para gravações pela Campanha Y Ikatu Xingu
Devastação das nascentes do Rio Xingu afeta índios e agricultores
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
Tem como objetivo, divulgar e promover a preservação dos nossos cursos d'água, de superfície e subterrâneos, praias e Oceano. Nosso foco está na revitalização e preservação dos mesmos, através dos projetos e programas socioambientais. AS ATIVIDADES DESTE BLOG ESTÃO SUSPENSAS DESDE OUT DE 2014. ATENDENDO A INÚMEROS PEDIDOS, DEIXAMOS ABERTO AOS VISITANTES TUDO O QUE FOI PUBLICADO ATÉ AQUELA DATA. OBRIGADO.
MMA » Fundo Nacional do Meio Ambiente
DEMANDA ESPONTÂNEA 2010
Atenção! Em 2010 o FNMA receberá propostas exclusivamente pelo SICONV. Somente instituições públicas federais poderão enviar cartas-consultas pelos correios, no modelo fornecido abaixo. É obrigatório clicar em "Enviar para análise" após preencher a proposta, caso contrário, sua proposta não será recebida pelo FNMA.
Em sua 57ª Reunião Ordinária, realizada nos dias 20 e 21 de maio de 2010, o Conselho Deliberativo do FNMA aprovou os seguintes temas para apoio por meio da Demanda Espontânea:
Tema 1: Recuperação Florestal de Áreas Alteradas e Degradadas - Especificamente aquelas localizadas em nascentes cujo manancial esteja sendo utilizado no abastecimento humano
A ação visa qualificar a participação dos possíveis tomadores, de modo a agregar estratégias de recuperação florestal à política pública de abastecimento humano.
Deverá ser demonstrada a relação entre a ação fomentada e as políticas públicas voltadas à recuperação/preservação/conservação dos recursos naturais da localidade em que ocorrerá a ação (ex: Plano estadual de Recursos Hídricos, Plano de Bacias, política pública de abastecimento do município).
Estratégias - o projeto deverá:
•considerar, no sistema hidrológico no qual pretende interferir, os nichos de nascentes, localizados à montante em corpos hídricos utilizados para o abastecimento humano. A área a ser reflorestada por meio de plantio ou enriquecimento, deverá considerar o que descreve o Art. 2º letra "c" da Lei nº 4.771/65 .
•tomar a bacia hidrográfica como unidade de planejamento, promovendo a adoção de estratégias participativas de gestão dos recursos florestais e hídricos.
•observar os processos de sucessão ecológica na escolha e combinação das espécies e orientar-se à implantação de florestas de estrutura semelhante ao clímax da região, utilizando alta diversidade biológica; Informar as espécies que serão adotadas para o plantio e a metodologia de espaçamento;
•utilizar preferencialmente material genético local nos plantios destinados à recuperação florestal;
•incluir atividades de capacitação para a adoção de técnicas de plantio e condução da regeneração natural, com vistas à recuperação florestal;
•incluir atividades de educação ambiental (mobilização, palestras, mutirões, etc) em torno das ações desenvolvidas.
Resultados esperados:
•Ampliação da regularidade florestal e do número de áreas degradadas em processo de recuperação na região de abrangência do projeto;
•Beneficiários capacitados e comprometidos com a conservação de florestas de proteção ambiental.
