Rio Tibagi (PR), próximo a Telêmaco Borba onde será construida a Usina Mauá
Copel vai investir R$ 180,3 milhões nas obras da Usina Mauá em 2009
Ag. Estadual Notícias - 02/01/2009
As obras de construção da Usina Mauá, no rio Tibagi, deverão absorver recursos de R$ 180,3 milhões por parte da Copel durante 2009, ou 16% do total dos investimentos programados pela Companhia para o ano, orçados em R$ 1 bilhão 113,8 milhões. A nova hidrelétrica, situada nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, começará a operar em 2011 com 361 megawatts de potência instalada e capacidade para atender ao consumo de uma cidade com cerca de 1 milhão de habitantes.
A Companhia detém participação de 51% no empreendimento, que é compartilhado com a Eletrosul, titular dos demais 49%. Seu custo total previsto é da ordem de aproximadamente R$ 1 bilhão. “A construção da Usina Mauá é prioritária não só para as empresas parceiras, mas para todo o país”, enfatiza o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. “O Brasil conta com a energia que ela irá produzir para sustentar a continuidade do seu desenvolvimento social e econômico, tanto que a obra integra o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal”.
O programa de investimentos da Copel para 2009 foi recentemente apreciado, aprovado e oficializado pelo seu Conselho de Administração e contempla a execução de obras importantes para expandir, modernizar e melhorar o sistema elétrico estadual e, adicionalmente, estender o alcance da rede de fibras ópticas do sistema de telecomunicações.
CRESCIMENTO RECORD
Todos os anos, a Copel incorpora às suas redes de distribuição, em média, mais de 80 mil novas ligações elétricas de todos os tipos – residenciais, industriais, comerciais, rurais e outros. A isso, deve ser somado o crescimento do consumo das 3,5 milhões de ligações já existentes. “Por essa razão, a empresa está permanentemente empenhada em reforçar e ampliar a capacidade de atendimento do seu sistema elétrico, assegurando que haja energia elétrica em quantidade suficiente às necessidades do mercado e com alto nível de qualidade e confiabilidade”, observa Ghilardi.
Assim, entre os principais projetos a serem desenvolvidos ao longo de 2009, está prevista a construção de três novas subestações urbanas e linhas de alta tensão associadas para reforçar o sistema elétrico da cidade de Curitiba, nos bairros de Santa Felicidade, Xaxim e Campina do Siqueira. O mesmo acontecerá em Ponta Grossa (com o prosseguimento e conclusão das obras da subestação Uvaranas), Londrina (Jardim Bandeirante), Cascavel (São Cristóvão), Assaí, Imbituva e Sengés, onde novas subestações ampliarão a oferta e a qualidade dos serviços elétricos para a população.
O programa social para ligação de famílias de baixa renda no meio rural, o Luz Para Todos, executado pela Copel em parceria com o Governo Federal e o Governo do Paraná, deverá receber recursos da ordem de R$ 160 milhões, promovendo a eletrificação – a custo zero – de mais de 20 mil domicílios por todo o Estado.
Ameaças à Bacia do Tibagi
Há um conjunto de impactos ambientais que ocorrem como conseqüência da instalação de grandes barragens no mundo inteiro. Contudo, diferenças na magnitude desses impactos dependem do contexto socioambiental em que são instalados os projetos.
Os estudos elaborados para os projetos hidrelétricos no rio Tibagi são omissos na descrição desses impactos, de modo a ocultar suas reais conseqüências sobre a natureza e as populações humanas impactadas. Para fazer valer esses estudos, os emprenteiros contam com a omissão do poder público e com a intimidação das populações locais.IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIO ECONÔMICOS - LEIA MAIS
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Oi gente!
ResponderExcluirSou natural de Telêmaco Borba, e também acho que os rios devem ser preservados, porém temos que ter coerência com o que defendemos.
No caso da energia gerada pela usina MAUÁ, ela será benéfica para muita gente, é uma energia limpa, ou vocês preferem a energia nuclear com os resíduaos que elas geram?
