24/01/2011
Canal Águas - ABES
O índice de atendimento com água potável, no Paraná, é maior que a média nacional, mas situações pontuais, como a de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mostram que ainda é preciso avançar.
Água foi responsável por 61,5% das internações por doenças infecciosas em 2010
O índice de atendimento com água potável, no Paraná, é maior que a média nacional, mas situações pontuais, como a de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mostram que ainda é preciso avançar.
Mais de 28,3 mil pessoas precisaram de internação hospitalar, no Paraná, de janeiro a novembro de 2010, por causa de doenças que podem ser transmitidas pela água, como cólera, diarreia, gastroenterite, leptospirose e dengue. Os dados preliminares do Ministério da Saúde apontam um aumento de 13,22% em relação aos 12 meses de 2009, quando foram registradas 25.078 internações da mesma natureza.
De todas as internações por doenças infecciosas e parasitárias– 45.933 – realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais públicos e particulares, no Paraná, no ano passado (exceto dezembro), somente as enfermidades relacionadas ao consumo ou contato com água contaminada e à falta de higiene foram responsáveis por 61,5% das hospitalizações.
Ainda que não representem o universo de casos de doenças de possível veiculação hídrica, já que muitos pacientes são atendidos, apenas, em nível ambulatorial (sem necessidade de internação), os números dão uma noção do quanto o Estado ainda precisa avançar na área de saneamento básico, inclusive, no fornecimento de água potável.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades, 98% da população urbana do Paraná são atendidos com água tratada. Considerando as áreas urbana e rural, o índice cai para 85%.
O uso de fontes alternativas de abastecimento – como minas e poços -, que ficam à margem do controle de qualidade pelas vigilâncias sanitárias, são uma das preocupações das autoridades de saúde. Mas, mesmo nos serviços públicos de abastecimento, pode haver falhas.
Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, é um dos municípios em que há fortes indícios da relação entre o consumo de água contaminada e a incidência de doenças diarréicas.
Segundo informações da Vigilância Epidemiológica de Rio Branco do Sul, o município registra, anualmente, entre 2 mil e 2,4 mil casos de diarréia entre uma população de 32 mil habitantes. A doença não é de notificação obrigatória, mas, semanalmente, é encaminhado relatório – Monitoramento de Doenças Diarréicas Agudas (MDDA) - à Regional de Saúde, informando o número de casos.
Em Rio Branco do Sul, em média, são registrados de 30 a 40 atendimentos nas unidades de saúde de casos de diarreia. Quando há um surto, os técnicos da Vigilância Epidemiológica fazem investigações sobre as possíveis causas que, no caso do município, normalmente, são relacionadas à água.
Em 2010, houve dois surtos de diarreia, entre os meses de fevereiro e março. Em uma única semana, o número de doentes chegou a 136 e, em outra, 182 casos foram registrados, tendo o consumo de água contaminada como possível causa para as enfermidades.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, nas semanas em que foram registrados os surtos de diarreia, a água do sistema público de abastecimento não havia sido tratada.
Já o número de internações por doenças infecciosas e parasitárias chegou a 298, de janeiro a novembro de 2010, segundo dados do Ministério da Saúde. Mais de 88% dos casos foram de doenças relacionadas à água.
O sistema de abastecimento de Rio Branco do Sul é gerido pelo Departamento de Água e Esgoto, que é vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. São 17 poços e três fontes que fornecem água para as áreas urbana e rural do município.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, João Roberto Costa Rosa, a água é tratada com cloro periodicamente e, toda semana, são coletadas amostras em diferentes pontos da rede de distribuição para analisar a qualidade.
Contaminação – A cloração da água distribuída em Rio Branco do Sul vem sendo feita nos últimos oito anos, informou o tecnólogo em saneamento da Secretaria de Saúde de Rio Branco do Sul, Ederaldo Telles, responsável pelo monitoramento da qualidade da água no município.
Segundo Telles, mesmo sendo tratada com cloro, eram frequentes os registros de contaminação da água - coletada da rede para análise - por coliformes totais. “Depois de algumas melhorias no sistema de abastecimento, nos últimos três meses, não houve mais histórico de contaminação.”
Fonte: www.canalagua.com.br /ABCON
ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!
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