Lula assina lei sobre redução de CO2 com três vetos
Brasil se propôs a reduzir em até 38,9% as emissões de CO2 até 2020
Um dos vetos, pedido pelo ministério de Minas e Energia, elimina uma determinação de o país abandonar "paulatinamente" o uso de combustíveis fósseis. Minc diz que a proposta é estimular fontes limpas e não necessariamente deixar de usar por completo fontes não renováveis.
Outro veto, solicitado pela AGU (Advocacia Geral da União), consiste em dispositivo que estava previsto na lei que proibia contingenciamento de recursos para o enfrentamento das mudanças climáticas. O ministro do Meio Ambiente diz que o veto foi feito "por uma interpretação técnica", "pela qual uma lei ordinária não pode tratar de contingenciamentos ao orçamento".
Outro veto mais amplo afeta diversos itens do artigo 10º, principalmente um que limitava a usinas hidrelétricas de pequeno porte as políticas de estímulo governamentais. Segundo Minc, o governo também quer estimular usinas de grande porte, por isso não cabia especificar o apoio apenas a usinas de pequeno potencial.
Segundo o ministro, a Lei de Mudanças Climáticas precisa agora de um decreto a ser formulado pelo governo, que estabelecerá as metas específicas de redução para cada setor da economia, como mineração, transporte, agronegócio, construção civil e geração de energia. Minc disse que não há prazo específico para o decreto, mas o governo trabalhará o mais rapidamente possível para conclui-lo.
Minc também fez elogios ao papel que o Brasil desempenhou na reunião do clima em Copenhague, afirmando que foi reconhecido por todos os países "o protagonismo do Brasil".
– O mundo percebeu isso por nossas metas ousadas e pela nossa posição de cobrança e até pelo compromisso de colocar dinheiro (para financiar políticas de redução de emissões).
ONU
Lula recebeu nesta segunda-feira (28) um telefonema do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon. Na conversa, que durou cerca de dez minutos, Ban Ki-Moon fez uma análise da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, ocorrida neste mês, em Copenhague (Dinamarca). Por sua vez, o presidente brasileiro, segundo relato de assessores, reiterou que a ONU é o órgão mais apropriado para a discussão do tema. O presidente pediu ainda ao secretário-geral da ONU que mantenha seus esforços para evitar o esvaziamento das discussões.
Na avaliação da equipe do presidente Lula, o Brasil saiu da conferência como um participante ativo e não como um vilão na discussão sobre mudanças climáticas, ao apresentar uma meta na redução da emissão de gases de efeito estufa, o que causou uma boa impressão na comunidade internacional.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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