Proposta simples para reter água no solo
O excesso de gases do efeito estufa, má distribuição da água e do calor atmosférico, além da falta de educação da maioria dos habitantes do planeta está levando a comunidade científica ao desespero.
O primeiro, excesso dos gases do efeito estufa, parece irreversível, se continuamos a obter energia a partir dos combustíveis fósseis, fatalmente, maiores concentrações desses gases ainda serão incorporados à atmosfera. Este é um fato indiscutível e não há saídas para tão grave problema a curto ou médio prazos. Ou o mundo pára de utilizar o combustível fóssil ou a vida animal será asfixiada, extinta.
O mais imediato dos problemas e, a nosso entender, o mais fácil de ser resolvido, é o da má distribuição da água e calor sobre o planeta.
Os principais fixadores, distribuidores e dosadores de água no meio ambiente são os vegetais. Extinto o verde, a vegetação, a água simplesmente vai embora, levando consigo as micro, faunas e floras, além dos nutrientes naturais do solo e, como conseqüência imediata, há uma elevação da temperatura na área devastado.
Sem o verde e suas raízes, o solo deixa escapar os seus componentes naturais, torna-se arenoso e estéril ao ser castigado pelos raios solares, tendo como conseqüência a desertificação. Além disso, a presença da água, retida na estrutura verde, ameniza o calor.
Onde existem árvores, a temperatura se torna amena devido à presença da umidade e a movimentação do ar, leve brisa, provocada pelo contraste térmico provocado pela luz solar intensa e a sombra das arvores.
Se criarmos mecanismos para reter a água no solo, parte dos problemas estarão resolvidos, a vida animal não se extinguirá asfixiada pelo excesso de gás carbônico e não será lentamente "torrada" pelo calor excessivo!
Foi pensando nisso que fizemos algumas experiências utilizando um material abundante e “problemático” para o meio ambiente, principalmente nas grandes cidades, a garrafa de PET ou poli tereftalato de etileno.
Toma-se a garrafa e, com uma tesoura, abre-se a mesma, a partir da "boca" até o inicio da curvatura do casco ou corpo da mesma. O ideal é que se façam quatro cortes, provocando aberturas do local cortado, como uma “estrela de quatro pontas.”
A seguir, com as mãos, forçam-se estas aberturas, obrigando-as a abrir como se fossem formar as pétalas de uma flor.
A seguir, enche-se a garrafa assim cortada com o solo do local da experiência ou com terra adubada, tendo-se o cuidado de molhar bem o material, até o encharque.
Abre-se um buraco (cova) no solo, local previamente destinado e enterra-se a garrafa cheia de terra molhada, tendo-se o cuidado de manter a parte cortada, a “estrela” bem aberta ao ser enterrada, cobrindo-a com terra.
Esta parte da garrafa, cortada e mantida aberta, como uma “estrela” irá funcionar como calhas, dirigindo as águas das chuvas ou da irrigação para dentro da garrafa.
A profundidade da garrafa e o distanciamento das mesmas devem ser estipulados em função da cultura a ser desenvolvida no local, a incidência das chuvas e se de raízes são profundas ou rasas.
Após as chuvas, o material previamente colocado no interior da garrafa irá se encharcar, como uma esponja e, após as estiagens, a água retida sairá lentamente por efeito capilar, mantendo a terra ao seu entorno úmida, irrigando as raízes durante as estiagens.
É interessante se notar que o local passa, por mais seco e árido que seja, a se recuperar a partir do primeiro ano da experiência.
Observe-se que um problema ambiental sério representado pela garrafa de PET passa a ser uma solução para outro problema, a ausência da água em alguns locais agricultáveis.
Nosso solo é rico e fértil, a grande dificuldade é muitas vezes a ausência da água.
O "sistema de irrigação" assim montado irá durar mais de cem anos, tempo necessário para integração do PET à natureza e, quando isso acontecer, a área já estará recuperada e não precisará mais das garrafas.
Antonio Germano Gomes Pinto
Engenheiro Químico, Químico Industrial, Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas, Licenciado em Química, Especialista em Recursos Naturais com ênfase em Geologia, Geoquímico, Especialista em Gestão e Tecnologia Ambiental, Perito Ambiental, Auditor Ambiental e autor de duas patentes registradas no INPI, no Merco Sul, na UE, na World Intellectual Property Organization e em grande número de países.
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
Professor Jarmuth,
ResponderExcluirNão é por falta de recursos que os problemas não são resolvidos. Dentre os recursos, temos (também) recuros humanos de primeira grandeza, como é o caso do Eng.
Antonio Germano Gomes Pinto. Porque propõe uma solução simples para um problema complexo... parece ser ignorado pelos governos. Mas, como estamos vivos para provar que as sociedades são mais importantes que os governos...