatro tubos, serão instaladas caixas de concreto em forma de cachimbo. Assim, a entrada de água no tubo ocorrerá a sete metros de profundidade. O objetivo principal da medida é evitar que a areia da praia entupa os tubos.
O subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, enumera vantagens da proposta: custo relativamente baixo, em comparação com outros projetos; baixo impacto da obra, que será subterrânea; fim da dragagem constante que é feita no Jardim de Alah; e baixo custo de manutenção, uma vez que a força natural das marés servirá como uma bomba natural para entrada e saída da água.
A proposta, porém, não é consenso entre especialistas. Ela foi duramente criticada durante reunião realizada no Clube de Engenharia há duas semanas. O consultor Flávio Coutinho, por exemplo, diz que banhistas poderão morrer afogados, caso sejam sugados para dentro dos tubos. E falou que a pesca na Lagoa será prejudicada, porque a entrada dos peixes pelo mar teria que ser feita a uma distância muito grande da linha de costa.
— O projeto está cheio de falhas. Sua concepção, a meu ver, é totalmente errada. Sem falar no risco de afogamentos, caso alguém seja sugado pela água passando no tubo — critica Coutinho.
Já o biólogo Mario Moscatelli lembra que, há anos, várias soluções são apresentadas, mas nenhuma foi executada:
— Qualquer proposta que venha a dar maior equilíbrio ambiental à Lagoa é bem-vinda. O GLOBO

PALESTRA DO CLUBE DE ENGENHARIA NO O GLOBO de ontem 28/05/2013 = LAGOA RF =
 
 Especialistas enumeram diversos projetos que realmente poderiam fazer a Lagoa ficar balneável e Prefeitura quer licitar ainda em 2013 obra.
 
Este debate foi  aprovado pelo Conselho Diretor por Proposta do Conselheiro Jorge Paes Rios e agora deve ter os desdobramentos necessarios, pois a Prefeitura nao enviou os Projetos e o "autor" do Projeto declarou na PALESTRA que o projeto dele é apenas conceitual e nao tem certeza que funcionaria se construído .... [VER DVD]
 
sds. FLUvio-lagunares ;
 Prof. Jorge Rios  - Conselheiro e Chefe da DRHS .
 
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