Meio Ambiente, Água e Educação: é preciso desaprender
Neuza Árbocz, para a Envolverde - 18/6/2009
O ambiente de rápidas mudanças exige transformações no ensino que privilegiem o acolhimento das diferenças, a troca, a convivência e o aprendizado conjunto.
O mundo está no limiar de grandes mudanças. Alterações sociais, econômicas e ecológicas acontecem de forma acelerada e pedem novas posturas, capazes de dar respostas positivas às alterações em curso. “O ser humano tem um potencial infinito de recriação, de renovação, do qual só agora estamos tomando consciência”, falou Lia Diskin, durante mesa redonda na Conferência 2009, para avaliar quais os saberes necessários para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.
“Precisamos contextualizar as informações, desenvolver senso crítico”, seguiu expondo a co-fundadora da Associação Palas Athenas, destacando também a necessidade de uma boa alfabetização emocional. “Os neurologistas comprovaram que registramos nos primeiros anos de vida se estamos em um ambiente amigo ou hostil. Isto define muito de como nos relacionamos e vinculamos com os demais”. Assim, a melhor formação é a que gera um sentido de pertencimento, provocando mais comprometimento – capaz de gerar ações construtivas - e menos oportunismo.
“Todos, praticamente, temos conceitos de como os outros deveriam ser. O que gera uma frustração enorme. O que podemos fazer é mudar a nós mesmos e, com isso, modificar a sociedade”, continuou José Ernesto Bologna, psicólogo, fundador da Ethos/SHN, participante da mesa. Para Bologna, a sustentabilidade como conceito amplo e bem explicado nos princípios da Carta da Terra é a nova utopia instalada na cultura atual.
“Se fôssemos construir um novo mundo a partir do vazio, tenho certeza que existe em cada pessoa muito sentimento bom para fazê-lo. Mas o desafio é, primeiro, desconstruir o que existe”, explicou o psicólogo, alertando em seguida, sobre a influência do inconsciente que nos faz agir e manter hábitos com os quais nem mesmo concordamos. “Temos mecanismos ocultos a desfazer e eles passam pela imaginação, o sonho/devaneio e o afeto”.
Ambos concordaram que o atual sistema de ensino não atende à formação de um novo padrão civilizatório. “Temos de primeiro desaprender”, reforçou Tião Rocha, antropólogo e educador popular também convidado para a mesa. “Uma boa educação só se faz com bons educadores e bons educadores são aprendizes permanentes”, completou. “Podemos transformar TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em TACs (Tecnologias de Aprendizagem e Convivência) e olhar comunidades não pelos seus IDHs, mas sim por seus IPDH – Índice de Potencial de Desenvolvimento Humano”.
A defesa de ambientes de ensino interativos, onde se privilegie o acolhimento das diferenças, a troca, a convivência e o aprendizado conjunto, dando espaço para todos se expressarem, foi unânime entre os participantes. “Perguntas abrem espaço para a apropriação do conhecimento”, falou Lia, propondo escolas mais dialéticas. “A sala de aula deve ser uma espaço de interação construtiva”, acrescentou Bologna. “O caminho é “Paulo Freirar”, sempre”, provocou Tião, propondo que todas as escolas, do pré à universidade sigam a Carta da Terra como currículo comum. (Envolverde)
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Neuza Árbocz, para a Envolverde - 18/6/2009
O ambiente de rápidas mudanças exige transformações no ensino que privilegiem o acolhimento das diferenças, a troca, a convivência e o aprendizado conjunto.
O mundo está no limiar de grandes mudanças. Alterações sociais, econômicas e ecológicas acontecem de forma acelerada e pedem novas posturas, capazes de dar respostas positivas às alterações em curso. “O ser humano tem um potencial infinito de recriação, de renovação, do qual só agora estamos tomando consciência”, falou Lia Diskin, durante mesa redonda na Conferência 2009, para avaliar quais os saberes necessários para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.
“Precisamos contextualizar as informações, desenvolver senso crítico”, seguiu expondo a co-fundadora da Associação Palas Athenas, destacando também a necessidade de uma boa alfabetização emocional. “Os neurologistas comprovaram que registramos nos primeiros anos de vida se estamos em um ambiente amigo ou hostil. Isto define muito de como nos relacionamos e vinculamos com os demais”. Assim, a melhor formação é a que gera um sentido de pertencimento, provocando mais comprometimento – capaz de gerar ações construtivas - e menos oportunismo.
“Todos, praticamente, temos conceitos de como os outros deveriam ser. O que gera uma frustração enorme. O que podemos fazer é mudar a nós mesmos e, com isso, modificar a sociedade”, continuou José Ernesto Bologna, psicólogo, fundador da Ethos/SHN, participante da mesa. Para Bologna, a sustentabilidade como conceito amplo e bem explicado nos princípios da Carta da Terra é a nova utopia instalada na cultura atual.
“Se fôssemos construir um novo mundo a partir do vazio, tenho certeza que existe em cada pessoa muito sentimento bom para fazê-lo. Mas o desafio é, primeiro, desconstruir o que existe”, explicou o psicólogo, alertando em seguida, sobre a influência do inconsciente que nos faz agir e manter hábitos com os quais nem mesmo concordamos. “Temos mecanismos ocultos a desfazer e eles passam pela imaginação, o sonho/devaneio e o afeto”.
Ambos concordaram que o atual sistema de ensino não atende à formação de um novo padrão civilizatório. “Temos de primeiro desaprender”, reforçou Tião Rocha, antropólogo e educador popular também convidado para a mesa. “Uma boa educação só se faz com bons educadores e bons educadores são aprendizes permanentes”, completou. “Podemos transformar TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em TACs (Tecnologias de Aprendizagem e Convivência) e olhar comunidades não pelos seus IDHs, mas sim por seus IPDH – Índice de Potencial de Desenvolvimento Humano”.
A defesa de ambientes de ensino interativos, onde se privilegie o acolhimento das diferenças, a troca, a convivência e o aprendizado conjunto, dando espaço para todos se expressarem, foi unânime entre os participantes. “Perguntas abrem espaço para a apropriação do conhecimento”, falou Lia, propondo escolas mais dialéticas. “A sala de aula deve ser uma espaço de interação construtiva”, acrescentou Bologna. “O caminho é “Paulo Freirar”, sempre”, provocou Tião, propondo que todas as escolas, do pré à universidade sigam a Carta da Terra como currículo comum. (Envolverde)
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