Festival ambiental premia "Corumbiara" e "Uma mudança no mar"
Os filmes "Corumbiara", do diretor Vincent Carelli, e "Uma mudança no mar", de Barbara Ettinger, foram os grandes vencedores da 11ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), cuja mostra competitiva terminou na noite deste sábado (20), com a cerimônia de premiação.
"Uma mudança no mar", que fala sobre o aumento alarmante da acidez dos oceanos, foi escolhido pelo júri na categoria melhor longa-metragem, enquanto "Corumbiara", que denuncia o massacre de povos indígenas em Rondônia, foi premiado com o Troféu Cora Coralina, de melhor obra do festival.
"Minha maior satisfação seria ver o Ministério Público de Rondônia abrir uma investigação para esclarecer o caso", declarou Carelli, já com o prêmio nas mãos. "O que aconteceu foi um crime de genocídio."
"Corumbiara" começou há mais de 20 anos, quando o massacre foi denunciado pela primeira vez. Na época, o cineasta conseguiu registrar com sua câmera vestígios das tribos atacadas, que jamais haviam tido contato com o homem branco, mas o caso não chegou à Justiça.
Segundo Carelli, nove anos se passaram até que fossem encontrados os primeiros sobreviventes, depois mais dois anos para descobrir índios capazes de traduzir a língua falada por eles. Dois dos que escaparam apresentavam marcas de tiros.
"Uma mudança no mar", que disputava o prêmio com mais três longas, alerta para a crescente degradação do oceano causada pela absorção de parte do dióxido de carbono lançado na atmosfera pelo homem. O filme acompanha o educador norueguês radicado nos Estados Unidos Sven Huseby, que fica atônito ao ler um artigo sobre a acidificação dos oceanos e tenta entender as causas do fenômeno.
Ettinger causa perplexidade ao revelar que o oceano absorveu 118 milhões de toneladas cúbicas de CO2 em 200 anos, 43% disso apenas nas duas últimas décadas, e que a maior ameaça desta mudança é a completa extinção da vida marinha.
Na categoria média-metragem, na qual concorriam 15 produções, o escolhido foi "Arrakis", do italiano Andrea di Nardo, que define seu filme como um "documentário-tributo" às vítimas do amianto. ""Arrakis" é meu primeiro documentário, eu não esperava que fosse chegar tão longe", comemorou o diretor, explicando que Arrakis é o nome de um planeta desértico e sem vida em um livro de ficção científica do escritor Frank Herbert.
"Quando Capelli narra, o público não o vê, e por isso não lida com a imagem, lida diretamente com a doença. Este é o maior impacto", estima Di Nardo, referindo-se à voz rouca do narrador, Silvestro Capelli, ex-operário de uma fábrica de amianto que desenvolveu um câncer na garganta e precisou ter a laringe e as cordas vocais retiradas.
As outras produções premiadas do Fica são "Mar de dentro", de Paschoal Samora, que concorria na categoria curta-metragem com mais sete filmes, e "Na parte inferior do mundo", do dinamarquês Jakob Gottshau, que ganhou o prêmio de Melhor Série Televisiva.
O prêmio para Melhor Produção Eleita por Júri Popular ficou com o longa-metragem "Kalunga", de Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe, enquanto "A árvore da música", de Otávio Juliano, venceu na votação da imprensa. (Fonte: Folha Online)
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Os filmes "Corumbiara", do diretor Vincent Carelli, e "Uma mudança no mar", de Barbara Ettinger, foram os grandes vencedores da 11ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica), cuja mostra competitiva terminou na noite deste sábado (20), com a cerimônia de premiação.
"Uma mudança no mar", que fala sobre o aumento alarmante da acidez dos oceanos, foi escolhido pelo júri na categoria melhor longa-metragem, enquanto "Corumbiara", que denuncia o massacre de povos indígenas em Rondônia, foi premiado com o Troféu Cora Coralina, de melhor obra do festival.
"Minha maior satisfação seria ver o Ministério Público de Rondônia abrir uma investigação para esclarecer o caso", declarou Carelli, já com o prêmio nas mãos. "O que aconteceu foi um crime de genocídio."
"Corumbiara" começou há mais de 20 anos, quando o massacre foi denunciado pela primeira vez. Na época, o cineasta conseguiu registrar com sua câmera vestígios das tribos atacadas, que jamais haviam tido contato com o homem branco, mas o caso não chegou à Justiça.
Segundo Carelli, nove anos se passaram até que fossem encontrados os primeiros sobreviventes, depois mais dois anos para descobrir índios capazes de traduzir a língua falada por eles. Dois dos que escaparam apresentavam marcas de tiros.
"Uma mudança no mar", que disputava o prêmio com mais três longas, alerta para a crescente degradação do oceano causada pela absorção de parte do dióxido de carbono lançado na atmosfera pelo homem. O filme acompanha o educador norueguês radicado nos Estados Unidos Sven Huseby, que fica atônito ao ler um artigo sobre a acidificação dos oceanos e tenta entender as causas do fenômeno.
Ettinger causa perplexidade ao revelar que o oceano absorveu 118 milhões de toneladas cúbicas de CO2 em 200 anos, 43% disso apenas nas duas últimas décadas, e que a maior ameaça desta mudança é a completa extinção da vida marinha.
Na categoria média-metragem, na qual concorriam 15 produções, o escolhido foi "Arrakis", do italiano Andrea di Nardo, que define seu filme como um "documentário-tributo" às vítimas do amianto. ""Arrakis" é meu primeiro documentário, eu não esperava que fosse chegar tão longe", comemorou o diretor, explicando que Arrakis é o nome de um planeta desértico e sem vida em um livro de ficção científica do escritor Frank Herbert.
"Quando Capelli narra, o público não o vê, e por isso não lida com a imagem, lida diretamente com a doença. Este é o maior impacto", estima Di Nardo, referindo-se à voz rouca do narrador, Silvestro Capelli, ex-operário de uma fábrica de amianto que desenvolveu um câncer na garganta e precisou ter a laringe e as cordas vocais retiradas.
As outras produções premiadas do Fica são "Mar de dentro", de Paschoal Samora, que concorria na categoria curta-metragem com mais sete filmes, e "Na parte inferior do mundo", do dinamarquês Jakob Gottshau, que ganhou o prêmio de Melhor Série Televisiva.
O prêmio para Melhor Produção Eleita por Júri Popular ficou com o longa-metragem "Kalunga", de Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe, enquanto "A árvore da música", de Otávio Juliano, venceu na votação da imprensa. (Fonte: Folha Online)
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