14/10/ 2008 - Comitesinos
Uma procissão fluvial com cerca de 400 participantes e uma festa para cerca de 3 mil pessoas junto à Usina do Gasômetro marcaram, no último domingo, o encerramento da 15ª Romaria das Águas no Estado. O ponto alto da festa foi a mistura e bênção das águas das nascentes das nove bacias que formam a Região Hidrográfica do Guaíba. Em seguida, as águas foram despejadas no Lago Guaíba, simbolizando a união e o compromisso pela preservação dos recursos hídricos da região. A delegação da Bacia do Sinos participou da procissão a bordo do barco Martim Pescador. A água das nascentes do Rio dos Sinos, que peregrinou por 15 municípios da região desde agosto, foi conduzida pela professora Maria Helena Canto, coordenadora do Projeto Dourado em Canoas. Além do irmão marista Antônio Cechin, que idealizou a Romaria nos anos 90, a festa teve também a participação do chefe do departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente, Renato Ferreira.
Procissão fluvial e cerimônia em terra reúnem cerca de 3 mil pessoas
Cerca de 400 pessoas participaram, no domingo (12 de outubro), da procissão fluvial da Festa de Nossa Senhora Aparecida, que marcou o encerramento da 15ª Romaria das Águas, em Porto Alegre A movimentação teve início pela manhã, no Parque Náutico do Estado, próximo à ponte móvel sobre o Guaíba e terminou à tarde, em uma cerimônia junto à Usina do Gasômetro, onde pelo menos outras 2 mil pessoas aguardavam a chegada do barco conduzindo a santa.
Cerca de 400 pessoas participaram, no domingo (12 de outubro), da procissão fluvial da Festa de Nossa Senhora Aparecida, que marcou o encerramento da 15ª Romaria das Águas, em Porto Alegre A movimentação teve início pela manhã, no Parque Náutico do Estado, próximo à ponte móvel sobre o Guaíba e terminou à tarde, em uma cerimônia junto à Usina do Gasômetro, onde pelo menos outras 2 mil pessoas aguardavam a chegada do barco conduzindo a santa.
Os representantes da área do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio dos Sinos (Comitesinos) navegaram no catamarâ do Instituto Martim Pescador, de São Leopoldo. O ponto alto da cerimônia foi a mistura das águas das nascentes das nove bacias que formam a Região Hidrográfica do Guaíba: além da Bacia do Sinos, as do Alto Jacuí, Pardo, Vacacaí, Baixo Jacuí, Taquarí-Antas, Caí, Gravataí e Lago Guaíba. As águas foram abençoadas e despejadas no Guaíba.
A imagem da santa chegou ao Parque Náutico por volta das 10 horas. Em seguida, ocorreram no local apresentações de dança e canto. O cortejo por água saiu às 14h20 do local, passou pela Ilha da Pintada (onde nasceu a idéia da Romaria), fez a volta e seguiu rumo à Prainha do Gasômetro. Participaram embarcações de pescadores, barcos de passeio, lanchas da Marinha e do Corpo de Bombeiros, além de jet-skis. Em terra, a cerimônia foi conduzida por representantes da Igreja Católica e Religião Afro.
A festa teve ainda a participação do chefe do departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas do Ministério do Meio Ambiente, Renato Ferreira. No palco montado na Prainha do Gasômetro, ocorreram apresentações artísticas da cultura negra e indígena, além de uma coreografia em torno da imagem de Nossa senhora, que ficou no espaço junto ao público.
Depois da parte artística, representantes das bacias hidrográficas despejaram as águas de suas nascentes em um recipiente no pequeno altar montado no palco. A água do Rio dos Sinos foi conduzida pela professora Maria Helena Canto, coordenadora local do Projeto Dourado em Canoas. A bênção ficou a cargo do frei Aldir Crocoli, da Igreja Santo Antônio, de Porto alegre; do irmão marista Antônio Cechin, que trabalha na Ilha da Pintada e foi o idealizador da Romaria das Águas; e de Nazaret da Silveira Nunes, da Ilha Grande Marinheiro, representante da Religião Afro.
Depois da parte artística, representantes das bacias hidrográficas despejaram as águas de suas nascentes em um recipiente no pequeno altar montado no palco. A água do Rio dos Sinos foi conduzida pela professora Maria Helena Canto, coordenadora local do Projeto Dourado em Canoas. A bênção ficou a cargo do frei Aldir Crocoli, da Igreja Santo Antônio, de Porto alegre; do irmão marista Antônio Cechin, que trabalha na Ilha da Pintada e foi o idealizador da Romaria das Águas; e de Nazaret da Silveira Nunes, da Ilha Grande Marinheiro, representante da Religião Afro.
A condução das águas abençoadas até a margem e seu derramamento no Guaíba foi feito por jovens representando as etnias branca, negra e indígena. Como em todos os anos, o ato simbolizou a união no manancial hídrico para onde todos os rios da região escoam, além do compromisso e esperança em sua recuperação.
Bacia do Sinos
Na Bacia do Sinos, a Romaria das águas teve como tema A Mata Ciliar e a Biodiversidade. A peregrinação começou em 3 de agosto, com a coleta na nascente do Sinos, em Caraá. Outra coleta ocorreu em São Francisco de Paula duas semanas depois. As águas das nascentes da região foram misturadas em 20 de agosto, em Santo Antônio da Patrulha e, a partir de então, percorreram os municípios de Taquara, Três Coroas, Igrejinha, Parobé, Sapiranga, Campo Bom, Novo Hamburgo, Estância Velha, São Leopoldo, Sapucaia, Esteio e Canoas.
Idéia que veio do lixo
A Romaria das Águas nasceu por iniciativa do irmão Antônio Cechin, nas comunidades da Ilha da Pintada, em Porto Alegre. A idéia veio depois que catadores de uma cooperativa de reciclagem encontraram uma imagem de Nossa Senhora no meio do lixo. “Como no século 19 a imagem de Aparecida foi encontrada por pescadores em São Paulo, a nossa foi achada em uma comunidade de pesca junto ao Guaíba”, recorda Cechin.
Daí veio a idéia da cerimônia, nascida em 1994 e que tem como finalidade provocar uma reflexão sobre o sentido sagrado das águas. “As pessoas precisam prestar atenção com o que fazem com as águas das quais depende toda a vida. Se o primeiro dilúvio foi de água, o próximo deverá ser de plástico”, comenta o religioso, fazendo referência ao descaso da população com o lixo depositado nos mananciais.
Daí veio a idéia da cerimônia, nascida em 1994 e que tem como finalidade provocar uma reflexão sobre o sentido sagrado das águas. “As pessoas precisam prestar atenção com o que fazem com as águas das quais depende toda a vida. Se o primeiro dilúvio foi de água, o próximo deverá ser de plástico”, comenta o religioso, fazendo referência ao descaso da população com o lixo depositado nos mananciais.
Apoiadores e executores desta atividade: Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – InGá, Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos - Comitesinos, município parceiros do Projeto Dourado, Movimento Roessler para Defesa Ambiental, da União Protetora do Ambiente Natural - UPAN, Associação Trescoroense de Canoagem - ASTECA, Grupo de Jeepeiros Caranguejos Selvagens, Projeto Mira Serra, SL Ambiental, REFAP S/A e Ministério do Meio Ambiente. Veja mais fotos
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