De 42 depósitos de lixo de cidades com mais de 100 mil habitantes, 14 terão de fechar neste ano ou em 2010. Os lixões poluem os cursos d'água e as águas subterrâneas das comunidades. A CETESB e o Ministério Público estão atentos e exigindo providências urgentes.
José Maria Tomazela, SOROCABA
Jornal Estado SP 15/03/2009
Um em cada três aterros de cidades com mais de 100 mil habitantes de São Paulo está com a vida útil esgotada. Dos 42 grandes depósitos municipais, 14 terão de encerrar as operações neste ou no próximo ano, de acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Na maioria dos casos, as prefeituras já tentam aprovar ampliação ou construção de outros lixões. Muitas recorrem a áreas privadas.
Em Sorocaba, o lixão de 1985 já deveria estar desativado. A área, que recebe cerca de 500 toneladas de lixo por dia, fica entre o Retiro São João, bairro popular, e o Ibiti do Paço, condomínio de luxo. A prefeitura estuda ampliá-lo por dois anos, mas moradores reclamam. "Está muito alto, pode desabar em cima da gente", diz o pedreiro Ademir Nunes, de 51 anos, do Retiro.
A dificuldade para acomodar tanto lixo em pouco espaço atrai moscas e urubus. "O cheiro é insuportável.", afirma Nunes. A prefeitura tenta aprovar um local na área rural, mas o projeto recebeu parecer contrário do Ibama. Se não ampliar, terá de mandar lixo para um aterro particular, com nota 8,7. A maioria das áreas privadas tem avaliação positiva no Inventário de Resíduos Sólidos Domiciliares, a ser divulgado este mês.
De acordo com o gerente da Área de Controle, Arunto Savastano Neto, novas tecnologias ampliam a vida de aterros. Mas o custo pode ser elevado. O lixão de Campinas esgotou a capacidade e foi ampliado. "Os operadores querem alterar a cota para ganhar mais 18 meses ." Estudos geotécnicos serão feitos. A Cetesb aprovou a expansão do lixão de Limeira por um ano.
Em Bauru, a prefeitura quer sobrepor uma camada no aterro esgotado para ampliar em quatro anos a vida útil. A prefeitura de Marília revitalizou o lixão e pode operar até o fim do ano. Foi aberta uma licitação. O lixão de Ourinhos, bem operado, fica próximo do aeroporto e não tem licença. Para o gerente, há casos em que as prefeituras têm dificuldade para encontrar áreas. Há também negligência. "Às vezes um prefeito deixa para outro."
LICENCIAMENTO
Com aterros esgotados, Piracicaba e Ribeirão Preto mandam resíduos para lixões privados. O Ministério Público acompanha os casos por envolver saúde pública. O depósito de Bragança Paulista foi lacrado pela Justiça no início do mês e a prefeitura busca nova área. O MP mandou fechar o de Araraquara. O de São Carlos terá de ser desativado e o de Araras foi interditado. Presidente Prudente se comprometeu a acelerar novo aterro.
De acordo com Savastano, há tendência de transferir para a iniciativa privada o lixo, mas isso não ocorre no oeste e no Vale do Ribeira. O Estado tem 22 lixões privados e mais 10 em licenciamento.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
As pessoas que moram em Bauru, no bairro Estoril V estão morando em cima de um Lixão !!! Sim, o condomínio (talvez mais luxuoso de Bauru) foi construído em cima de um antigo Lixão clandestino da cidade de Bauru. As pessoas que estão e que vão morar lá correm o risco de perder suas casas por causa de acomodações da terra devido a degradação do lixo que está abaixo do solo do condomínio;há o risco de explosões também, além de risco de saúde devido aos gases tóxicos que são constantemente liberados do solo. E o que é mais absurdo é que as pessoas pagaram e continuam pagando cerca de R$180 - 200 MIL por um terreno de 250 m2 neste condomínio. Estão pagando uma fortuna para dormir sobre o lixo de Bauru. CUIDADO !!!
ResponderExcluirBom eu acho que só acabar com esses aterros naum é o suficiente.tem que ser feita reciclagem desse lixo, claro o que for possivel reciclar. bjss gabi pontes
ResponderExcluiremail: pontes_gabi@hotmail.com