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5 de janeiro de 2011

EMBRAPA BUSCA MÉTODOS EFICIENTES PARA DESCONTAMINAR EFLUENTES AGRÍCOLAS



  • Embrapa realiza estudos utilizando métodos de descontaminação de efluentes agrícolas‏

A fotocatálise heterogênea utilizando energia solar tem sido estudada 
para aplicação na descontaminação ambiental há muito tempo. A Embrapa 
Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) avalia maneiras de aplicar o conhecimento 
científico existente na descontaminação de efluentes agrícolas contendo 
compostos organofosforados, buscando a viabilidade do processo.

Esses efluentes são uma importante fonte de contaminação ambiental. 
Podem ser gerados durante a fabricação dos pesticidas, na lavagem dos 
frascos contendo pequenas quantidades de resíduos e até na lavagem do 
próprio equipamento utilizado para aplicação. “Assim, é de fundamental 
importância captar o efluente gerado, descontaminá-lo e reutilizá-lo na 
própria lavagem dos equipamentos para que haja uma redução no nível de 
contaminação do solo, dos trabalhadores e também uma redução no consumo 
de água, explica a pesquisadora Vera Ferracini da Embrapa Meio Ambiente.

“Os estudos desenvolvidos para remoção dos pesticidas presentes em 
efluentes agrícolas foram realizados apenas em escala de laboratório 
para constatar a eficiência do processo na remoção de organofosforados, 
esclarece Márcia Assalin, Analista do Laboratório de Resíduos e 
Contaminantes - LRC da Embrapa Meio Ambiente. Este estudo fez parte de 
projeto coordenado pela Professora Simone Raquel da Silva, do Centro 
Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso - Cefet- MT, financiado 
pela Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de Mato Grosso – Fapemat.

O objetivo foi o desenvolvimento de um sistema de tratamento eficiente, 
simples e economicamente viável para implantação direta em fazendas que 
sejam geradoras deste tipo de resíduo. A avaliação da eficiência do 
processo é feita pela avaliação de diferentes parâmetros, como Carbono 
Orgânico Total, identificação e quantificação de cátions e ânions 
formados durante a degradação, quantificação do pesticida efetivamente 
presente no efluente e sua razão de degradação, além da avaliação da 
formação de produtos de degradação. Conseguiu-se isso utilizando os 
diferentes equipamentos que compõem a infra-estrutura do LRC, além das 
metodologias desenvolvidas no laboratório. Outro parâmetro de avaliação 
é o teste de toxicidade, realizado pelo pesquisador Claudio Jonsson do 
laboratório de Ecotoxicologia da Embrapa Meio Ambiente.
(EQUIPAMENTO PARA FOTOCATALISE)
“Na fotocatálise heterogênea é possível a transformação de poluentes orgânicos em moléculas mais simples como dióxido de carbono, amônia, metano e água  gerando espécies químicas menos tóxicas que as pré-existentes”, diz  Ferracini. “Baseia-se no uso de catalizadores semicondutores que, no  processo, fazem a fotorredução na degradação mediante a irradiação  solar. Nesse caso, foi utilizado o oxido de titânio (TIO2 ) pois  apresenta vantagens devido a sua não toxidade e sua estabilidade química  numa ampla faixa de pH, além de uma capacidade de adsorção na partícula  durante a degradação”. Conforme Assalin, o reator solar - sistema físico onde ocorre a  degradação, é constituído de uma placa de vidro sinterizada, sob a qual  é imobilizado o catalisador envolvido no processo (TiO2). Quando o  efluente a ser tratado entra em contato com o sistema, ocorre a  degradação de seus componentes devido a ativação do catalisador mediante  a irradiação solar. Pelos resultados obtidos, a fotocatálise heterogênea solar constitui um  eficiente processo de tratamento de efluentes agrícolas contendo  pesticidas fosforados, obtendo-se até 80% de remoção da matéria  orgânica, no caso do efluente resultante da aplicação do produto  comercial cujo princípio ativo é o Paration Metílico Outro aspecto  importante foi a sua eficiência na remoção também dos produtos de  degradação formados durante o tratamento, o que resultou na diminuição  da toxicidade do efluente. Os pesticidas estudados pertencem a classe dos organofosforados, sendo  os princípios ativos estudados: Monocrotofós, Metamidofós, Malation,  Paration Metílico - organofosforados são compostos orgânicos que contém  fósforo como parte da molécula e são amplamente utilizados na  agropecuária como inseticidas, herbicidas e reguladores do crescimento  das plantas. Apresentam um efeito tóxico mais agudo para os seres  humanos e outros mamíferos do que os organoclorados. Essa classe de  compostos é a responsável pelo maior número de intoxicações e mortes no  país. Foram selecionados a partir de uma relação dos produtos mais  utilizados pelos agricultores do Estado do Mato Grosso, nas culturas de  soja e algodão, os quais representam maior volume de vendas na região. Cristina Tordin Jornalista, MTB 28499 Embrapa Meio Ambiente

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