A construção da barragem Taquarembó, no município de Dom Pedrito, interior do Rio Grande do Sul, dará inicío a sua fase mais importante na próxima quarta-feira (28/04). Nesta fase, o Arroio Taquarembó será desviado, com desobstrução de 40 metros em três dias. O complexo da barragem Jaguari e Taquarembó foi alvo de muitos protestos de ambientalistas e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).


Conforme a coordenadora da APEDEMA (Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente), Cíntia Barenho, os impactos ambientais serão diversos. Ela afirma que os estudos de impactos ambientais foram apresentados após a licença para a realização da obra. Cíntia diz que, por conta disso, os impactos ambientais ainda não podem ser mensurados de forma clara.


“Como não se tem esses estudos de forma clara, esses estudos foram apresentados depois da licença, o que é ilegal. Ao mesmo tempo, os estudos que foram apresentados, eles são questionados, então, todos esses impactos seguem um tanto obscuros, pois não se tem um estudo claro de como essa região estará sendo afetada”.


Além dos impactos ambientais, a obra também traz preocupação para as famílias que vivem as margens do arroio, uma vez que a mudança no percurso, pode trazer desabastecimento.


Conforme o governo do Estado, a desapropriação das terras gira em torno de R$ 6 milhões. O investimento previsto é de R$ 59,8 milhões, com 20% de contrapartida do governo do estado, sendo o restante incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


De Porto Alegre, da Radioagência NP, Bianca Costa./ONG CEA - CENTRO ESTUDOS AMBIENTAIS