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13 de maio de 2010

VAI FALTAR ÁGUA NO VELHO CHICO


Volume do rio será insuficiente para gerar mais energia, afirmam pesquisadores

De acordo com especialistas, já existem hidrelétricas no rio São Francisco que operam abaixo de sua capacidade.

27/04/2010

Patrícia Benvenuti
de Curaçá (BA)

Projetadas para o submédio do rio São Francisco, as usinas hidrelétricas de Riacho Seco e Pedra Branca terão capacidade, respectivamente, para a geração de 240 e 320 Megawatts (MW).

O volume do rio, porém, não deve ser suficiente para a geração de mais energia elétrica. A afirmação é do engenheiro agrônomo João Suassuna, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco.


Ele lembra que as águas do São Francisco são responsáveis por 95% da energia gerada na região, consumindo quase todo o potencial de 10 mil MW previsto para o rio. Além disso, da área irrigável (um milhão de hectares), 340 mil já estariam comprometidos. "O rio São Francisco já está no seu limite", atesta.


Evidência

A prova desse limite, para o pesquisador, são as hidrelétricas de Itaparica e Xingó. Suassuna recorda que as duas usinas foram projetadas para funcionar, cada uma, com dez turbinas. Entretanto, elas operam com apenas seis cada.

No caso de Xingó, poderiam ser instaladas mais quatro turbinas de 500 MW, totalizando a capacidade de 5 mil MW. Já Itaparica poderia abrigar mais quatro motores de 250 MW, elevando os atuais 1.500 MW produzidos para 2.500 MW.

O caso dessas usinas é questionado no artigo “Impasses e controvérsias da hidreletricidade”, publicado em 2007 pelo professor livre docente do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP) Celio Bermann. No texto, a própria Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), responsável pelos empreendimentos, justifica a não instalação das turbinas.

“Com respeito às duas usinas no rio São Francisco, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) alega que houve um superdimensionamento nos dois projetos e que não existe água suficiente para efetivar a complementação da motorização de ambas”, afirma o artigo.

“Se o rio está no seu limite, por que se fala na construção de mais duas usinas? Essa é a pergunta que a Chesf tem que responder, salienta Suassuna.

Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Chesf não retornou as ligações nem as mensagens enviadas por correio eletrônico.

Enviado pelo colaborador:
por João Suassuna —Rema Atlântico- 12/05/2010 16:56


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