PROGRAMA UMA TERRA E DUAS ÁGUAS (P1+2) GARANTE ÁGUA DE QUALIDADE NAS COMUNIDADES DO NORDESTE

Festejando a água da cisterna

por João Suassuna — 17/12/2009

No Brasil se difundiu a ideia de um Semiárido impossibilitado de gerar qualquer tipo de convivência para os seus moradores. Atualmente, na mídia, a população brasileira pode perceber que grande parte das notícias enfoca a região como uma área de fome, pobreza e miséria.

Allana Coutinho- comunicadora popular da ASA

UGT AS-PTA/PB

16/12/2009

Nesse panorama de descaso, estão referenciadas as formas de gestão dos recursos hídricos. No Brasil, a gestão desse recurso está diretamente relacionada às grandes obras hídricas como os açudes, as barragens e as transposições, projetos e programas de médio e grande porte, que visam suprir a demanda de infraestrutura básica para o abastecimento humano e animal, assim como para a produção agrícola.

As bases em que se sustenta o mercado se baseiam no fortalecimento das grandes estruturas, sejam elas fundiárias, ou mesmo nas estruturas hídricas. Na Paraíba, essa realidade pode ser observada através das práticas presentes nas zonas rurais, onde a açudagem, a compra de votos por uma lata de água, e a prática de comercialização da água, é evidente.

Diante dessa realidade, o desafio posto para as diversas organizações é realizar um trabalho que não seja de cunho assistencialista, nem clientelista, mas que desenvolva bases e instrumentos que fortaleçam as dinâmicas locais, os atores envolvidos, que nesse caso, são os agricultores. Estabelecer metas e parâmetros que sustentem os processos já estabelecidos se constitui um desafio.

É no contexto de desenvolver estratégias para o desenvolvimento do Semiárido brasileiro que a Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA), através do Programa Uma Terra e Duas Águas P1+2, tem levado as comunidades mais afastadas do Nordeste água de qualidade, por meio da implantação de tecnologias sociais de baixo custo, que são as cisternas-calçadão, as barragens subterrâneas e os tanques de pedra.

Em sistema de mutirão, as comunidades constroem as cisternas

Na Paraíba, a AS-PTA, Unidade Gestora Territorial do Programa, tem colaborado para a implantação dessas tecnologias nas regiões do Pólo da Borborema, Brejo e Curimataú. Através do desenvolvimento e implantação das cisternas, barragens e tanques de pedras, muitas famílias já podem dizer que têm água de qualidade tanto para beber (P1MC) e para a produção de alimentos (P1+2).

Como demonstração dos resultados alcançados, 15 famílias da comunidade Lagoa do Cotovelo, localizada no município de Nova Palmeira, na Paraíba, estão festejando as cisternas que foram construídas nesta segunda fase do P1+2 no estado.

A conquista das cisternas será comemorada no próximo dia 18 de dezembro, a partir das 9h. Aproximadamente 100 pessoas, entre moradores, técnicos e autoridades, estarão presentes. A programação contará com uma missa, onde haverá um momento para a benção das cisternas.
“Celebrar essa conquista é importante porque reforça o trabalho que está sendo desenvolvido, demonstrando que é possível ser feliz e ter qualidade de vida mesmo em uma região tão seca como é Nova Palmeira”, afirma Ivanilson Estevão da Silva, monitor rural do Programa P1+2.

Fonte: ASA Brasil/Rema Atlântico
LEIA MAIS

Um milhão de cisternas para famílias do nordeste

APROVEITAMENTO DA ÁGUA DE CHUVA DÁ PRÊMIO A PROJETO DA ASA BRASIL

INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL

Divulgando, Promovendo e Valorizando

quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!