Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Canedo de Magalhães.
Desenvolvimento do país depende de investimentos em saneamento
Publicado por Alana Gandra, da Agência Brasil -
Envolverde - 6/7/2009
A melhoria e expansão das redes de coleta de água e esgoto são o caminho para que o Brasil possa atingir um desenvolvimento econômico e social no futuro. Essa é a opinião do coordenador do Laboratório de Hidrologia (Labhid) da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Paulo Canedo. “A receita é o combate ao esgoto. O saneamento. O Brasil precisa investir em saneamento.”
No dia 3/7, Canedo participou do Fórum Águas do Rio e o Futuro da Água no Brasil, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). O evento foi promovido pelo Centro Cultural da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj) e pela Synergia Editora.
Canedo afirmou à Agência Brasil que o Brasil não tem andado bem na área da preservação da hidrologia. “Os recursos hídricos brasileiros estão ruins. No entanto, o cenário futuro pode ser bom. Quer dizer, vale a pena lutar por isso, porque o prêmio da conquista é elevado.”
Em um cenário de escassez crescente de água no mundo, explicou o especialista, a posição do Brasil, rico em recursos hídricos, vai ficar cada vez mais importante. Isso, acrescentou, poderá trazer desenvolvimento e crescimento de exportações, representando um cenário de competição mais cômodo para o Brasil.
O coordenador do Laboratório de Hidrologia disse que a participação majoritária da energia hidráulica na matriz energética nacional é positiva, porque se trata de uma forma de energia limpa. “Essa foi uma opção boa que o Brasil fez no passado. E não mudou muito”.
Já em termos de meio ambiente, a posição do Brasil ainda deixa a desejar, na opinião de Canedo. “O Brasil degrada o seu meio ambiente. E, exatamente por isso, passa a ter a água também degradada. Essa é a parte ruim”.
O país, segundo Canedo, não conseguiu controlar a degradação de suas riquezas naturais. “Elas são maltratadas. Nós desmatamos a Amazônia.”
Canedo salientou, entretanto, que não é contra o desmatamento da Amazônia, desde que isso reverta em benefício para o país. “Você desmatar a Amazônia para enriquecer o país, é possível. Mas, desmatar para criar gado é ruim. O país não necessita disso. É um desmatamento burro”.
O Fórum Águas do Rio e o Futuro da Água no Brasil debateu temas como regulação, políticas públicas, planejamento, ações estratégicas, meio ambiente, desenvolvimento econômico, tecnologias e alternativas para o uso múltiplo das águas. O encontro foi aberto pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado.(Envolverde/Agência Brasil)
© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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A melhoria e expansão das redes de coleta de água e esgoto são o caminho para que o Brasil possa atingir um desenvolvimento econômico e social no futuro. Essa é a opinião do coordenador do Laboratório de Hidrologia (Labhid) da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Paulo Canedo. “A receita é o combate ao esgoto. O saneamento. O Brasil precisa investir em saneamento.”
No dia 3/7, Canedo participou do Fórum Águas do Rio e o Futuro da Água no Brasil, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). O evento foi promovido pelo Centro Cultural da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj) e pela Synergia Editora.
Canedo afirmou à Agência Brasil que o Brasil não tem andado bem na área da preservação da hidrologia. “Os recursos hídricos brasileiros estão ruins. No entanto, o cenário futuro pode ser bom. Quer dizer, vale a pena lutar por isso, porque o prêmio da conquista é elevado.”
Em um cenário de escassez crescente de água no mundo, explicou o especialista, a posição do Brasil, rico em recursos hídricos, vai ficar cada vez mais importante. Isso, acrescentou, poderá trazer desenvolvimento e crescimento de exportações, representando um cenário de competição mais cômodo para o Brasil.
O coordenador do Laboratório de Hidrologia disse que a participação majoritária da energia hidráulica na matriz energética nacional é positiva, porque se trata de uma forma de energia limpa. “Essa foi uma opção boa que o Brasil fez no passado. E não mudou muito”.
Já em termos de meio ambiente, a posição do Brasil ainda deixa a desejar, na opinião de Canedo. “O Brasil degrada o seu meio ambiente. E, exatamente por isso, passa a ter a água também degradada. Essa é a parte ruim”.
O país, segundo Canedo, não conseguiu controlar a degradação de suas riquezas naturais. “Elas são maltratadas. Nós desmatamos a Amazônia.”
Canedo salientou, entretanto, que não é contra o desmatamento da Amazônia, desde que isso reverta em benefício para o país. “Você desmatar a Amazônia para enriquecer o país, é possível. Mas, desmatar para criar gado é ruim. O país não necessita disso. É um desmatamento burro”.
O Fórum Águas do Rio e o Futuro da Água no Brasil debateu temas como regulação, políticas públicas, planejamento, ações estratégicas, meio ambiente, desenvolvimento econômico, tecnologias e alternativas para o uso múltiplo das águas. O encontro foi aberto pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado.(Envolverde/Agência Brasil)
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