Alesc
4/11/2011
Técnicos e políticos debaterão sobre as possibilidades de gestão integrada do controle
das reservas subterrâneas conhecidas, os aquíferos Guarani e Serra Geral
das reservas subterrâneas conhecidas, os aquíferos Guarani e Serra Geral
As três crises da água – diminuição de suprimentos, acesso desigual e controle corporativo – sforam tema do I Congresso Internacional “O futuro da água no Mercosul”, na quarta (9) e quinta-feira (10), no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis.
Pela primeira vez, técnicos e políticos de países do Cone Sul vão debater sobre as possibilidades de gestão integrada do controle das grandes reservas subterrâneas conhecidas como aquíferos Guarani e Serra Geral, localizadas no Sul da América Latina, sobre as consequências da privatização da água e sobre a importância de garantir a água como direito humano.
Na opinião do deputado Edison Andrino (PMDB), os legisladores têm obrigação de refletir sobre a questão do abastecimento de água no planeta e apresentar propostas de políticas públicas. “Enquanto preservar o aquífero Guarani está entre as 10 prioridades do estado apresentadas ao orçamento da União, em Santa Catarina, a discussão ainda está restrita ao meio acadêmico. As prefeituras e o governo estadual estão afastados deste debate, o que não é bom”, alertou o parlamentar, um dos incentivadores do Congresso.
O coordenador técnico do projeto Rede Guarani-Serra Geral, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e integrante da comissão organizadora do evento, Luiz Fernando Scheibe, ressaltou que foi fundamental o Parlamento catarinense ter aberto as portas para esta discussão porque “é uma questão política da maior relevância”.
O estudioso lembrou que atualmente no mundo um bilhão de pessoas têm pouco acesso à água. “Hoje, as questões jurídicas também permeiam esta discussão. Lideranças mundiais já questionam a quem pertence a água subterrânea do Mercosul. É como perguntarmos a quem pertence o petróleo do Oriente, por também ser um recurso subterrâneo”, observou.
A má gestão dos recursos hídricos em Santa Catarina foi observada pelo professor Arthur Schmidt Nanny, da UFSC. Ele explicou que o uso intensivo de agrotóxicos, em regiões agrícolas como o Oeste, pode interferir nos reservatórios subterrâneos. “Os aquíferos também correm o risco da poluição, mas se isso acontecer podem nunca mais voltar ao seu estado inicial, ao contrário dos rios, que em alguns casos podem ser despoluídos em uma década”, alertou.
Outra peculiaridade do estado catarinense foi apontada por Scheibe. Segundo o professor, não há falta de água devido ao grande volume de chuvas, mas grande parte dos mananciais que cortam o Estado está poluída. “Usam os rios como esgoto e depois vão buscar água boa na profundidade por meio de poços”, criticou.
Edison Andrino lembrou aos catarinenses a importância da participação neste debate e apontou a necessidade de criar uma nova cultura da água. “Para ampliar esta discussão contamos com a participação de representantes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina e com especialistas internacionais. Além do Poder Legislativo, participam instituições como a UFSC, a Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e a Universidade Regional de Blumenau (FURB). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.rgsg.org.br (Rossana Espezin)
A entrevista na íntegra com os especialistas será transmitida pela TVAL,
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