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1 de dezembro de 2008

A TRAGÉDIA DE SANTA CATARINA NA IMPRENSA


Tragédia em Santa Catarina

"O olhar da imprensa"


Notícias Socioambientais - 01/12/08

Especialistas apontam pelo menos cinco causas
Desde que as duas enchentes históricas de 1983 e 1984 atingiram o Vale do Rio Itajaí, causando a morte de 43 pessoas, estudiosos de universidades locais passaram a se preocupar com a vulnerabilidade da região. Na semana passada, nove desses especialistas, professores da Fundação Universidade Regional de Blumenau e da Universidade Estadual de Santa Catarina, se reuniram para discutir as causas principais da enchente deste ano e sugerir providência. As principais causas da enchente podem ser resumidas em cinco: a quantidade de chuva na região, o local da concentração da chuva, o tipo de rocha do Vale do Itajaí, a forma como vem sendo feita a ocupação desordenada do local e o desmatamento da vegetação local - OESP, 30/11, Metrópole, p.C6.

Fenômeno extremo vai se tornar freqüente
Não há por enquanto uma explicação científica para o que ocasionou a seqüência de chuvas em Santa Catarina. Também não é possível associar o fenômeno ao aquecimento global -embora a possibilidade não possa ser descartada, afirma Carlos Nobre, climatologista do Inpe. "Esse é o tipo de fenômeno extremo que vai ocorrer mais no futuro. A grande pergunta é: o futuro já chegou?" A falta de uma série histórica para os eventos climáticos no Brasil de pelo menos 150 anos impede um julgamento mais definitivo. "Em muitas partes do mundo [onde existem séries históricas], já se consegue apontar o aquecimento global como culpado por eventos climáticos extremos. Aqui, isso ainda não é possível", diz Nobre - FSP, 29/11, Cotidiano, p.C5.

Cidades têm de se adaptar a "novo clima", afirma urbanista
O planejamento das cidades precisa se adaptar à intensificação das mudanças climáticas. De acordo com urbanista Clóvis Ultramari, pesquisador da PUC-PR, há sinais de que os atuais parâmetros urbanos têm de se tornar mais rígidos, de modo a reduzir o impacto de acidentes naturais como as tempestades que vêm assolando Santa Catarina. "Acreditamos que essas mudanças climáticas estão acontecendo e são mais fatais", afirma. "Há cientistas tentando comprovar isso, outros têm dúvidas; mas é preciso tentar controlar todas as variáveis", diz, acrescentando que há estudos urbanísticos que consideram as recentes alterações de clima. Para Ultramari, o histórico de enchentes na região e a facilidade que algumas áreas, como Blumenau, têm para deslizamentos deveria levar a uma política de prevenção do problema - FSP, 29/11, Cotidiano, p.C4.

A conta da ocupação irracional
"Áreas de risco e áreas de preservação são invadidas, loteadas, ocupadas em nome de interesses e conveniências privados e, não raro, em nome de direitos sociais. Em regiões como a de São Paulo, as chamadas áreas de mananciais são ocupadas, comprometendo a água disponível, de qualidade já problemática, ameaçando a saúde da maioria. Áreas montanhosas e de encosta, como em Petrópolis, são ocupadas, expondo os moradores aos riscos de escorregamentos. Mansões são construídas em encostas próximas do mar em diferentes pontos do litoral, com riscos semelhantes. A catástrofe ambiental já em andamento pede urgentes providências na regulamentação da propriedade e do uso do solo urbano em nome da vida e da civilização", artigo de José de Souza Martins - OESP, 30/11, Aliás, p.J6.

Irresponsabilidade mata
"'As pessoas precisam morar.' A declaração é do coordenador da Defesa Civil de Santa Catarina, major Márcio Luiz Alves. A causa da tragédia catarinense não é a chuva, mas a irresponsabilidade de quem permitiu que milhares de pessoas vivessem em locais perigosos, nas encostas dos morros ou nas várzeas dos rios. Era obrigação do poder público mapear as áreas de risco, combater o desmatamento nos morros, fazer obras de prevenção onde isso era possível ou simplesmente impedir a ocupação onde não era. O próprio coordenador da Defesa Civil catarinense não nega que a ocupação irregular ajudou a potencializar riscos e que houve falha de fiscalização. Apesar disso, no que deveria ser considerado como seu pedido de demissão, completou: 'Quero ver quem é que vai fazer'. Major, é isso mesmo, alguém tem de fazer", artigo de Rogério Gentile - FSP, 1/12, Opinião, p.A2.

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