Protesto contra Ibama paralisa obra do Jirau
Motivo da paralisação foram as multas pelo desmatamento da floresta por criadores de gado
Wellington Bahnemann
Wellington Bahnemann
Estadão - Economia&Negócios
Cresceu para 900 o número de manifestantes que bloqueiam a estrada que dá acesso ao canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), ato que paralisou a construção da usina. Segundo a Polícia Militar de Rondônia, novos ônibus chegaram ao local com mais pessoas de segunda-feira para ontem, que se juntaram aos 350 manifestantes que protestam contra as multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo desmatamento da Floresta Nacional de Bom Futuro (RO).
Na segunda-feira, o governador de Rondônia, Ivo Cassol, solicitou ao ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, que as multas aplicadas pelo Ibama, que superam a casa dos R$ 34 milhões, fossem suspensas pelo Ibama. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por sua vez, informou que o órgão federal segue cumprindo a tarefa de fiscalizar a reserva.
Até o início dessa semana, o ministério informou que Ibama já notificou 380 produtores de gado a deixar o local em 180 dias e aplicou 98 autos de infração contra o desmatamento na reserva.
Ontem à noite, havia a expectativa de que o governo Cassol e o superintendente do Ibama fossem ao local negociar com os manifestantes, que exigem agilidade no cumprimento do acordo que transferiu para o governo de Rondônia o controle da Floresta Nacional de Bom Futuro (RO). Por causa disso, a expectativa da Energia Sustentável do Brasil, concessionária de Jirau, era que o impasse fosse resolvido ainda ontem, permitindo a retomada das obras. Cerca de 800 trabalhadores permanecem no canteiro de obras da hidrelétrica.
A Floresta Nacional de Bom Futuro começou a ser ocupada desordenadamente em 1995. Hoje, aproximadamente 28% da floresta foram desmatados com uma ocupação de 3,5 mil habitantes e 35 mil cabeças ilegais de gado, segundo o MMA.
Pelo acordo firmado em junho, o governo de Rondônia assumiu a Floresta Nacional de Bom Futuro e, como contrapartida, repassou ao MMA as unidades de conservação estaduais Floresta Estadual Rio Vermelho A e B, a Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos e a Estação Ecológica Mujica Nava. Esse compromisso foi fundamental para que o governo de Rondônia concedesse o aval para a construção de Jirau, permitindo que o Ibama liberasse a licença de instalação definitiva.
É a segunda vez que as obras da Hidrelétrica de Jirau são interrompidas. No fim de maio, o impasse entre o governo estadual e a União sobre a Floresta Nacional de Bom Futuro dificultou a liberação da LI definitiva, provocando a suspensão dos trabalhos por mais de duas semanas quando a LI parcial expirou.
A Energia Sustentável do Brasil tem como acionistas a GdF Suez (50,1%), a Eletrosul (20%), a Chesf (20%) e a Camargo Corrêa (9,9%). Jirau tem potência instalada 3,3 mil megawatts, com previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2012.
NÚMEROS
900 manifestantes bloqueiam a estrada que dá acesso ao canteiro de obras
da Hidrelétrica de Jirau, em protesto contra as multas aplicadas pelo Ibama por causa do desmatamento na Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia
R$ 34 milhões é o valor estimado até agora das multas aplicadas pelo Ibama. O governo do Estado pediu ao Ministério do Meio Ambiente que as multas sejam suspensas.
380 produtores de gado da região foram notificados pelo Ibama para que deixem o local até o início da semana.
28% da floresta local foram desmatados
Cresceu para 900 o número de manifestantes que bloqueiam a estrada que dá acesso ao canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), ato que paralisou a construção da usina. Segundo a Polícia Militar de Rondônia, novos ônibus chegaram ao local com mais pessoas de segunda-feira para ontem, que se juntaram aos 350 manifestantes que protestam contra as multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo desmatamento da Floresta Nacional de Bom Futuro (RO).
Na segunda-feira, o governador de Rondônia, Ivo Cassol, solicitou ao ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, que as multas aplicadas pelo Ibama, que superam a casa dos R$ 34 milhões, fossem suspensas pelo Ibama. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por sua vez, informou que o órgão federal segue cumprindo a tarefa de fiscalizar a reserva.
Até o início dessa semana, o ministério informou que Ibama já notificou 380 produtores de gado a deixar o local em 180 dias e aplicou 98 autos de infração contra o desmatamento na reserva.
Ontem à noite, havia a expectativa de que o governo Cassol e o superintendente do Ibama fossem ao local negociar com os manifestantes, que exigem agilidade no cumprimento do acordo que transferiu para o governo de Rondônia o controle da Floresta Nacional de Bom Futuro (RO). Por causa disso, a expectativa da Energia Sustentável do Brasil, concessionária de Jirau, era que o impasse fosse resolvido ainda ontem, permitindo a retomada das obras. Cerca de 800 trabalhadores permanecem no canteiro de obras da hidrelétrica.
A Floresta Nacional de Bom Futuro começou a ser ocupada desordenadamente em 1995. Hoje, aproximadamente 28% da floresta foram desmatados com uma ocupação de 3,5 mil habitantes e 35 mil cabeças ilegais de gado, segundo o MMA.
Pelo acordo firmado em junho, o governo de Rondônia assumiu a Floresta Nacional de Bom Futuro e, como contrapartida, repassou ao MMA as unidades de conservação estaduais Floresta Estadual Rio Vermelho A e B, a Estação Ecológica Serra dos Três Irmãos e a Estação Ecológica Mujica Nava. Esse compromisso foi fundamental para que o governo de Rondônia concedesse o aval para a construção de Jirau, permitindo que o Ibama liberasse a licença de instalação definitiva.
É a segunda vez que as obras da Hidrelétrica de Jirau são interrompidas. No fim de maio, o impasse entre o governo estadual e a União sobre a Floresta Nacional de Bom Futuro dificultou a liberação da LI definitiva, provocando a suspensão dos trabalhos por mais de duas semanas quando a LI parcial expirou.
A Energia Sustentável do Brasil tem como acionistas a GdF Suez (50,1%), a Eletrosul (20%), a Chesf (20%) e a Camargo Corrêa (9,9%). Jirau tem potência instalada 3,3 mil megawatts, com previsão de entrada em operação no primeiro semestre de 2012.
NÚMEROS
900 manifestantes bloqueiam a estrada que dá acesso ao canteiro de obras
da Hidrelétrica de Jirau, em protesto contra as multas aplicadas pelo Ibama por causa do desmatamento na Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia
R$ 34 milhões é o valor estimado até agora das multas aplicadas pelo Ibama. O governo do Estado pediu ao Ministério do Meio Ambiente que as multas sejam suspensas.
380 produtores de gado da região foram notificados pelo Ibama para que deixem o local até o início da semana.
28% da floresta local foram desmatados
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