Ou as energia TERMOELÉTRICAS, com toda a poluição e o extrativismo que ela gera, quer seja de petróleo ou do carvão?
Já que estamos falando de proteção dos rios, no caso específio o RIO TIBAGI, porque vocês nunca se preocuparam com os dejetos que a KLABIN lança no rio?
Dejetos estes que por muito tempo foi lançado a céu aberto por uma bica que passava desde a fábrica até o rio por baixo do trajeto do bonde aéreo, e que todos viam, e que depois a KLABIN que tanto "DEFENDE O MEIO AMBIENTE" canalizou e o lança com um duto dentro do canal do RIO TIBAGI.
Este mesmo resíduo é que ocasinou na década de 70 o fechamento da fábrica da BORREGART em GUAÍBA no Rio Grande do Sul.
Gente deixem de estrelismos e se preocupem sim em salvar o planeta com coisas que tem que ser feitas.
Por exemplo o esgoto de nossas cidades, que são jogadas IN NATURA nos rios e que as companhias de saneamento nos cobram valores exorbitantes por isto?, Como é que fica este roubo?
Bem isto não dá IBOPE não é mesmo.
Deixem de ipocrisia?
Gostaria de ter uma resposta obvia e corente.
Atenciosamente
Sr. Anônimo,
ResponderExcluirSe assinar seu nome e se identificar teremos muito prazer em lhe responder.
Entretanto podemos antecipar que o artigo é de origem da Agencia de Noticias do Paraná e o comentário sobre as ameaças ao Rio Tibagi é da ONG Liga Ambiental, também do seu estado, parceiro do Mater Matura (Instituto de Estudos Ambientais):
Sobre o parceiro (colaborador) - A Liga Ambiental é uma organização não governamental paranaense que atua na conservação da natureza por meio de pesquisa, manutenção de áreas naturais, promoção de políticas públicas e controle social dos atos da administração conforme os princípios da Constituição Brasileira. Entre outras atividades, a Liga Ambiental dedica-se a promover o planejamento do uso sustentável do patrimônio natural da bacia do rio Tibagi, no Paraná, além de trabalhar pelo bem estar das populações desta bacia.
Sobre a parceria - A parceria entre o Mater Natura e a Liga Ambiental ocorreu durante o desenvolvimento do projeto Distribuição, biologia e conservação do bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris): uma ave recentemente descoberta para a ciência, elaborado e executado em conjunto pelas duas ONGs, entre novembro de 1998 e abril de 2000, com o financiamento do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA.
Nós do SOS Rios do brasil apenas noticiamos a construção da Usina Mauá, pela Copel e a manifestação da Liga Ambiental sobre as ameaças à Bacia do Rio Tibagi.
Sr anônimo, procure conhecer um pouco mais sobre os problemas ambientais do seu estado, o maravilhoso Paraná.
OLA!EU MORO EM ORTIGUEIRA ONDE VAI SER ATINGIDA PELA CONSTRUÇÃO DA USINA MAUÁ,SOU TOTALMENTE CONTRA ESSA CONSTRUÇÃO,POR QUE EU NASCI E VIVI A MINHA INFÂNCIA NAS MARGENS DO RIO TIBAGÍ,E SÓ QUEM O CONHECE SABE O QUANTO DE VIDAS EXISTEM EM TORNO DELE,A MUITAS ESPÉCIES DE ANIMAIS E PLANTAS NATIVAS,QUE COM ÉSSA CONSTRUÇÃO VÃO SUMIR;ALÉM DISSO O BRASIL TEM ENERGIA SUFICIENTE PARA SE MANTER.
ResponderExcluirO HOMEM DESTRÓI A NATUREZA E ÉLA RESPONDE,ENTÃO O QUE ESTÃO FAZENDO COM O RIO TIBAGI MAIS TARDE ELE VAI SE MANIFESTAR E NÓS VAMOS SENTIR NA PELE A REVOLTA DA NATUREZA.
se reamente houver a construção desta usina!,desaparecera um dos ultimos biomas paranaenses ainda existentes! agora eu pergunto aos senhores investidores destes fundos de pensoes que parasitam nossas vidas?oque é mais urgente?, a vida? ou o lucro rápido?..cabe aos nossos supostos representantes politicos agir com decencia e ética em respeito `a vida dos nossos descendentes!.
