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1 de julho de 2011

GARIMPO DE OURO NO RIO PARAÍBA DO SUL TEVE BALSAS APREENDIDAS


Policiais se aproximam de uma das balsas no Paraíba do Sul: segundo Minc, cada embarcação retirava 100 gramas de ouro por dia do rio / Foto:Gabriel de Paiva/2009 - O GLOBO


Em 2009 o Ministro Minc e policiais do Rio de Janeiro já haviam apreendido balsas que atuavam ilegalmente no Rio Paraíba do Sul garimpando ouro e tendo um lucro mensal de R$ 210 mil em cada uma das seis balsas. 


Na chamada "operação bracelete" com a presença de militares do GAM, do BOPE, do IBAMA, da Secretaria de Meio Ambiente do RJ e cerca de 50 funcionários do Ministério do Meio Ambiente eles desativaram o garimpo que matava a fauna do rio, além de poluí-lo com mercúrio.

Agora dois anos após outra operação, também denominada "bracelete" apreende no mesmo rio Paraíba do Sul, no município de Carmo, duas balsas garimpando ouro ilegalmente, como da vez anterior.

A atividade é extremamente danosa ao ecossistema porque causa assoreamento do corpo hídrico, além da contaminação da água com mercúrio, metal pesado utilizado para separar o ouro e também deixa  a água turva, causando assoreamento e a mortandade de peixes.

Esperamos que desta vez as autoridades do Ministério e da Secretaria do Meio Ambiente do RJ acabem de vez com o tal garimpo ilegal de ouro no rio que garante a água para o Sistema Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro e muitas outras cidades fluminenses. Vejam a notícia da jornalista Thaís Leitão da Agência Brasil que relata a apreensão das balsas no garimpo.

Prof. Jarmuth Andrade


Fiscais apreendem balsas usadas em garimpo ilegal de ouro no Rio de Janeiro

29/06/2011 - 15h37
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Duas balsas de extração de ouro usadas em um garimpo ilegal no Rio Paraíba do Sul, no município de Carmo, região serrana do Rio de Janeiro, foram apreendidas na manhã de hoje (28) por fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e homens do Batalhão Florestal, durante a Operação Bracelete.
De acordo com o chefe da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca) do estado do Rio, José Padrone, responsável pela operação, a atividade é extremamente danosa ao ecossistema porque causa assoreamento do corpo hídrico, além da contaminação da água com mercúrio, metal pesado utilizado para separar o ouro.
“Embargamos a atividade e apreendemos as balsas. O garimpo era feito de uma forma muito rudimentar. Eles sugavam o fundo do rio, deixando a água turva, causando assoreamento e a mortandade de peixes. Esperamos que com isso se encerre definitivamente essa atividade no Paraíba do Sul”, disse Padrone.
Ainda de acordo com ele, os fiscais encontraram 15 trabalhadores atuando em condições insalubres no local. O grupo foi liberado. “Eles faziam a extração sem qualquer proteção e só o dono das balsas tinha lucro”, contou, acrescentando que os trabalhadores praticavam o garimpo conhecido como aluvionar ou de mergulho.
"Os garimpeiros mergulham com equipamentos rudimentares, como pneus de caminhão, para indicar aos colegas que ficam na balsa onde as bombas de sucção devem operar, realizando a dragagem dos sedimentos do leito do rio. Em seguida, para separar o ouro da areia e da argila que vêm do fundo do rio, eles lançam mão do mercúrio", explicou Padrone.
O coordenador da operação disse que o garimpo rendia cerca de 100 gramas de ouro por dia, resultando em um lucro médio estimado em R$ 7 mil por dia.
O chefe da Cicca também informou que o proprietário das balsas será multado pela Inea em um valor que ainda será definido. O instituto também vai enviar ao Ministério Público Estadual uma notícia-crime contra o responsável pela atividade e intensificar a fiscalização para evitar novas ações na região.
A pena para quem pratica extração ilegal é detenção de seis meses a um ano e multa, conforme previsto na Lei 9.605/98.
Em 2009, as equipes dos órgãos ambientais já haviam constatado a atividade e embargado o garimpo no local, mas não houve apreensão das balsas. “Agora acreditamos que será definitivo”, disse Padrone.
Edição: João Carlos Rodrigues
 
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