Bancada Ruralista do Congresso vence queda de braço e ganham maior prazo, anistia por ocupação irregular, nova instância para recursos contra autuações do IBAMA, não demolição de fornos e serrarias ilegais, enfim uma grande flexibilização do decreto de regulamentação da Lei de Crimes Ambientais.
Brasília - Os proprietários rurais ganharam mais um ano de prazo para registrar o cumprimento da reserva legal, percentual de vegetação nativa que deve ser mantido nos imóveis. A extensão do prazo, de janeiro para dezembro de 2009, é a principal flexibilização do decreto de regulamentação da Lei de Crimes Ambientais, revisado para atender interesses do agronegócio.
A nova versão do decreto foi publicada na edição de hoje (11) do Diário Oficial da União. Regulamentada em julho, a lei pretendia aumentar o controle sobre as infrações ambientais.
A reserva legal determina os percentuais de vegetação nativa que devem ser conservados nas propriedade rurais: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e de 20% nos outros biomas.
A nova redação também anistia os produtores rurais de embargos impostos por ocupação irregular de áreas de reserva legal não registradas, desde que o dono do imóvel apresente pedido de regularização ambiental.
MAIS UMA VEZ VENCEM OS RURALISTAS
Na ocasião do anúncio das mudanças, em agosto, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que as mudanças não representariam “afrouxamento” da lei, mas aperfeiçoamentos para que a norma seja efetivamente cumprida.
MAIS FLEXIBILIZAÇÃO
FORNOS ILEGAIS E SERRARIAS SERÃO POUPADOS
“Não será aplicada a penalidade de demolição quando, mediante laudo técnico, for comprovado que o desfazimento poderá trazer piores impactos ambientais que sua manutenção”, de acordo com a nova redação do texto.
As mudanças foram negociadas pela área ambiental com o Ministério da Agricultura e a bancada ruralista do Congresso Nacional. No entanto, apesar das flexibilizações, o novo texto não agradou os representantes do agronegócio. De acordo com o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), “das 108 modificações, apenas duas contemplam integralmente acordo formado com o governo”.
Em comunicado, o parlamentar argumenta que a atual legislação ambiental, mesmo após a revisão, pode reduzir em mais de 60% a área agricultável do país.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Luiz Kashima pergunta:
ResponderExcluirE os ambientalistas vão ficar quietos com tudo isso que o governo está dando para os ruralistas?
Maria Emilia - Campinas
ResponderExcluirÉ uma palhaçada em cima da outra.
Os caras vão só invadindo, derrubando e queimando a mata amazônica, poluindo e secando os rios, contaminando com agrotóxicos e venenos usados nas plantações, mercúrio na exploração de ouro, queimando matas para produzir carvão para vender para as siderurgicas e alterando todo o meio ambiente.
Depois, uma dúzia de deputados e senadores ruralistas pagos com grandes verbas dos lobistas das grandes empresas agropecuárias derrubam as multas, perdoam as atuações do IBAMA, mudam até as Leis Ambientais e todo mundo aceita numa boa...
Como fica isso tudo Ministro Ambientalista Carlos Minc?
Acho que foi por não aceitar essa palhaçada que a Minsitra Marina deixou o cargo...
ISSO É UMA VERGONHA !!!!