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6 de março de 2012

VISITANDO AS ILHAS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

01/03/2012


G1 visita arquipélago mais inóspito do 




Brasil


Ilhas de São Pedro e São Paulo só podem ser acessadas por navio.
Naturalista Charles Darwin visitou local no século 18.

Eduardo CarvalhoDo Globo Natureza, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (o repórter viajou a convite da Marinha do Brasil)
As cinco grandes pedras que surgem das profundezas do Atlântico, a mais de 1.010 km da costa brasileira, podem não ter inspirado o autor Carlos Drummond de Andrade a escrever seu famoso poema “No meio do caminho”.
Mas ele nunca poderia ter imaginado que a frase marcante “tinha uma pedra no meio do caminho” poderia descrever perfeitamente o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, um conjunto de ilhas que mal aparece no oceano localizado entre o Brasil e a África.
G1 está na região considerada mais inóspita do país, onde é possível se chegar apenas por navio e que é classificada por cientistas como uma das áreas mais promissoras para a pesquisa, devido à diversidade de espécies e de informações geológicas.
Vista do arquipélago de São Pedro e São Paulo no amanhecer. (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)Vista do arquipélago de São Pedro e São Paulo no amanhecer. (Foto: Eduardo Carvalho / Globo Natureza)
A bordo do Navio Balizador Comandante Manhães, a reportagem partiu da Base Naval de Natal (RN) no último sábado (25) e só alcançou as ilhas rochosas nesta quarta-feira (29).
A embarcação foi responsável pelo transporte de 33 oficiais e três civis, sendo um pesquisador e mais dois técnicos, um do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro da Embratel – este último com a importante de missão de verificar o funcionamento da internet e do telefone na ilha (ambas com a utilização de satélite).
Em segurança
Com uma área de 17 mil m² e apenas 18 metros de altitude, São Pedro e São Paulo é um território guardado pela Marinha do Brasil, que mantém funcionando no local – há 14 anos --uma estação científica habitada constantemente por pesquisadores de diversas universidades.
Apenas uma ilha, a de Belmonte, é habitada e contém algum tipo de vegetação. O restante é ocupado por caranguejos e aves como o atobá-marrom (Sula leucogaster).
O revezamento de pessoas ocorre graças ao trabalho do Programa Arquipélago de São Pedro e São Paulo (Proarquipelago), cuja manutenção é coordenada pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), ligado ao governo federal.
À frente desta tarefa está o capitão-de-corveta Marco Antonio Carvalho de Souza, gerente do Proarquipelago e que já esteve na ilha por mais de 25 vezes.
Ele conta que as ilhas, que sempre pertenceram ao Brasil, só foram de fato habitadas devido à Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM), de 1982, ratificada pelo país em 1988.
“Com a garantia da habitabilidade, esta localidade se tornaria Zona Exclusiva Econômica e o país ganharia uma área adicional para exploração econômica (como petróleo e a pesca comercial) de 450 mil km² -- mais de dez vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro”.
Rochedo no arquipélago de São Pedro e São Paulo  (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)Rochedo no arquipélago de São Pedro e São Paulo (Foto: Eduardo Carvalho/Globo Natureza)
Ocupação
Carvalho afirma que a partir de 1998 foi iniciada a ocupação da estação científica a partir de parcerias feitas com universidades federais, como a do Rio Grande do Norte, Espírito Santo e a de Pernambuco, que há muito tempo estavam interessadas em desbravar a região.
Atualmente, existem 23 projetos de pesquisa em andamento no arquipélago, em áreas como climatologia, geologia, oceanografia, biologia e engenharia de pesca.
“É um palco único para realização de pesquisas, um laboratório vivo de extrema importância. Há o interesse de que se permaneça ali para que seja descoberto o que tem na ilha”, disse Jorge Lins, coordenador técnico do Proarquipelago.
Para 2012, o orçamento destinado ao programa é de R$ 2,5 milhões, sendo que a maior parte disponibilizada pela Marinha e R$ 500 mil cedidos aos projetos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Darwin passou por aqui
A história ensina que o nome do arquipélago se deu devido a um incidente envolvendo a nau portuguesa São Pedro, em 1511, que se desgarrou da armada que partiu de Portugal e veio se chocar com os rochedos, sem chance de salvamento.
A segunda nomenclatura, São Paulo, teria sido uma homenagem a uma nau que veio resgatar a primeira embarcação.
De acordo com a Marinha, o interesse pelo arquipélago também foi despertado no naturalista Charles Darwin, que passou pelo conjunto de ilhas em 1831, a bordo do navio Beagle. Entretanto, imagens do arquipélago só teriam sido divulgadas em no século seguinte.
No terreno irregular das ilhas também foi instalado um farol, que orienta grandes embarcações que passam próximo ao local em direção à Ásia ou América do Norte, como navios pesqueiros chineses.
Fonte: G1 - GLOBO.COM
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