O Estado de S. Paulo - 27/07/2010
Debate sobre o tema promovido pelo Instituto Trata Brasil reúne representantes dos três principais presidenciáveis
Representantes das candidaturas de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) à Presidência concordam que é necessário aumentar os recursos para saneamento básico, mas há profundas divergências sobre a forma de fazer isso. O deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), o ex-secretário estadual de Meio Ambiente Xico Graziano e o ambientalista João Paulo Capobianco discutiram o tema em debate promovido ontem em São Paulo pelo Instituto Trata Brasil.
Graziano defendeu a tese de que os investimentos estatais no saneamento público sejam dobrados, além de propor melhorias na gestão. Ele criticou o fato de o Brasil não dispor ainda de um Plano Nacional de Saneamento Básico, previsto em lei federal e acusou Dilma de não ter visão ambiental. "É lamentável você pensar em governar um país sem visão ambientalista. A Dilma representa isso, a insensibilidade à questão ambiental", disse.
Em resposta, Cardozo afirmou que o plano deve ser implementado até o fim deste ano, mas as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), de acordo com ele, têm foco no saneamento básico, em parceria com Estados e municípios.
Capobianco, que coordena a campanha de Marina, criticou a visão do governo sobre saneamento. "A visão do governo empreendedor ao extremo é equivocada. Isso é errado porque todos acham que a solução virá do governo federal, quando a sociedade precisa participar mais."
Cardozo questionou a opinião do adversário. "O governo tem de ter um duplo papel, de indutor, mas também de fazer obras. No PAC, só na primeira fase, estão previstos investimentos de R$ 2,2 bilhões no setor", ressaltou.
Para Graziano, há outras coisas a fazer. "Se o governo quer fazer algo em prol do saneamento, a primeira coisa é sanear financeiramente as empresas da área", disse.
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
quais sao os tipos de cuidados que devemos ter com o solo
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