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7 de setembro de 2011

SOS LAGOA SECA E LAGOA GAMELEIRA EM IGUATU (CE), AMEAÇADAS POR ESGOTOS

Lagoa Seca, em Iguatu (CE) onde pretende-se jogar esgotos da cidade


Polêmica na implantação de sistema de esgotamento sanitário

Em discussão pública, a população de Iguatu em estado de alarme, questiona a implantação do sistema de esgotamento sanitário e os impactos que serão provocados no meio ambiente.  


É preocupante o tamanho do prejuízo social e econômico que a obra causará as famílias que residem no local analisado pela prefeitura. No último dia 10, a prefeitura apresentou o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA/Rima), cumprindo exigência do Ministério Público Estadual (MPE).
O engenheiro responsável, Flávio Lage, defende e explica as vantagens da implantação do sistema para a saúde dos moradores, como o fim da poluição causada pelos esgotos despejados nas lagoas e no Rio Jaguaribe. Mas, a população contrária com a idéia, tenta recorrer com manifestações e apelo aos órgãos em defesa do meio ambiente.
O projeto de esgotamento sanitário está orçado no valor total de R$ 50 milhões, com recursos previstos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Numa primeira etapa, serão liberados R$ 7 milhões. 


As obras irão atender cerca de cinco mil famílias, moradores dos bairros Flores, Paraná, Tabuleiro e Brasília. As discussões não foram suficientes para persuadir a população que impede a construção das obras. 


Os moradores das comunidades de Gameleira e Lagoa Seca serão os principais prejudicados, caso as obras seja construídas. 
Os representantes do Fórum pela Vida no Semi-Árido e dos atingidos pelo sistema de esgotamento questionaram vários aspectos apresentados durante a palestra. A representante do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sintsef), Francilene Cândido, mostrou preocupação com a área onde o projeto será implantado, que é típica de lagoa.
“O estudo de impacto ambiental somente foi elaborado depois que o município definiu a área de implantação do projeto e houve exigência do Ministério Público. Há pontos em que os técnicos não apresentam explicação clara”.
Indenizações 
Segundo Sebastião Pinheiro morador do sítio Lagoa Seca, proprietário de uma área de 36 hectares de plantação, avaliados em R$ 200 Mil, sendo que 20 hectares receberão parte do projeto. A área foi avaliada em R$ 80 Mil, no entanto, a prefeitura pretende indeniza-lo com o valor de R$ 12 Mil. “Os valores estão abaixo do mercado, além de prejudicar o meio ambiente, a prefeitura não quer entrar em negociação”, disse o morador.
Para o morador Joaquim Alves do Nascimento que teve seu terreno avaliado em R$ 5.500, admite que comprou o terreno por R$ 25 Mil, e a prefeitura não está sendo justa com os moradores do local. “Tenho plantações de milho, capim, e minhas criações de gado, porco, e caprino. Precisamos unir e não deixar que a obra seja iniciada” destacou.

Barreiras para implantação do sistema de esgotamento sanitário

• Solo areno-argiloso, muito permeável, desaconselhado para tal empreendimento;
• Área típica de lagoa, o próprio nome local é um atestado disso, “Lagoa Seca”;
• Lençol freático raso, água na superfície em alguns pontos. Com a alta permeabilidade do solo a contaminação será a conseqüência imediata;
• Uma das áreas mais fértil e de grandes plantações no município;
• Proximidade de afluentes de rios que deságuam no Rio Jaguaribe e no Açude Orós;
• Proximidade do aeroporto da cidade a 350 metros (Distância mínima de 13 km(resolução /CONAMA Nº 04/95);
• Proximidade da cidade – o mau cheiro exalado pelas lagoas certamente será trazido pelo vento para os bairros mais próximos.
Veja depoimentos dos moradores do local que está sendo avaliado pela prefeitura para implantação do sistema.

Fonte: Iguatu.org
LEIA MAIS:

Projetos ambientais, como o esgotamento sanitário de Iguatu, precisam de um estudo de impacto ambiental - Clique


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