CASAS DESABARAM NA TARDE DESTA QUARTA FEIRA NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO
Veja imagens do desabamento:
O coronel da Defesa Civil Municipal, Jair Paca, afirmou no final da tarde desta quarta-feira (8) que as casas que desmoronaram na rua Fernando Portoalegre, região da Vila Matilde, zona leste de São Paulo foram construídas em área irregular. Segundo ele, a região era ocupada no passado por um aterro sanitário e pode sofrer novos desabamentos.
“Ainda há risco. As estruturas e o solo estão se movimentando”, disse Paca, que está no local do desmoronamento acompanhando as vistorias dos agentes da Defesa Civil, Ao todo, dez casas desabaram e outras 11 foram interditadas, informou o coronel –antes, a Polícia Militar e a Subprefeitura da Penha disseram que 22 casas caíram.
O coronel afirmou que o adensamento populacional no quarteirão pode ter sido um dos fatores que agravaram o incidente. “Era uma área irregular. Com um terreno instável, e as pessoas constroem casas de até três andares sem supervisão de técnicos preparados”, afirmou.
Ana Clélia, 37, veio a rua onde houve o desmoronamento ajudar a amiga Ercília Aparecida da Costa, 46, moradora da residência 753. Segundo ela, há 20 anos, na época em que a casa foi erguida, a região era um grande matagal.
"Era um lixão. Jogavam entulho de todo tipo. Limpavam e logo juntava lixo de novo. Tinha lixo de enfermagem, construção, de tudo. Acho que deixaram construir as casas exatamente para não ter mais lixo aqui", disse ela..Clélia confirma que a área do desmoronamento foi invadida pelos moradores.
Nas calçadas da rua, carretos e caminhões estão enfileirados, e as famílias tentam levar seus imóveis da região antes que escureça. Apesar de os moradores não terem acesso às casas, muitos conseguiram retirar bens logo que os primeiros indícios do desmoronamento foram notados. A recepcionista Fernanda Aparecida, 29, do sobrado de número 753, afirmou que desde domingo rachaduras estranhas apareceram nas paredes de seu imóvel.
“O quintal de trás estava com muita rachadura. Até comentei com meu marido, no começo da semana”, diz. “Hoje de manhã cheguei a ouvir estalos na estrutura, mas fui trabalhar, já que meu serviço é aqui perto. Quando deu 12h, foram me avisar que minha casa estava caindo.”
Inconsolável e aos prantos, ela lamentava pelos móveis e eletrodomésticos que não conseguiu tirar da casa a tempo. “Desmoronou minha escada e meu quintal. Tivemos que sair correndo. Não sei o que vai ser de mim”, disse ela, que planeja passar a noite na casa de parentes.
A vizinha Telma Cristina, 32, também tomava conta dos bens da família na calçada da rua. Mãe de cinco filhos pequenos e responsável por cuidar de seis sobrinhos, ela conseguiu resgatar a maior parte de seus pertences, exceto a cama de seus filhos, antes da chegada da Defesa Civil. Apesar de seu imóvel ainda estar inteiro, ela será obrigada a passar a dormir na casa de uma amiga.
“Sorte que eu tenho essa amiga para me ajudar. Coração de mãe sempre cabe mais um”, disse, enquanto esperava a mudança ser feita em um caminhão da prefeitura.
Rachaduras
Os desabamentos aconteceram poucas horas depois de os próprios moradores alertarem a Defesa Civil sobre a ocorrência de rachaduras em várias casas.
De acordo com a Defesa Civil, após a ligação dos moradores, equipes foram até o local, retiraram os residentes e interditaram as moradias pouco tempo antes do desmoronamento. Não há informações ainda sobre as causas do desmoronamento. O caso foi encaminhado ao 21º DP (Vila Matilde).
Fonte: Cristina Sant' Anna - ARCA DE NOÉ NING
“Ainda há risco. As estruturas e o solo estão se movimentando”, disse Paca, que está no local do desmoronamento acompanhando as vistorias dos agentes da Defesa Civil, Ao todo, dez casas desabaram e outras 11 foram interditadas, informou o coronel –antes, a Polícia Militar e a Subprefeitura da Penha disseram que 22 casas caíram.
O coronel afirmou que o adensamento populacional no quarteirão pode ter sido um dos fatores que agravaram o incidente. “Era uma área irregular. Com um terreno instável, e as pessoas constroem casas de até três andares sem supervisão de técnicos preparados”, afirmou.
Ana Clélia, 37, veio a rua onde houve o desmoronamento ajudar a amiga Ercília Aparecida da Costa, 46, moradora da residência 753. Segundo ela, há 20 anos, na época em que a casa foi erguida, a região era um grande matagal.
"Era um lixão. Jogavam entulho de todo tipo. Limpavam e logo juntava lixo de novo. Tinha lixo de enfermagem, construção, de tudo. Acho que deixaram construir as casas exatamente para não ter mais lixo aqui", disse ela..Clélia confirma que a área do desmoronamento foi invadida pelos moradores.
Nas calçadas da rua, carretos e caminhões estão enfileirados, e as famílias tentam levar seus imóveis da região antes que escureça. Apesar de os moradores não terem acesso às casas, muitos conseguiram retirar bens logo que os primeiros indícios do desmoronamento foram notados. A recepcionista Fernanda Aparecida, 29, do sobrado de número 753, afirmou que desde domingo rachaduras estranhas apareceram nas paredes de seu imóvel.
“O quintal de trás estava com muita rachadura. Até comentei com meu marido, no começo da semana”, diz. “Hoje de manhã cheguei a ouvir estalos na estrutura, mas fui trabalhar, já que meu serviço é aqui perto. Quando deu 12h, foram me avisar que minha casa estava caindo.”
Inconsolável e aos prantos, ela lamentava pelos móveis e eletrodomésticos que não conseguiu tirar da casa a tempo. “Desmoronou minha escada e meu quintal. Tivemos que sair correndo. Não sei o que vai ser de mim”, disse ela, que planeja passar a noite na casa de parentes.
A vizinha Telma Cristina, 32, também tomava conta dos bens da família na calçada da rua. Mãe de cinco filhos pequenos e responsável por cuidar de seis sobrinhos, ela conseguiu resgatar a maior parte de seus pertences, exceto a cama de seus filhos, antes da chegada da Defesa Civil. Apesar de seu imóvel ainda estar inteiro, ela será obrigada a passar a dormir na casa de uma amiga.
“Sorte que eu tenho essa amiga para me ajudar. Coração de mãe sempre cabe mais um”, disse, enquanto esperava a mudança ser feita em um caminhão da prefeitura.
Rachaduras
Os desabamentos aconteceram poucas horas depois de os próprios moradores alertarem a Defesa Civil sobre a ocorrência de rachaduras em várias casas.
De acordo com a Defesa Civil, após a ligação dos moradores, equipes foram até o local, retiraram os residentes e interditaram as moradias pouco tempo antes do desmoronamento. Não há informações ainda sobre as causas do desmoronamento. O caso foi encaminhado ao 21º DP (Vila Matilde).
Fonte: Cristina Sant' Anna - ARCA DE NOÉ NING
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