INGÁ apresenta estudo sobre os impactos
das mudanças climáticas na Bahia
Os impactos das alterações climáticas nos recursos hídricos da Bahia e o panorama de enfrentamento da situação de vulnerabilidade das mulheres e das populações sobre o tema serão conhecidos na próxima segunda-feira (14), às 9h, em apresentação oficial no Auditório Paulo Jackson, da sede do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), no Itaigara.
Produzido pelo Fundo de População das Nações Unidas, o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2009: “Enfrentando um mundo em transição: mulheres, população e clima”, faz uma análise das conseqüências dos desastres ambientais relacionados ao clima que levarão as pessoas a deixarem seus lares; as adaptações aos impactos das mudanças do clima; as medidas necessárias para a mudança de comportamento que deve ser adotada pelos governos e pessoas; e os cinco passos para se recuar do limiar e estabilizar o clima do planeta.
O relatório, que será apresentado pela representante auxiliar do Unfpa no Brasil, Taís Santos, foi lançado simultaneamente em 120 países do mundo no último dia 18.
De acordo com o assessor para Povos e Comunidades Tradicionais do INGÁ, Diosmar Santana Filho, o relatório tem uma interface direta com as ações do INGÁ, na medida em que discute e levanta as populações vulneráveis que são as maiores vítimas das mudanças climáticas, também conhecidas como refugiados do clima, e também as que possuem uma relação direta de sobrevivência com a água em toda a Bahia, principalmente no semi árido. “Este estudo subsidiará a elaboração do Plano Estadual de Mudanças Climáticas do Estado da Bahia, que garanta a sustentabilidade da população”, afirmou.
Mudanças climáticas na Bahia
No recorte local, o INGÁ, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), fará a apresentação do estudo que investigou os impactos das mudanças climáticas nas águas da Bahia, nos biomas caatinga, cerrado e Mata Atlântica, para o período 2070 a 2100.
O estudo - desenvolvido pelo engenheiro Fernando Genz, pesquisador do Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFBA, e pelos meteorologistas Clemente Tanajura (Instituto de Física/UFBA) e Heráclio Alves (INGÁ) - envolveu a análise dos resultados das simulações de cenários atuais e futuros do clima e seus efeitos sobre as vazões fluviais.
O objetivo do trabalho foi estabelecer a primeira quantificação das alterações em detalhes sobre o Estado, de maneira a subsidiar a avaliação e o planejamento de ações de Governo para a convivência, adaptação e enfrentamento dos efeitos das mudanças do clima e gestão das águas da Bahia. Já se sabe, por exemplo, que para o período 2070 a 2100 no cenário mais pessimista há projeção de uma redução significativa de chuvas no Estado de até 70% – o que vai impactar na redução da vazão dos rios – bem como um aumento de temperatura entre 2°C no litoral até 5ºC na região Noroeste do Estado.
Conselho das Águas
Ao final da manhã da segunda-feira (14), também serão empossados os representantes titulares e suplentes dos povos e comunidades tradicionais da Bahia, eleitos para compor o “Conselho das Águas” - colegiado que irá acompanhar a aplicação das demandas, propostas e reivindicações socioambientais elencadas pelos povos e comunidades tradicionais da Bahia durante a série “Encontro Pelas Águas”.
Os representantes foram escolhidos pelas próprias comunidades ao final de cada “Encontro Pelas Águas” – série de sete reuniões temáticas convocadas pelo Governador Jaques Wagner, realizadas de agosto a dezembro nas bacias hidrográficas com diversos segmentos, como comunidades de Terreiro, Gerazeiros, Quilombolas, Povos Indígenas, Mulheres, Fundos de Pasto e Marisqueiras e Pescadores -, que possibilitou a escuta e discussão da situação das águas dos rios dos locais onde vivem.
Ao final de cada Encontro, foi produzida uma carta de intenções com propostas de políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades e sustentabilidade hídrica e ambiental, e todas elas foram reunidas no documento “Cartas Pelas Águas”, que será entregue ao Governador Jaques Wagner.
