Ecodebate 24/07/2009
Durante muitos anos os nordestinos têm sonhado em resolver definitivamente a questão da seca com a transposição das águas do rio São Francisco para os rios secos da região. Entretanto, grandes dificuldades de natureza técnica, econômicas e políticas têm impedido a implantação deste projeto:
A principal contribuição do projeto para o RN deverá ser da ordem de 14 m3/s, entrando em Jardim de Piranhas, via leito do rio Piranhas-Açu, que drena praticamente todo o sertão da Paraíba, a região do Seridó e parte da região central do RN, seguindo para a barragem do Açu, a segunda maior barragem do NE, acumulando 2.4 bilhões.
Apesar de sua importância para vencer os períodos críticos da seca na região, principalmente para os estados da Paraíba e Ceará, uma analise critica revela os seguintes aspectos polêmicos do projeto:
1) O escoamento através do leito dos rios secos da região deverá resultar em elevadas perdas d’água que, entretanto não pode ser prevista com precisão atualmente. No canal do trabalhador no Ceará estas perdas alcançaram o índice de 50%.
2) A natureza do projeto, bombeamento em condições bastante desfavoráveis grandes distância e desnível, resultará num extraordinário consumo de energia que onerará bastante o curso d’água do projeto, em torno de 5 centavos de reais por m3 segundo fonte do governo, o que equivale a triplicar o custo d’água do sistema de irrigação nos pólos de fruticultura da região.
3) O trecho do rio Açu no RN já algum já algum tempo se encontra perenizado pela barragem Coremas-mãe d’água na Paraíba, que libera sem ônus para o RN uma vazão entre 4 a 7 m3/s, equivalente à contribuição efetiva do projeto de transposição para o nosso estado.
4)A barragem do Açu encontra-se atualmente bastante subtilizada, os projetos de irrigação em operação na região devem representar 10% do seu potencial natural de irrigação de 25.000 hectares. Apesar do longo período sem chuvas na região, as comportas têm sistematicamente liberado uma vazão equivalente a vazão bruta da transposição para o RN.
5) A bacia hidrográfica do rio Apodi, o segundo rio do RN que será beneficiado com o projeto da transposição, pode ser considerado ainda praticamente virgem, muito pouco explorada, armazenando atualmente 10% do seu potencial hídrico, alcançando 50% com a conclusão da barragem de Santa Cruz.
6) Ao contrario do que se apregoa, a água do rio São Francisco correrá no RN apenas nos leitos dos rios Açu e Apodi, reduzindo bastante os seus reflexos às proximidades das margens destes rios que estão localizados nos pontos mais baixos do interior do estado. Esta constatação mostra que os benefícios são artificialmente bastantes ampliados, principalmente em relação ao RN, que certamente deverá subsidiar a água para a Paraíba e Ceará, num processo que poderá conduzir a privatização da nossa água. Portanto é preciso parar de sonhar em relação a este tema, vamos tentar dentro de nossa realidade encontrar o nosso caminho, antes que este sonho se torne um imenso pesadelo.
* Colaboração de Eugênio Fonseca Pimentel, Geólogo pesquisador da Agenda 21 Local, Gestor Ambiental e Agente Ambiental Voluntário do RN – AAV, para o EcoDebate, 24/07/2009
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PROPOSTAS DE TRAÇADOS ALTERNATIVOS PARA O PROJETO SÃO FRANCISCO(PISF)
ResponderExcluirEntre outras alternativas, para o Projeto de Integração São Franscico(PISF), conhecido popularmente, com “Transposição” existem outros possíveis traçados, entre eles: O de Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE(localizada na Serra da Baixa verde),que deságua no vale do Piancó, através do Riacho Piancozinho...
Certamente, diminuirá substancialmente, todos os custos inerentes a este referido Projeto São Francisco concernente ao Eixo Norte. Pois, este percurso referido acima, ou seja, entre Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE, s perfazendo somente 130km.
Ou através do próprio Eixo Leste, aproveitando em toda a sua essência, a totalidade da concepção de todo seu “Projeto de Engenharia”, que já estar sendo executado, com previsão de conclusão para o final do ano de 2010...Entretanto, sugeria que no “Divisor de Água”, entre os Estados de Pernambuco e da Paraíba...Entre a Serra do mundo novo e a serra do cariri velho...Que se faça uma derivação para uma das nascentes do Rio Pajéu...Inserida no município de São José do Egito-PE...Que por gravidade vai bater no São Francisco...Antes desaguando na barragem de SERRINHA II com capacidade Máxima de 311.000(trezentos e onze milhões) de metros cúbicos de água. Localizada no município de Serra Talhada-PE...Que atenderia a uma das entradas alternativa do Projeto São Francisco(PISF) pela na Serra da Baixa Verde,que deságua no vale do Piancó, através do Riacho Piancozinho...
Chegando até o “Complexo Coremas-Mãe D´Água”, com capacidade máxima de 1.358.000(hum bilhão trezentos e cinqüenta e oito milhões) de metros cúbicos de água...
Que, segundo, “Estudos Científicos”, é o manancial de maior eficiência hidráulica... Por possui 21,5m³/m² de eficiência hidraulica, uma das maiores do semi-árido nordestino...Pelo visto, com excelente "Poder Sinergetico"...E melhor distribuição de suas água para o Nordeste Setentrional, ou seja, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte...Por se encontrar localizado dentro de coordenadas geográficas, com latitude 7°3'36"S ; longitude 37°57'52"W e altitude de 245 metros de altura, que lhe dar estas condições naturais, privilegiadíssimas de ser açude distribuidor, por excelência, dos sertões nordestino brasileiro... Pois, o açude de Coremas, fica literalmente no “Meio” ou seja, “Equidistante”, entre os dois Eixos Norte e Leste...
Diante do exposto, dentro do contexto da valorização socioambiental e de uma valorização custo-benefício, estas alternativas ora apresentadas trariam beneficios sócio-econômico-ambiental entre Floresta-PE, Serra Talhada-PE e Santa Cruz da Baixa Verde–PE, se não para o projeto de integração São Francisco(PISF).E do Eixo Leste... Por já estarem em plena execução... Todavia, certamente, serviria de exemplos, para outros projetos de interligação de bacia Hidrográficas, ou então, na equação no equivoco, ao meu vê, do atual Projeto de integração São Francisco(PISF), concernente ao Eixo Norte...E/ou então, servirá de Proposta para num futuro próximo do Estado de Pernambuco interligar suas bacias hidrográficas do Pajéu, Brígida e Moxotó...Só assim, atendendo ao Estado de Pernambuco de sua demanda de água, que é crescente, em todos os seus usos, nas suas regiões acima citadas...
E que em suma, teria uma maior difusão do “Projeto de Integração do São Francisco”(PISF)...Ou seja, distribuiria as águas do “Velho Chico”, com uma melhor “Eqüidade”, Sócio-Econômico-Ambiental...
DO ECRITOR
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESOA(PB), 25.08.2009