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11 de julho de 2011

SOS RIO SÃO FRANCISCO: PLENÁRIA CBHSF DECIDE PRIORIZAR AS NASCENTES

Plenária analisa projetos executivos para a preservação e recuperação das nascentes da bacia


Comitê do São Francisco vai priorizar preservação de nascentes e saneamento


XIX Reunião Plenária aconteceu em Petrolina-PE


índios da tribo Tinguí-Botó, da nação Cariri-Xocó (AL): - “o comitê deve trabalhar pelos povos do rio”
A elaboração de projetos executivos para a preservação e recuperação das nascentes da bacia, com o objetivo de aumentar a vazão do rio, e o apoio às prefeituras municipais para a captação de recursos para a implantação de sistemas de esgotamento sanitário e de tratamento de resíduos sólidos foram as principais propostas apresentadas na plenária do dia08, do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco. O encontro aconteceu no auditório do Senai da cidade de Petrolina, Pernambuco, até o sábado (09).
O comitê reúniu representantes da sociedade civil, dos poderes públicos federal, estaduais e municipais, concessionárias, populações tradicionais e usuários das águas da bacia. Para um morador de cidade grande, muitas vezes é difícil perceber a dimensão do Rio São Francisco para a vida das pessoas que moram nos seus arredores. Prova disso é a maciça participação popular na reunião que marcou os dez anos de criação do Comitê.
Índios, quilombolas, ambientalistas, pescadores, entre outros, se misturam a prefeitos, secretários e representantes de empresas e órgãos públicos para debater os destinos do rio e todo o ecossistema que o envolve, todos com um só objetivo: salvar o rio da destruição. “Criei 14 filhos pescando no São Francisco, mas hoje não daria para criar nem mesmo um filho. O rio está assoreado, não tem cheia, não tem a água barrenta que produz a piracema. Precisamos rapidamente reflorestar as margens com mata nativa”, clamou seu Toinho, pescador e membro do comitê, durante a solenidade de abertura.
A plenária teve início com a apresentação de um grupo de índios da tribo Tinguí-Botó, da nação Cariri-Xocó, do estado de Alagoas. Eles apresentaram uma dança de saudação e depois declararam que “o comitê deve trabalhar pelos povos do rio”. A tônica do encontro foi a apresentação de propostas técnicas, elaboradas pelas câmaras territoriais do alto, do médio, do submédio e do baixo São Francisco. Esses projetos deverão consumir os cerca de R$ 20 milhões anuais arrecadados pelo comitê com a cobrança do uso das águas da bacia pela iniciativa privada.
Nascentes do Rio São Francisco, na Serra da Canastra

NASCENTES


Uma das propostas apresentadas foi a de recuperação das nascentes no alto São Francisco, que contribuem com cerca de 70% das águas da bacia. “Nossa meta é investir recursos em obras e ações de preservação em 17 bacias tributáveis do alto São Francisco que se encontram com algum tipo de risco”, defendeu a diretora da Câmara do alto, Delvane Fernandes. A tônica dos projetos é investir na preservação ao mesmo tempo em que gere alternativas de renda para suas populações nativas, apostando no fortalecimento do turismo e do artesanato.
Outro item que mereceu atenção do comitê foi a questão do saneamento dos 504 municípios existentes na bacia. A falta de capacidade de investimento da maioria dessas prefeituras tem levado a uma grande dificuldade de tratar esgotos e resíduos sólidos. “Reconheço a dificuldade dos municípios em fazer o tratamento dos esgotos, mas sei também que, com projetos em mãos, os gestores desses municípios têm totais condições de obter recursos para resolver definitivamente esse grave problema ambiental e social”, afirmou o presidente do Comitê, Geraldo José dos Santos.
Para o diretor da Câmara do submédio, Antônio (Totonho) Valadares, que também é prefeito da cidade de Afogados da Ingazeira, Pernambuco, “nenhum município com menos de 50 mil habitantes tem condições financeiras de investir em saneamento. Por isso, o Comitê tem que agir efetivamente no apoio técnico e político para obter verbas federais ara saneamento e tratamento de resíduos”. Valadares também defendeu o empenho do Comitê na pressão para a demarcação e proteção das Áreas de Proteção Ambiental nas margens dos cursos d’água.
por Assessoria

É o Núcleo de Estudos e Articulação sobre o Semiárido (NESA), da Fundação Joaquim Nabuco, divulgando a realidade do Nordeste seco.

Enviado por João Suassuna — UFPE


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