O INGÁ é o órgão gestor das águas do Estado, autarquia da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, e executor das Políticas Estaduais de Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
10/12/09
Ascom INGÁ
Mais informações:
Letícia Belém/ Yordan Bosco/ Patrícia Moreira
(71) 3116-3215/ 3042/ 3286
Produzido pelo Fundo de População das Nações Unidas, o Relatório sobre a Situação da População Mundial 2009: “Enfrentando um mundo em transição: mulheres, população e clima”, faz uma análise das conseqüências dos desastres ambientais relacionados ao clima que levarão as pessoas a deixarem seus lares; as adaptações aos impactos das mudanças do clima; as medidas necessárias para a mudança de comportamento que deve ser adotada pelos governos e pessoas; e os cinco passos para se recuar do limiar e estabilizar o clima do planeta.
O relatório, que será apresentado pela representante auxiliar do Unfpa no Brasil, Taís Santos, foi lançado simultaneamente em 120 países do mundo no último dia 18.
De acordo com o assessor para Povos e Comunidades Tradicionais do INGÁ, Diosmar Santana Filho, o relatório tem uma interface direta com as ações do INGÁ, na medida em que discute e levanta as populações vulneráveis que são as maiores vítimas das mudanças climáticas, também conhecidas como refugiados do clima, e também as que possuem uma relação direta de sobrevivência com a água em toda a Bahia, principalmente no semi árido. “Este estudo subsidiará a elaboração do Plano Estadual de Mudanças Climáticas do Estado da Bahia, que garanta a sustentabilidade da população”, afirmou.
Mudanças climáticas na Bahia
No recorte local, o INGÁ, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), fará a apresentação do estudo que investigou os impactos das mudanças climáticas nas águas da Bahia, nos biomas caatinga, cerrado e Mata Atlântica, para o período 2070 a 2100.
O estudo - desenvolvido pelo engenheiro Fernando Genz, pesquisador do Departamento de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFBA, e pelos meteorologistas Clemente Tanajura (Instituto de Física/UFBA) e Heráclio Alves (INGÁ) - envolveu a análise dos resultados das simulações de cenários atuais e futuros do clima e seus efeitos sobre as vazões fluviais.
O objetivo do trabalho foi estabelecer a primeira quantificação das alterações em detalhes sobre o Estado, de maneira a subsidiar a avaliação e o planejamento de ações de Governo para a convivência, adaptação e enfrentamento dos efeitos das mudanças do clima e gestão das águas da Bahia. Já se sabe, por exemplo, que para o período 2070 a 2100 no cenário mais pessimista há projeção de uma redução significativa de chuvas no Estado de até 70% – o que vai impactar na redução da vazão dos rios – bem como um aumento de temperatura entre 2°C no litoral até 5ºC na região Noroeste do Estado.
Conselho das Águas
Ao final da manhã da segunda-feira (14), também serão empossados os representantes titulares e suplentes dos povos e comunidades tradicionais da Bahia, eleitos para compor o “Conselho das Águas” - colegiado que irá acompanhar a aplicação das demandas, propostas e reivindicações socioambientais elencadas pelos povos e comunidades tradicionais da Bahia durante a série “Encontro Pelas Águas”.
Os representantes foram escolhidos pelas próprias comunidades ao final de cada “Encontro Pelas Águas” – série de sete reuniões temáticas convocadas pelo Governador Jaques Wagner, realizadas de agosto a dezembro nas bacias hidrográficas com diversos segmentos, como comunidades de Terreiro, Gerazeiros, Quilombolas, Povos Indígenas, Mulheres, Fundos de Pasto e Marisqueiras e Pescadores -, que possibilitou a escuta e discussão da situação das águas dos rios dos locais onde vivem.
Ao final de cada Encontro, foi produzida uma carta de intenções com propostas de políticas públicas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades e sustentabilidade hídrica e ambiental, e todas elas foram reunidas no documento “Cartas Pelas Águas”, que será entregue ao Governador Jaques Wagner.
O INGÁ é o órgão gestor das águas do Estado, autarquia da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, e executor das Políticas Estaduais de Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
10/12/09
Ascom INGÁ
Mais informações:
Letícia Belém/ Yordan Bosco/ Patrícia Moreira
(71) 3116-3215/ 3042/ 3286
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