Uso sustentável da água na horticultura e plantas medicinais são os temas do 49º Congresso de Olericultura
Uso sustentável da água na horticultura e plantas medicinais são os temas do 49º Congresso de Olericultura 28.7.2009 Pesquisadora da Embrapa irá falar sobre a influência dos fatores abióticos na composição química dos óleos essenciais
Uso sustentável da água na horticultura e plantas medicinais são os temas do 49º Congresso de Olericultura 28.7.2009 Pesquisadora da Embrapa irá falar sobre a influência dos fatores abióticos na composição química dos óleos essenciais
O 49º Congresso Brasileiro de Olericultura e o Workshop de Embalagens Sustentáveis ocorrerão em Águas de Lindóia, SP, no Hotel Vacance, de 3 a 7 de agosto de 2009. O tema escolhido é água na horticultura: novas atitudes e uso sustentável.
O tema surgiu da preocupação com dois pontos relacionados à água utilizada para a irrigação pelos produtores de hortaliças e plantas medicinais - a qualidade da água utilizada e a legislação federal e estadual que determina que a partir de janeiro de 2010 os produtores do Estado de São Paulo terão mais um componente adicionado ao seu custo de produção, pois pagarão pela utilização da água de irrigação e processamento da produção.
Além do tema principal serão abordadas as áreas de hortaliças, cultivo protegido, olericultura orgânica, sementes, nutrição e adubação, fitossanidade, fitotecnia, etnobotânica, plantas medicinais, aromáticas e condimentares, dentre outros.
Lilia Aparecida Salgado de Morais, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) e coordenadora do Grupo de Trabalho de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares da Associação Brasileira de Horticultura irá falar sobre a influência dos fatores abióticos, ou seja, temperatura, sazonalidade - estações do ano, pluviosidade, nutrição, horário de coleta, dentre outros, no rendimento e na composição química dos óleos essenciais, determinada por fatores genéticos. “A alteração da composição do óleo essencial pode alterar completamente a sua atividade biológica, explica Lilia, pois os compostos responsáveis por conferir a ação podem não estar presentes no óleo essencial no momento da colheita. Isto se deve ao fato de os óleos essenciais serem biossintetizados, isto é, produzidos por organismos vivos, de acordo com a necessidade dos organismos produtores.
São estratégias de sobrevivência dos vegetais, que sofrem alterações de acordo com o ambiente em que se encontram”. O que são óleos essenciaisÓleos essenciais são misturas complexas de várias substâncias voláteis (que se evaporam com facilidade), lipofílicas (que se ligam à gordura), geralmente odoríferas e líquidas, com aparência oleosa em temperatura ambiente. Apresentam cheiro forte e quase sempre agradável. São extraídos das partes vegetais por hidrodestilação, arraste à vapor d’ água, ou prensagem, no caso de cascas de frutos cítricos, porém há outros métodos de extração, como a enfleurage e a extração por CO2 supercrítico (muito utilizadas na indústria).
Sua principal característica é a volatilidade, o que os diferencia dos óleos fixos, que são misturas de substâncias lipídicas, geralmente provenientes de sementes, como o óleo de rícino, óleo de soja e óleo de linhaça. Na maioria das vezes são incolores ou levemente amarelados, com exceção do óleo essencial da camomila, que se torna azul no momento da extração. Seu sabor é ácido e picante. São pouco solúveis em água e pouco estáveis em presença de luz, calor e ar.
Popularmente, os óleos essenciais são conhecidos como essências. São produzidos por plantas, muitas vezes com atividades medicinais, mas também por plantas conhecidas como aromáticas e condimentares. São um tipo de principio ativo, responsáveis pela atividade biológica de algumas plantas.
Há inúmeras aplicações para os óleos essenciais, tanto na medicina humana quanto na veterinária, para tratamentos de diversas doenças e combate a insetos. Muitos são utilizados puros, em formas de chás, em formulações ou medicamentos fitoterápicos com acompanhamento médico, pois, mesmo sendo produtos naturais, podem ser tóxicos ou causar queimadura.
Na agricultura, são utilizados na prevenção e tratamento de doenças de plantas, assim como no controle de insetos que são vetores de alguns patógenos (transmitem doenças). Um exemplo é o uso do óleo essencial de citronela como repelente para mosquitos e do óleo essencial de louro e canela no controle de carunchos de grãos e sementes de feijão.
Cristina Tordin
Jornalista, MTB 28499
Embrapa Meio Ambiente
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