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13 de maio de 2010

INSA E EMBRAPA APRESENTAM ALTERNATIVAS ECONÔMICAS PARA O SEMIÁRIDO BRASILEIRO


Desertificação do semiárido nordestino

Insa e Embrapa apresentam alternativas econômicas para o Semiárido

Com uma extensão de 969.589 Km², distribuídos por 1.133 municípios, o Semiárido brasileiro (SAB) oferece ao país grande potencial econômico, desde que respeitadas as condições climáticas da região, que abriga mais de 23 milhões de brasileiros. Esta é a avaliação do Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e da Embrapa Semiárido de Petrolina (PE).


Para o diretor-adjunto do Insa, Alberício Pereira de Andrade, para estimular o desenvolvimento da região é imprescindível, primeiramente, desconstruir o conceito de que irrigar a área é a única
alternativa viável. “Nosso desafio requer um trabalho inovador, um rompimento de alguns conceitos construídos ao longo dos anos.


Claro que água é fundamental, mas não é a única solução para o SAB”, destacou durante a 4ª Conferência Regional Nordeste de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada nos dias 15 e 16 deste mês, em Maceió (AL).


Já o chefe-geral da Embrapa, Natoniel Franklin de Melo, ressaltou que o Semiárido brasileiro é o mais chuvoso do mundo e desta forma é fundamental intensificar os investimentos em soluções para o armazenamento deste bem natural. “Uma alternativa que já se estabeleceu como política pública e que tem se mostrado eficiente é a construção de cisternas públicas”, lembrou.


Dentre as iniciativas que podem modificar o cenário de pobreza comum a várias localidades do SAB apontadas pelos especialistas, destaque para a substituição do cultivo de culturas tradicionais por organismos xerófilos (adaptado ao meio seco). Isto significa trabalhar como cultivo regular as plantas nativas e as adaptadas às peculiaridades locais. São plantações como imbuzeiro, maniçoba, umbu, caju, mamãozinho-de-veado, entre outros.


“Nós não conhecemos a nossa diversidade. É fundamental investir em pesquisa, ciência e tecnologia para aproveitar esse potencial”, reforçou Natoniel de Melo. Para ele, o desenvolvimento de ações neste sentido fortalecerá o comércio exterior e também garantirá a segurança alimentar da população, formada principalmente por famílias de baixa renda.

Exemplo é o município de Petrolina (PE), que tem apostado na agricultura irrigada e se tornou um grande exportador de frutas, movimentando cerca de R$ 500 milhões por ano. “Só no plantio e colheita da uva são gerados cerca de 70 mil empregos”, disse Natonielde Melo.


Ele também lembrou que a maior parte do solo do Semiárido se estende por rochas cristalinas e desta forma é preciso intensificar ações de PD&I para viabilizar sistemas de produção agrícola nestes locais, além de incentivar o desenvolvimento técnico para novos cultivos e melhoramento genético dessas espécies.


Outro nicho promissor apontado é o mercado de carbono. Para o Insa é fundamental maximizar o número de pesquisas com foco no Semiárido, pensando sempre na economia de baixo carbono. “Nós somos relativamente uma região limpa, com poucas entradas de agrotóxicos e esse é o maior cartão de visitas do SAB. É importante agregar valor aos produtos produzidos aqui, mostrando que eles têm qualidade e emitem poucos gases de efeito estufa para a atmosfera”, disse o diretor do Insa.


Ainda segundo os pesquisadores, devem ser priorizadas iniciativas para o manejo da água, conservação pós-colheita e mudanças nas condições de educação, apostando na educação contextual. “O estudante precisa reconhecer o seu espaço, saber onde ele vive e o que pode fazer para conservar e viver bem naquelas condições naturais”, explicou Alberício Pereira.


A Embrapa destacou que hoje o potencial de mercado do SAB está focado na bacia leiteira, vinicultura, oleicultura, fruticultura irrigada e no artesanato. “O que se deve fazer agora é agregar valor a estes produtos, e isto elevará o potencial de geração de emprego e
renda”, completou.


(Cynthia Ribeiro para o Gestão C&T Online)

* (Publicada na edição 923 do Gestão C&T online, enviada no dia 19 de abril de 2010)


Fonte para edição no Rema:
Sergio Kelner Silveira -
sergio.kelner@gmail.com
81 96067511
Enviado pelo colaborador: João SuassunaRema Atlântico 12/05/2010

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Um comentário:

  1. Primeiro foi a Sudene, criada para sanar o problema na região. Agora vem o Insa, e com promessas e propostas que nada vai resolver o problema.
    Estamos falando de 23 milhões de brasileiros miseráveis que morrem de fome e sede todos anos.
    Porque não colocar esses miseráveis como uma frente de trabalho, com salários dígnos, para reflorestar toda a área desmatada, recompondo as nascente e rios totalmente destruídos ao londo de centenas de anos a fio.
    Essa é a única solução definitiva que o governo deveria tomar. Onde geraria mlhões de empregos na região e, resolveria outro problema, o da reforma agraria no país, tirando dos grandes centros, inúmerras pessoas que vivem em favelas. Pessoas essas, que vieram do semi árido nordestido e dpo centro oeste, depois de anos a fio sofrerem com a fome e sede, onde a Sudene sugou bilhões de reais sem que um rio fosse salvo.

    Marcio RJ

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