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17 de maio de 2013

MOGI DAS CRUZES IMPLANTARÁ SEGUNDA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO RIO TIETÊ



Semae trabalha para implantação do segundo ponto de captação de água do rio Tietê

Nova unidade de captação recebeu quatro novas bombas, já instaladas. Duas delas enviarão água para a ETA Leste, enquanto as outras encaminharão água para a ETA Centro


Semae trabalha para implantação do segundo ponto de captação de água do rio Tietê

O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) está trabalhando para que Mogi das Cruzes passe a ter mais um ponto de captação de água do rio Tietê. Hoje, a água tratada pela autarquia vem da Estação Pedra de Afiar, em Cocuera, onde funciona a Estação de Captação e Recalque 2 (ECR-2). Desde outubro do ano passado, porém, o Semae vem reaparelhando a Estação de Captação e Recalque 1 (ECR-1), que fica às margens do Tietê, só que no bairro do Socorro, ao lado da Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste. O objetivo é que a nova unidade comece a operar ainda este ano.

O diretor-geral do Semae, Marcus Melo, explica que o trabalho segue as diretrizes do Plano Diretor de Água da autarquia, em execução desde 2011. Uma das metas propostas pelo documento é reduzir de forma gradativa a compra de água da Sabesp. “Desde que assumimos a direção do Semae, nos esforçamos para aumentar a produção própria de água e, consequentemente, diminuir a aquisição de água da Sabesp. Trata-se de uma questão estratégica e que vem sendo cumprida de forma gradual, mas contínua”, explica.

A nova unidade de captação recebeu quatro novas bombas, já instaladas. Duas delas enviarão água para a Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste, cada uma com 125 cavalos de potência. Outras duas bombas, cada qual com 200 cavalos, mandarão água para a Estação Centro, que funciona na sede do Semae. O trabalho é artesanal, pois os tubos que conduzirão a água por todo o sistema são fabricados sob medida no próprio canteiro de obras.

Melo acrescenta que uma instalação como esta é praticamente toda artesanal. As bombas são dimensionadas de acordo com as necessidades da estação, assim como as tubulações, o sistema elétrico e os painéis de controle. Isso exige a presença de funcionários especializados e, após o início da operação, uma manutenção igualmente preparada. “É o que acontece com as nossas estações de água e esgoto. Elas possuem especificações próprias, o que torna o sistema muito complexo. Quando ocorre um problema com um painel elétrico ou uma bomba, por exemplo, a substituição é feita sob encomenda. Não dá para simplesmente ir na loja e comprar a peça que falta”, exemplifica o diretor-geral.

Atualmente, a reativação do novo ponto de captação de água está em 58% de seu cronograma. O investimento previsto é de R$ 1,9 milhão. Quando estiver em operação, a estação contribuirá para aumentar a produção própria do Semae. Com os esforços da autarquia, atualmente Mogi produz 65% da água que consome, com a compra dos 35% restantes da Sabesp. Estes índices sofrem alterações durante o ano. No verão, o consumo se eleva, enquanto no inverno o uso de água pela população diminui.

O diretor-adjunto, Dirceu Lorena de Meira, lembra que as obras na ECR-1 trarão economia ao Semae, pois o ponto de captação fica ao lado ETA Leste – atualmente, a água é bombeada para a estação a partir de Cocuera. A diminuição da distância representará economia de energia. Além disso, novas bombas e tubulações serão instalados na ETA Leste, no sistema de distribuição de água. “Com isso, ampliaremos nossa possibilidade de distribuição de água em direção às regiões mais centrais, fazendo com que a produção da ETA Centro possa ser também redistribuída para as regiões hoje atendidas pela Sabesp, como Braz Cubas”, explica Dirceu.

Historicamente, a captação de água do rio Tietê, no ponto onde hoje está a ECR-1, garantiu o abastecimento do município nas décadas de 70 e 80. A estação Pedra de Afiar, no Cocuera, foi inaugurada em 1988 e sua capacidade, na época, era muito superior à população da cidade. Com o crescimento do município, porém, o Semae se prepara para operar com as duas unidades de forma conjunta.

Conjunto de ações

Melo lembra que a reativação do segundo ponto de captação de água será um importante passo para aumentar a produção própria e reduzir a compra da Sabesp, mas não o único. O Semae vem investindo em uma série de ações para combater as perdas de água, outra medida prevista no Plano Diretor. As principais iniciativas já colocadas em prática incluem a compra de novos equipamentos para a detecção e reparo de vazamentos – os geofones – , o treinamento das equipes técnicas de rua, a instalação de macromedidores, as setorizações das redes nos bairros e melhorias no tratamento.

Juntas, as medidas proporcionam bons resultados. As setorizações consistem em subdividir as redes de bairros em sistemas menores. Isso facilita a manutenção e permite maior controle do volume de água enviado à região, bem como dos casos de vazamentos. O Residencial Itapety, a Vila Oroxó e a Vila Jundiaí são exemplos de locais que já contam com redes setorizadas – Jundiapeba também acabou de receber o sistema.

Com os macromedidores, o trabalho ganha em controle. Os macromedidores são grandes hidrômetros que marcam o volume de água que chega a determinados bairros. Comparando-se o volume macromedido com o medido nos hidrômetros das residências, é possível identificar possíveis vazamentos, que são encaminhados para as equipes de manutenção. Neste momento, a setorização – com a rede subdividida e menor – permite identificar o ponto com mais facilidade.

Além disso, o Semae realizou melhorias no tratamento da água. Desde o ano passado, a autarquia utiliza sulfato líquido no processo de tratamento da água. O componente químico é mais fácil de ser usado, proporciona economia para a autarquia – cerca de R$ 20 mil mensais – e melhora a qualidade da água, que é monitorada diariamente pelo Semae. Ela segue os parâmetros estabelecidos pela portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, que define os procedimentos de garantia da qualidade para o consumo humano.

Para a utilização do novo produto foi necessário realizar a reforma de dois tanques, instalação de tubulações e de um sistema de bombeamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) Centro, com um investimento total de cerca de R$ 50 mil. A substituição do sulfato granulado pelo líquido não traz qualquer mudança na qualidade da água consumida pelos mogianos.

O Semae realiza nove mil análises mensais de qualidade antes de chegar às torneiras das casas, sendo 7,1 mil durante a produção e outros 1,9 mil na rede de distribuição. Elas ocorrem desde o momento da captação da água, no rio Tietê, até o armazenamento nos reservatórios dos bairros, passando por todo o processo de tratamento nas Estações do Centro e do Socorro.

As análises da água são realizadas a cada duas horas e cada etapa do tratamento é monitorada. O Semae também conta com operadores que verificam diariamente a qualidade da água que chega aos vários reservatórios espalhados pela cidade. Os principais estão localizados em Taiaçupeba, Vila Suíssa, Vila Aparecida, Botujuru, Vila Natal, Vila Jundiaí, Vila Pomar e na própria ETA Leste. Os operadores recolhem amostras de cada reservatório, que passam por análises no laboratório da autarquia. (MAS) - Fonte: http://www.mogidascruzes.sp.gov.br


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