Possíveis Proponentes: Instituições Públicas e Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos
Duração: 12 meses
Valor mínimo e máximo: R$ 200.000,00 a R$ 300.000,00
Despesas de capital: Até 30% do valor solicitado ao FNMA
Prazo Máximo: Até 09 de agosto de 2010
O que temos a ver com isso? Perspectivas de ação de uma ONG Por Juliana Barros | |
No mês de Julho, na coluna sobre Lixo Marinho do Portal EcoD, conversei com a Bióloga Juliana Barros, palestrante do I Workshop Brasileiro sobre Lixo Marinho, que nos conta um pouco dos 25 anos dos trabalhos do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental - NEMA - relacionados ao problema do lixo nos ambientes costeiros do estado do Rio Grande do Sul. Conheça o belo trabalho que vem sendo desenvolvido pela NEMA, que acredita em uma educação transformadora como ferramenta eficiente na modificação do atual cenário relacionado à contaminação de regiões costeiras e marinhas. Juliana Ivar do Sul* A história do NEMA começa quando foi dado o passo inicial para a criação de um Núcleo de Educação Ambiental em Rio Grande, RS. Por volta de 1985, um grupo de estudantes de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, preocupados com a situação ambiental do município, mobilizou-se a fim de criar o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental – NEMA, uma proposta pioneira de conexão entre o conhecimento científico e a vivência da comunidade. A finalidade do NEMA é a harmonização da relação sociedade-natureza a partir do reconhecimento, pelo ser humano, do seu ambiente e da construção de valores e atitudes voltados para o respeito a todas as formas de vida e a melhoria da qualidade desta. Os projetos atualmente desenvolvidos pela instituição têm caráter continuado e apresentam-se em diferentes fases de execução, sendo os principais: Mentalidade Marítima; Dunas Costeiras; Mamíferos Marinhos do Litoral Sul; Educação Ambiental para o Parque Nacional da Lagoa do Peixe; Viveiro Florestal do NEMA; Lagoa Verde e Arroio Bolaxa; Praia Viva; Trilhas Interpretativas; Taim, banhado de vida e Conservação; e Manejo de Tartarugas Marinhas no Rio Grande do Sul. O NEMA é uma organização não governamental que se localiza no extremo sul do Brasil, na praia do Cassino (Figura 1) e atua principalmente na região costeira do RS. Apesar do NEMA não trabalhar diretamente com lixo, esta questão sempre permeou os projetos desenvolvidos, principalmente os de educação ambiental.
A população de Rio Grande corresponde a 200.000 habitantes. Essa região é cercada por lagoas, possui um grande estuário e uma praia oceânica, que fazem com que a pesca, o porto, e o turismo sejam as principais atividades econômicas. Entre os principais problemas da cidade, assim como de outros diversos municípios, está a má gestão dos resíduos sólidos. O primeiro conflito identificado pelos técnicos do NEMA foi o lixo depositado erroneamente nas dunas da praia. Esses ambientes apresentam muitos focos de resíduos sólidos, depositados tanto pelas pessoas, como trazidos pelo mar. Em vista disso, no final da década de 80 durante as saídas de campo das Oficinas de Verão (cursos de educação ambiental oferecidos anualmente pelo NEMA), juntamente com atividades psicofísicas de arte e educação, foi desenvolvida uma atividade sensibilizadora de educação ambiental relacionada ao lixo marinho. Essa atividade envolvia a escolha de um elemento natural e um cultural, sendo o segundo, na verdade, o lixo. Sobre o elemento natural falava-se principalmente da ecologia e sobre o lixo falava-se da origem da matéria prima e seu ciclo na natureza. No inicio dos anos 90, foi realizado pelo NEMA juntamente com crianças de um bairro próximo a praia o Dia Mundial de Limpeza de Praia. Em 1993, em uma parceria entre a ONG e a prefeitura foi instituído o Dia Municipal de Limpeza de Praia. Além destas datas específicas, eram realizados mutirões de limpeza de praia nas saídas de campo de oficinas de verão e junto aos trotes acadêmicos do curso de Oceanologia da FURG. Porém, percebeu-se que este tipo de atividade é apenas sensibilizadora, mas que está longe de ser a resolução do problema. Mais tarde, uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Rio Grande possibilitou um projeto de gerenciamento de resíduos nas escolas municipais, onde foram colocadas lixeiras para a separação do lixo. Para que alunos e professores entendessem sobre a separação de resíduos foi criada uma peça de teatro com o título “Lixo que não é lixo”, que foi apresentada para todas as turmas das escolas municipais. Além disso, também foi elaborado um livreto para os educadores com indicações de atividades, que teve como título “Lixo: o que nós temos a ver com isso?” O NEMA não atua somente na área de educação, mas também realiza atividades de pesquisa e conservação da natureza. Devido à percepção da presença de resíduos sólidos e esférulas plásticas ao longo da linha de costa, identificado nas saídas de campo para o monitoramento de animais marinhos, foi desenvolvida uma pesquisa