Investimento garantiria o suprimento até 2025, diz estudo dos governos federal e estadual
João Domingos, BRASÍLIA
Jornal Estadão SP
A macrometrópole paulista, que engloba as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e regiões de Sorocaba e do eixo Piracicaba-Limeira, precisa de investimentos de R$ 4,036 bilhões até 2015 em sistemas de captação de água para garantir o abastecimento até 2025, constatou estudo feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado ontem e publicado em forma de atlas. Caso contrário, haverá falta d"água.
A região que começou a ser chamada de macrometrópole tem 180 municípios e abriga 30 milhões de habitantes, ou 75% da população do Estado. Também responde por 83% do Produto Interno Bruto estadual ou 28% do nacional. De acordo com o estudo da ANA, feito em conjunto com o governo de São Paulo, as redes de produção, infraestrutura, serviços e transportes apresentam tamanha complexidade e nível de interdependência nessas regiões que os problemas urbanos e ambientais exigem estratégias e soluções integradas e diferenciadas, assim como grande número de políticas e arranjos institucionais sofisticados.
Esse levantamento ainda concluiu que no caso da oferta e do abastecimento público de água as conexões são evidentes. Leva-se em consideração, por exemplo, a transferência de água entre as Bacias do Alto Tietê e Piracicaba-Capivari-Jundiaí (31 m³ por segundo do Sistema Cantareira) ou entre as Bacias do Alto Tietê e da Baixada Santista (reversão da Billings via Canais de Fuga Henry Borden, Rio Guaratuba e Rio Capivari), cuja situação tem motivado conflitos e disputas pelo uso da água entre os municípios. "Estima-se que a evolução demográfica nesta região, até 2035, salte dos atuais 30 milhões para mais de 36 milhões de habitantes", diz o estudo da ANA. Com isso, as projeções indicam a necessidade de aumentar a captação da água em cerca de 65%. Prevê-se que o governo federal, o estadual e os prefeitos terão de fazer esforços conjuntos para os investimentos, o que envolverá os comitês e as agências de bacia, as concessionárias dos serviços públicos de água e esgoto.
Em suma, conclui o estudo feito pela ANA, publicado no Atlas das Regiões Metropolitanas, todas as regiões da macrometrópole paulista dependem das mesmas fontes hídricas e não há solução sem que acordos sejam feitos entre todos os setores. Assim, os investimentos devem prever fortes intervenções e voltar-se para o aproveitamento do braço do Rio Pequeno, na Represa Billings; na reversão do Taquacetuba para a Represa Guarapiranga; dos Canais de Fuga de Henry Borden para a Baixada Santista; e na renovação do Sistema Cantareira, prevista para 2014.
Será preciso ainda investir na reversão do Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) para o Sistema Cantareira; nos aproveitamentos dos Rios Jaguari, Camanducaia e Pirapitingui nas Bacias do Piracicaba-Capivari-Jundiaí; nos aproveitamentos do Rio Juquiá (Alto ou Baixo Juquiá) na Ribeira do Iguape e litoral sul; na reversão da Represa de Jurumirim para a do Alto Paranapanema; nos aproveitamentos da Bacia do Rio Sorocaba/Sarapuí; e na proteção das áreas de recarga do Aquífero Guarani, a oeste da macrometrópole. Fonte: Jornal Estadão SP
A região que começou a ser chamada de macrometrópole tem 180 municípios e abriga 30 milhões de habitantes, ou 75% da população do Estado. Também responde por 83% do Produto Interno Bruto estadual ou 28% do nacional. De acordo com o estudo da ANA, feito em conjunto com o governo de São Paulo, as redes de produção, infraestrutura, serviços e transportes apresentam tamanha complexidade e nível de interdependência nessas regiões que os problemas urbanos e ambientais exigem estratégias e soluções integradas e diferenciadas, assim como grande número de políticas e arranjos institucionais sofisticados.
Esse levantamento ainda concluiu que no caso da oferta e do abastecimento público de água as conexões são evidentes. Leva-se em consideração, por exemplo, a transferência de água entre as Bacias do Alto Tietê e Piracicaba-Capivari-Jundiaí (31 m³ por segundo do Sistema Cantareira) ou entre as Bacias do Alto Tietê e da Baixada Santista (reversão da Billings via Canais de Fuga Henry Borden, Rio Guaratuba e Rio Capivari), cuja situação tem motivado conflitos e disputas pelo uso da água entre os municípios. "Estima-se que a evolução demográfica nesta região, até 2035, salte dos atuais 30 milhões para mais de 36 milhões de habitantes", diz o estudo da ANA. Com isso, as projeções indicam a necessidade de aumentar a captação da água em cerca de 65%. Prevê-se que o governo federal, o estadual e os prefeitos terão de fazer esforços conjuntos para os investimentos, o que envolverá os comitês e as agências de bacia, as concessionárias dos serviços públicos de água e esgoto.
Em suma, conclui o estudo feito pela ANA, publicado no Atlas das Regiões Metropolitanas, todas as regiões da macrometrópole paulista dependem das mesmas fontes hídricas e não há solução sem que acordos sejam feitos entre todos os setores. Assim, os investimentos devem prever fortes intervenções e voltar-se para o aproveitamento do braço do Rio Pequeno, na Represa Billings; na reversão do Taquacetuba para a Represa Guarapiranga; dos Canais de Fuga de Henry Borden para a Baixada Santista; e na renovação do Sistema Cantareira, prevista para 2014.
Será preciso ainda investir na reversão do Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) para o Sistema Cantareira; nos aproveitamentos dos Rios Jaguari, Camanducaia e Pirapitingui nas Bacias do Piracicaba-Capivari-Jundiaí; nos aproveitamentos do Rio Juquiá (Alto ou Baixo Juquiá) na Ribeira do Iguape e litoral sul; na reversão da Represa de Jurumirim para a do Alto Paranapanema; nos aproveitamentos da Bacia do Rio Sorocaba/Sarapuí; e na proteção das áreas de recarga do Aquífero Guarani, a oeste da macrometrópole. Fonte: Jornal Estadão SP
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