ResponderExcluirBOM, ESTOU AQUI PARA DIZER QUE SOU TOTALMENTE CONTRA A CONSTRUÇÃO DESSA USINA, SEI QUE É NECESSÁRIO A CONSTRUÇÃO DE TAIS USINAS PARA O CRESCIMENTO DO PAÍS, MAS TALVEZ NÃO SEJA NECESSÁRIO GERAR ESSE IMPACTO AO MEIO AMBIENTE,E SÓ FAZENDO UM COMENTARIO SOBRE O PRIMEIRO POST QUE FIZERAM, DIZENDO QUE UHE PRODUZEM ENERGIA LIMPA, ISSO É VERDADE EM PARTES, MAS E O IMPACTO AMBIENTAL? QUE PARA CERTAS PESSOAS É INDIFERENTE, MAS PODE TRAZER CONSEQUENCIAS PRA TODOS, INCLUSIVE NÓS SERES HUMANOS....
ResponderExcluirFalso e ilusório
ResponderExcluirA noção que a energia hidrelétrica é limpa está embutida no subconsciente coletivo da humanidade há décadas. Obvio que ninguém vê chaminés acima dos lagos e nos muros das barragens ou fumaça saindo dos vertedouros e turbinas. No entanto, pesquisas científicas nas últimas duas décadas vêm apontando que as barragens contribuem significativamente na emissão de gases do efeito estufa. Em um artigo de 2007, cientistas do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) estimaram que as grandes barragens no mundo são responsáveis por mais de 4% das emissões globais enquanto a agroindústria contribui com 18% e o setor de transportes com 13%.
Principalmente em regiões tropicais as águas quietas dos lagos das barragens escondem verdadeiras fábricas de dióxido de carbono, óxido nitroso e metano; esse último tem 25 vezes maior impacto no efeito estufa do que o próprio dióxido de carbono. A floresta que fica submersa durante décadas e a vegetação que cresce nas margens do lago descobertas na época em que o reservatório está baixo, quando forem digeridos por bactérias emitem esses gases naturalmente. Também o alto teor em material orgânico dos rios que percorrem florestas como a Amazônica até serem barrados, ajuda na proliferação de algas e plantas aquáticas que por sua vez são decompostas por bactérias. É difícil conceber a magnitude das emissões, mas pesquisadores do Instituto de Pesquisas Amazônicas (INPA) têm mostrado que algumas das barragens da Amazônia como a de Curuá-Una (PA), e as desastrosas em termos sociais e ambientais Tucuruí (PA) e Balbina (AM), emitem mais gases do efeito estufa do que termelétricas a gás natural ou diesel com a mesma potência instalada.
No entanto, essas constatações científicas estão disputadas e desqualificadas numa campanha orquestrada por atores ligados à indústria de barragens e energia e setores do governo. A explicação é simples se considerarmos que as barragens na Amazônia, como os Complexos Hidrelétricos dos rios Madeira, Tapajós, Tocantins/Araguaia e Xingu são alguns dos principais pilares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo deixa claro,desde o processo de licenciamento ambiental do Belo Monte até a implantação das hidrelétricas no rio Madeira, que nem os graves impactos sociais, e muito menos os ambientais, podem obstruir a implementação do atual - injusto e desequilibrado - modelo de desenvolvimento. Obviamente, admitir que as barragens produzem energia suja e contribuem significativamente nas emissões (20% no caso do Brasil segundo o INPE) seria um tiro no pé, no momento que o país quer mostrar liderança mundial no combate ao aquecimento global e, assim, atrair investimentos “verdes” dos países do norte.
FONTE: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/analise/energia-limpa-na-amazonia-um-papo-furado-que-emite-metano