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14 de julho de 2009

OLHO ECOLÓGICO MAPEIA RESERVA NO ARQUIPÉLAGO DE ALCATRAZES (SP)

Vant - avião de vigilância não tripulado - Projeto IAE - SJCampos
Aeromodelo que mapeia reserva ecológica no litoral norte de São Paulo

Gisela Cabral
Publicação: 12/07/2009
Correio Braziliense

Uma miniatura de avião equipada ou não com motor, que à primeira vista parece um brinquedo de criança, está ajudando a preservar o meio ambiente. É o aeromodelo que rompeu a fronteira do lazer e se tornou uma alternativa promissora no mapeamento de áreas de difícil acesso em reservas ecológicas.

A iniciativa é do arquiteto paulista Alfredo Mafra, profissional engajado nas causas ambientais, e resultou em um trabalho que vem sendo realizado há pouco mais de um ano no arquipélago de Alcatrazes — conjunto de ilhas, lajes e parcéis litorâneos situado na costa de São Sebastião, litoral norte de São Paulo. O protótipo criado por Alfredo é equipado com câmera fotográfica, acoplada em uma única asa. Atualmente, o aeromodelo é responsável pelo registro de 250 imagens em alta definição que são fundamentais para a elaboração de uma futura base cartográfica nunca produzida antes no local.

O Arquipélago de Alcatrazes, considerado a maior maternidade de aves marinhas do sudeste brasileiro, é formado por uma enorme variedade de fauna e flora, que hoje conta com uma grande aliada: a tecnologia. Segundo a analista ambiental Marli Penteado, chefe da Estação Ecológica Tupinambás — unidade vinculada ao Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) — o arquipélago se isolou do continente e isso fez com que surgissem espécies únicas, tornando-o um excelente laboratório de estudos. “Com o aeromodelo é possível obter fotografias de vários pontos, em ângulo de 90 graus. Dessa forma, é possível georreferenciar informações, ou seja, ter certeza de que aquele ponto da foto vai receber a coordenada exata”, explica.

As imagens disponibilizadas depois de cada voo são armazenadas pela equipe em um computador portátil. Em seguida, é feita a seleção das melhores fotos, que farão parte de um mosaico. Num segundo momento, porém, os especialistas pretendem ir mais além. “A partir de imagens específicas, iremos monitorar ninhos de diversos animais, como as aves marinhas. Será útil saber como essas espécies se comportam, sem que haja a necessidade da presença humana em determinados locais”, afirma ela. No futuro próximo, conforme a analista, a estação pretende adquirir um aeromodelo próprio, que execute o procedimento sempre que necessário.

O aeromodelismo entrou na vida do arquiteto Alfredo Mafra por hobby. “Com o passar dos anos, vi que esse tipo de avião poderia servir para outras finalidades, além da diversão”, conta. Ele explica que o aparelho foi modificado partindo do modelo tradicional, com o objetivo de receber o serviço de fotografia aérea. Por isso ele tem praticamente uma única asa e assim como os demais é totalmente controlado remotamente.

O custo da operação é considerado baixo, se comparado ao serviço prestado por helicópteros que ainda necessitam da presença humana durante o voo. “No aeromodelismo, o mecanismo é todo operado do solo. Em apenas 20 minutos é possível fazer mais de 60 imagens em ângulos diferenciados, inclusive fotos perpendiculares ao solo — façanha que um helicóptero não conseguiria”, garante o arquiteto.

Valentia
A aparência da miniatura transmite uma sensação de fragilidade, em um primeiro momento. Porém, segundo Mafra, o aeromodelo consegue voar em condições adversas de tempo, caso haja necessidade. “Antes da decolagem fazemos todo o estudo das condições de vento, temperatura e visibilidade. Todo o trajeto é feito em baixa altitude, totalmente visual”, explica.

Até mesmo o acionamento da máquina fotográfica é feito via controle remoto. “Nesse caso, o operador focaliza um objeto, faz o enquadramento e dispara o flash. O equipamento utilizado é semelhante aos disponíveis no mercado, porém em alta resolução”, diz. Mafra esclarece que a câmera é afixada na asa, próxima ao bico do avião, por meio de velcro. Especialmente para Alcatrazes, o inventor também desenvolveu um mecanismo conhecido como flutuador, que protege o equipamento fotográfico de respingos durante o pouso.
- Correio Braziliense - Ciência - 12/07/2009 - Manchetes Socioambientais

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