ANIVERSÁRIO DO COMITESINOS! PARABÉNS !!!

Nova Hamburgo, no Vale do Sinos

Vale do Sinos

A Região do Vale do Sinos é conhecida como o embrião da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Composta de nove municípios, alguns deles também participantes da Rota Romântica, são dotados de belíssimas paisagens em meio a muita tranqüilidade. O Vale do Rio dos Sinos recebe este nome devido ao próprio Rio dos Sinos que, em seu percurso, forma um extenso e fértil vale. A proximidade da Capital, em média 50 km, a facilidade de acesso a todos os municípios, pelas rodovias BR 116 e RS 239, propiciam agradáveis e interessantes passeios de final-de-semana aos moradores das regiões vizinhas e aos turistas que chegam ao Estado.

Comitesinos completa 21 anos de cuidado com as águas!!!

19 de março de 2009

O aniversário de muitas vidas

Criado em 17 de março de 1988, pelo Decreto Estadual nº 32.774, alterado pelo Decreto Estadual Nº 39.114/98, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica da Bacia do Rio dos Sinos (Comitesinos) não foi só o primeiro comitê de bacia do Brasil. Esse moço, que chegou agora aos 21 anos, nasceu a partir da mobilização gerada pelos altos índices de poluição industrial que preocupavam a região na década de 80. Foi concebido pelo comprometimento conseguido na busca de um desenvolvimento sustentável para a Bacia do Sinos. E acabou inspirando legisladores em esferas maiores.

O Comitesinos, mais tarde, juntamente com o Comitê da Bacia do Gravataí, seu irmão mais novo, serviram de laboratório para a gestão das águas no Estado, resultando na Lei Estadual das Águas, de 1994, que por sua vez influenciou a Lei Federal das Águas, de 1997.

APRENDENDO E ENSINANDO

De lá para cá, o Comitesinos fincou bandeiras por toda a região, algumas em forma de peixes dourados no rio e outras, mais importantes, na forma de conscientização no coração das comunidades de cada município de sua abrangência. Foi assim com o Projeto Peixe Dourado, em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), quando professores e alunos foram para junto das águas do Sinos, ver como a vida fluía ali. Ou deixava de fluir, quando as águas não eram bem cuidadas.

Depois, veio o Monalisa, onde todos literalmente colocaram o pé na água (estudantes, professores, governantes e comunidade em geral) para conhecerem e contarem como estava as águas também de córregos, arroios e outros rios da bacia. Uma caminhada de quase 2,5 mil quilômetros, que continua em novos projetos locais e regionais inspirados pelo Monalisa.

Mais recentemente, veio o Projeto Dourado, que também divide com a rede de ensino o conhecimento adquirido com o estudo de seu peixe homônimo. Com direito a rádio transmissores e peixes com antenas em nossas águas. Desta vez, também com uma fórmula matemática, passada de cidade em cidade, de pessoa em pessoa, sobre como os insetos, ou a falta deles, pode indicar a quantas anda a qualidade do rio.

Aliás, o peixe dourado, além de bandeira para pesquisa e projetos de educação ambiental, acabou ganhando status de símbolo oficial da Bacia Hidrográfica do Sinos, já que esta espécie funciona como bioindicador da qualidade da água do rio. Foi na mesma lei que insituiu, a partir de novembro de 2004, a data de aniversário do Comitesinos como Dia Estadual do Rio do Sinos.

ARRUMANDO A CASA

O Comitesinos, em sua trajetória, passou pelo Enquadramento das águas do Sinos, em 2002. O trabalho ocorreu junto com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam). Foi quando as discussões sobre o desenvolvimento sustentável começaram a ter mais consistência técnica e maio participação da comunidade. Cada trecho do Rio ganhou uma note, de categoria Especial a categoria 4 e resultou no mapa do rio que temos e o rio que queremos.

Com isso, veio o Plano de Saneamento, elaborado entre 2006 e 2007. Foi um “casamento” da questão ambiental com o fator saúde público. Isso direcionou caminhos para projetos como redes de esgoto que já estão saindo do papel. E outros que ainda estão aguardando a vez, conforme a disponibilidade de recursos de esferas governamentais e pelo trabalho de entidades parceiras, como a Corsan, Comusa, Semae e o próprio Consórcio Pró-Sinos.

Agora, já na fase adulta da entidade, o Comitesinos está em peno processo de formação de seu Plano de Bacia. Plano que está sendo construído com base em todo o trabalho feito até agora: com a participação maciça de toda a comunidade. Uma população pós-Dourado e pós-Monalisa que já andou por dentro de suas águas e sabe como ninguém obre seus peixes, insetos e toda a vida aquática. E sobre como ela pode faltar de repente.

O Plano de Bacia vai resultar em o planejamento estratégico para curto, médio e longo prazo, prevendo as ações necessárias para levar as águas ao “rio que queremos” lá do Enquadramento das Águas. Vai dizer quem pode o quê e onde, para que não falte água, já que recursos hídricos não entendem de demografia e não se multiplicam, como se multiplica a população e seus usos.

Aos 21 anos, esse adulto já se aprendeu que não adianta retirar uma amostra de água do rio, analisá-la e achar que dali a algum tempo aquele vai continuar sendo o retrato do rio. Ele poderá ter melhorado... ou piorado. Entendeu que é preciso estar atento para conhecer a vida e entender como ela vai se adaptado. Assim, se terá a fórmula para consertar o que pode ser arrumado e preservar o que ainda não foi destruído.

O caso é que todos são melhores do que antes, com calos e cicatrizes que geraram conhecimento e consciência. Agora vem ainda a etapa da mata ciliar, com projetos saindo da gaveta para melhorar as margens de nosso rio. Outras iniciativas também vão surgindo na área de esgotos, talvez nosso maior vilão do momento. Nada que não possa ser vencido, mas que vai demandar muito suor, inspiração e, principalmente, boa vontade e perseverança.


Castor Becker Júnior
Asses imprensa

COMITESINOS
Ramal Interno: 5508
Fone Externo: 51 3590.8508
Site: www.comitesinos.com.br

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