Insa e Embrapa apresentam alternativas econômicas para o Semiárido
alternativa viável. “Nosso desafio requer um trabalho inovador, um rompimento de alguns conceitos construídos ao longo dos anos.
Claro que água é fundamental, mas não é a única solução para o SAB”, destacou durante a 4ª Conferência Regional Nordeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada nos dias 15 e 16 deste mês, em Maceió (AL).
Já o chefe-geral da Embrapa, Natoniel Franklin de Melo, ressaltou que o Semiárido brasileiro é o mais chuvoso do mundo e desta forma é fundamental intensificar os investimentos em soluções para o armazenamento deste bem natural. “Uma alternativa que já se estabeleceu como política pública e que tem se mostrado eficiente é a construção de cisternas públicas”, lembrou.
Dentre as iniciativas que podem modificar o cenário de pobreza comum a várias localidades do SAB apontadas pelos especialistas, destaque para a substituição do cultivo de culturas tradicionais por organismos xerófilos (adaptado ao meio seco). Isto significa trabalhar como cultivo regular as plantas nativas e as adaptadas às peculiaridades locais. São plantações como imbuzeiro, maniçoba, umbu, caju, mamãozinho-de-veado, entre outros.
“Nós não conhecemos a nossa diversidade. É fundamental investir em pesquisa, ciência e tecnologia para aproveitar esse potencial”, reforçou Natoniel de Melo. Para ele, o desenvolvimento de ações neste sentido fortalecerá o comércio exterior e também garantirá a segurança alimentar da população, formada principalmente por famílias de baixa renda.
Exemplo é o município de Petrolina (PE), que tem apostado na agricultura irrigada e se tornou um grande exportador de frutas, movimentando cerca de R$ 500 milhões por ano. “Só no plantio e colheita da uva são gerados cerca de 70 mil empregos”, disse Natonielde Melo.
Ele também lembrou que a maior parte do solo do Semiárido se estende por rochas cristalinas e desta forma é preciso intensificar ações de PD&I para viabilizar sistemas de produção agrícola nestes locais, além de incentivar o desenvolvimento técnico para novos cultivos e melhoramento genético dessas espécies.
Outro nicho promissor apontado é o mercado de carbono. Para o Insa é fundamental maximizar o número de pesquisas com foco no Semiárido, pensando sempre na economia de baixo carbono. “Nós somos relativamente uma região limpa, com poucas entradas de agrotóxicos e esse é o maior cartão de visitas do SAB. É importante agregar valor aos produtos produzidos aqui, mostrando que eles têm qualidade e emitem poucos gases de efeito estufa para a atmosfera”, disse o diretor do Insa.
Ainda segundo os pesquisadores, devem ser priorizadas iniciativas para o manejo da água, conservação pós-colheita e mudanças nas condições de educação, apostando na educação contextual. “O estudante precisa reconhecer o seu espaço, saber onde ele vive e o que pode fazer para conservar e viver bem naquelas condições naturais”, explicou Alberício Pereira.
A Embrapa destacou que hoje o potencial de mercado do SAB está focado na bacia leiteira, vinicultura, oleicultura, fruticultura irrigada e no artesanato. “O que se deve fazer agora é agregar valor a estes produtos, e isto elevará o potencial de geração de emprego e
renda”, completou.
(Cynthia Ribeiro para o Gestão C&T Online)
* (Publicada na edição 923 do Gestão C&T online, enviada no dia 19 de abril de 2010)
Fonte para edição no Rema:
Sergio Kelner Silveira - sergio.kelner@gmail.com
81 96067511
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Primeiro foi a Sudene, criada para sanar o problema na região. Agora vem o Insa, e com promessas e propostas que nada vai resolver o problema.
ResponderExcluirEstamos falando de 23 milhões de brasileiros miseráveis que morrem de fome e sede todos anos.
Porque não colocar esses miseráveis como uma frente de trabalho, com salários dígnos, para reflorestar toda a área desmatada, recompondo as nascente e rios totalmente destruídos ao londo de centenas de anos a fio.
Essa é a única solução definitiva que o governo deveria tomar. Onde geraria mlhões de empregos na região e, resolveria outro problema, o da reforma agraria no país, tirando dos grandes centros, inúmerras pessoas que vivem em favelas. Pessoas essas, que vieram do semi árido nordestido e dpo centro oeste, depois de anos a fio sofrerem com a fome e sede, onde a Sudene sugou bilhões de reais sem que um rio fosse salvo.
Marcio RJ