7º Leilão de Energia Nova - Análise Pós-leilão
01/out/08 - Acende Brasil
No dia 30 de setembro de 2008 foi realizado o 7º leilão de geração para entrega de energia a partir de 2013 (Leilão A-5). O leilão contou com a participação de 51 usinas ofertando 8.535 MW médios e resultou na negociação de 3.125 MWmédios provenientes de 24 empreendimentos.
A exemplo dos últimos leilões de geração, o atendimento da demanda projetada se deu predominantemente a partir da energia de empreendimentos térmicos, com destaque para o óleo combustível, que respondeu por 64% do volume total contratado, para o gás natural liquefeito (GNL), com 22%, e para o carvão mineral importado, com outros 9%.
Energia Térmica
A exemplo dos últimos leilões de geração, o atendimento da demanda projetada se deu predominantemente a partir da energia de empreendimentos térmicos, com destaque para o óleo combustível, que respondeu por 64% do volume total contratado, para o gás natural liquefeito (GNL), com 22%, e para o carvão mineral importado, com outros 9%.
Energia Térmica
A elevada participação térmica se deveu em grande parte à falta de projetos hidrelétricos com licença prévia, requisito indispensável para que elas sejam ofertadas no leilão. Este é o caso das usinas Cambuci e Barra do Pomba que, embora inicialmente consideradas para a oferta, não obtiveram a licença a tempo de serem inscritas no certame.
É importante notar ainda que mesmo projetos já licenciados ficaram sujeitos à incerteza jurídica que ameaçou a participação dos mesmos no leilão, como no caso das usinas hidrelétrica de Baixo Iguaçu e termelétricas MC2 Gravataí e MC2 Osório, cujas licenças ambientais foram alvo de liminares às vésperas do leilão.
É importante notar ainda que mesmo projetos já licenciados ficaram sujeitos à incerteza jurídica que ameaçou a participação dos mesmos no leilão, como no caso das usinas hidrelétrica de Baixo Iguaçu e termelétricas MC2 Gravataí e MC2 Osório, cujas licenças ambientais foram alvo de liminares às vésperas do leilão.
Com relação ao preço, a energia hidrelétrica foi negociada a R$99/MWh, valor inferior aos obtidos nos demais leilões de energia nova (figura 2). Uma explicação para este fato pode ser a decisão do grupo vencedor (Neoenergia) de vender apenas 70% da energia assegurada da usina às distribuidoras através do leilão (Ambiente de Contratação Regulada ou ACR), o que permitirá vender os 30% restantes diretamente a grandes consumidores no mercado livre (Ambiente de Contratação Livre ou ACL), provavelmente a preços mais elevados. Esta análise exclui os preços ofertados nos leilões específicos para as usinas hidrelétricas do Rio Madeira.
Energia Térmica
A energia térmica foi negociada a um preço médio de R$145/MWh, valor significativamente superior aos resultados obtidos nos últimos leilões de energia nova. Explicações do mercado para este fato são a elevação do custo de capital e do combustível e os sinais de encarecimento do crédito em decorrência da atual crise financeira global.
É importante ressaltar que, pelas regras do setor, o preço de venda da energia hidrelétrica aos compradores é exatamente o definido nos resultados do leilão, ao passo que, para as termelétricas, o preço definido (ICB - Índice de Custo Benefício) nada mais é que um preço médio esperado caso as usinas venham a ser acionadas conforme as premissas de operação utilizadas na modelagem do leilão. Ou seja, o eventual acionamento das termelétricas por decisão do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) contrariando a ordem de mérito econômica do ONS (Operador Nacional do Sistema), como ocorrido no primeiro semestre de 2008, necessariamente implicará preços maiores para a energia que serão repassados aos consumidores e demais agentes do setor.
O Instituto Acende Brasil acompanha os leilões regulados de energia elétrica no formato de Análises Pré e Pós-leilões. As análises estão disponíveis em http://www.acendebrasil.com.br/ > Observatório > Leilões .
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