que teve como objetivo quantificar esses materiais antropogênicos. Isso aconteceu entre outubro de 1996 e setembro de 1997. Por meio de perfis transversais foram coletadas amostras bimensais na praia Grande e Praia da Guarita, em Torres, na Praia do Cassino, em Rio Grande, e na região costeira do Taim (Estação Ecológica do Taim - Santa Vitória do Palmar). Foi constatado que toda a costa do Rio Grande do Sul encontra-se contaminada por resíduos sólidos, principalmente nas áreas onde há a influência da atividade turística como a Praia do Cassino, Praia Grande e Praia da Guarita. A região costeira do Taim é contaminada principalmente por resíduos de origem marinha, sendo a praia com as maiores quantidades de esférulas plásticas. No início dos anos 2000, devido ao problema da colocação direta de resíduos sólidos nas dunas, foi feito contato com os carroceiros dos bairros Cassino, Querência, Bolaxa, Senandes, Estela Maris e Atlântico Sul (todos próximos a praia). Teve-se como objetivo difundir o conhecimento sobre estes ecossistemas costeiros e de sua importância ecológica, abordando-se a questão da colocação do lixo nas dunas. Foram realizadas palestras e dinâmicas de grupo, com enfoque no lugar onde vivemos e associativismo. O encerramento do evento aconteceu com a coleta de resíduos nas dunas, quando foram retirados aproximadamente 18 m3 de lixo. Em 2007 foram realizadas pelo NEMA 50 entrevistas de opinião pública. Para 42% dos entrevistados, o lixo e outros tipos de poluição são os principais problemas para a conservação das dunas, demonstrando que os usuários da praia também percebem este problema. Ainda em 2007 iniciaram-se trabalhos de pesquisa sobre a alimentação das tartarugas marinhas da região. Com base nestes trabalhos foi possível reconhecer que a ingestão de resíduos sólidos por esses animais é uma das principais ameaças na região. Vale lembrar que tartarugas marinhas são animais ameaçados de extinção e este problema atinge tanto animais costeiros como oceânicos. Além das ações citadas, o NEMA também atua pontualmente em relação à questão do lixo marinho com a produção de material informativo para pescadores, realização de oficinas de reciclagem de papel, teatro de bonecos, além das habituais conversas dos técnicos com pessoas da comunidade. Para nós, a questão do lixo marinho vem se agravando devido ao atual estilo de vida, marcado pela intensificação do consumo e produção de novos materiais e resíduos. A geração de materiais artificiais implica na geração de resíduos compostos pelos mesmos materiais. Como estes não se inserem na dinâmica natural do planeta, passam a representar uma ameaça ao equilíbrio da biosfera. Isso ocorre porque o desenvolvimento de tecnologias e economias ligadas à produção de materiais artificiais não foi acompanhado de preocupação com a reintegração desses materiais ao meio ambiente. O lixo marinho é uma questão muito complexa. É necessário que haja cooperação internacional para a resolução desse problema, pois o lixo não tem fronteiras. Não é uma questão de simples solução e requer complexidade no pensar e agir, que subsidiem ações que integrem o poder público, a iniciativa privada e a participação comunitária na solução desta questão. É necessário que haja uma responsabilidade compartilhada entre os diferentes setores da sociedade, e as ONGs podem atuar como um elo de comunicação entre estes setores. Porém, o NEMA acredita que somente uma educação transformadora é capaz de mudar o atual cenário. O NEMA se localiza na Rua Maria Araújo, 450 – Praia do Cassino – Rio Grande – RS. Nosso site é: www.nema-rs.org.br. | |
Juliana Barros | |
A bióloga Juliana Barros é responsável pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA), nas áreas costeiras do sul do Brasil. *Juliana Ivar do Sul é Coordenadora Científica do Projeto Lixo Marinho – Associação Praia Local Lixo Global Esta coluna é escrita mensalmente por especialistas que estudam o tema lixo marinho em diferentes estados brasileiros. |
Campanha ‘Y Ikatu Xingu é destaque no Globo Rural deste domingo
julho 27, 2010
II VÍDEO DO GLOBO RURAL:
Agenda:
Rede Globo – dia 1°, domingo, às 8h00
Reapresentação:
Globo News – dia 1°, domingo, às 17h05
Canal Futura – dia 3, terça-feira, às 20h00
Gisele trabalhando pelo Projeto Y Ikatu Xingu
Foto: Gisele Bündchen: sempre pelo bem
* Na ocasião, a brasileira vai se encontrar com Achim Steiner, o subsecretário-geral da organização, e os dois irão discutir os impactos do aquecimento global no planeta. Gisele terá um papel importante no programa da ONU para os assuntos de meio ambiente, o Unep (United Nations Environment Programme).
* A modelo vai receber a honraria por conta do trabalho em favor do projeto "Y Ikatu Xingu", ao qual doa parte de seus lucros com as vendas das sandálias Ipanema GB. Ela se reúne a um time que já inclui celebridades internacionais como Angelina Jolie, Oprah Winfrey e Nelson Mandela, além de brasileiros como Gilberto Gil, Lily Marinho e Ronaldo Nazário.Fonte: GLAMURAMA - UOL (Foto: Reprodução)