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14 de abril de 2011

PROPOSTA SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE




Para:Educadoras/es Ambientais e Sociedade Civil em Geral

Propostas sobre a Educação Ambiental para o Plano Nacional de Educação- PNE (documento veiculado em abril de 2011) 

Sobre o PNE 

A Constituição Federal no art. 214 prevê que o Plano Nacional de Educação (PNE) deverá ser instituído por lei para cada decênio. O PNE vigente, de 2001(Lei Federal n.º 10.172/2001) estrutura-se a partir de uma Introdução, na qual apresenta seu histórico, objetivos e prioridades, indica diagnóstico, diretrizes, objetivos e estabelece 295 metas distribuídas pelos dois níveis educacionais (Básico e Superior). 

Deverá ter duração plurianual, visando à articulação e o desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis de integração do poder público que conduzam à erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, melhoria da qualidade de ensino, formação para o trabalho, promoção humanística, científica e tecnológica do País. Além destas diretrizes constitucionais, o novo PNE (Projeto de Lei n.° 8.035/2010) apresenta ainda como desafios a superação das desigualdades educacionais, a promoção da sustentabilidade socioambiental, o estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto, a valorização dos profissionais da educação e a difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da educação. A partir disto, a proposta estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020, cada uma delas acompanhada de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Com relação a tramitação, o PNE está na Câmara dos Deputados. Lá será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça, Educação e Cultura, Finanças e Tributação e Cidadania. Após a Câmara, o projeto vai para o Senado. 

Nossas Propostas 

Entre as metas do PNE destacamos que o esforço de construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação que não pode deixar de considerar a Educação Ambiental como fundamento na construção da cidadania ampliada dos estudantes dos diversos níveis de ensino e etapas da escolaridade como integrador de práticas pedagógicas orientadas para a justiça social e ambiental, educação e trabalho, diversidade biológica e cultural, sustentabilidade e igualdade. 

Uma vez reconhecida pelo PNE a importância da Educação Ambiental como uma dimensão essencial da educação em todos os níveis de escolaridade de acordo com a Lei de Educação Ambiental (Lei Federal n.º 9.795/99) esta definição deverá contar com dotação orçamentária dentro da aplicação dos recursos constitucionais da União para a política de educação e pesquisa. Quanto às metas recomendamos: 

Na meta 6: Nova estratégia - Incentivar as escolas a tornarem-se espaços educadores sustentáveis, caracterizados por prédios de reduzido impacto ambiental e pela inserção da sustentabilidade socioambiental na gestão, na organização curricular, na formação de professores, nos materiais didáticos e no fomento da cidadania. 

Na meta 7: Nova estratégia - Assegurar a inserção curricular da educação ambiental com foco na sustentabilidade socioambiental e o trato desse campo de conhecimento como uma prática educativa integrada, contínua e permanente, nos termos da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, a partir de uma visão sistêmica e por meio de ações, projetos e programas que promovam junto a comunidade escolar a implementação de espaços educadores sustentáveis. 

Na meta 16 - Nova estratégia - Garantir a oferta da educação ambiental como disciplina ou atividade curricular obrigatória, nos termos do art. 10 da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, de forma a promover o enfrentamento dos desafios socioambientais contemporâneos. 

Além destas metas específicas sugerimos ainda a necessária inclusão de metas para a Educação Ambiental tais como: 

· Ampliação e adensamento da inserção da educação ambiental, com foco na transição para a sustentabilidade, nas escolas de educação básica em 10 anos; 

· Implantação, em 5 anos, de uma nova concepção curricular para o ensino fundamental e médio que oriente-se pela interdisciplinaridade, elegendo como tema integrador a sustentabilidade socioambiental; 

· Formação, em 10 anos, de professores em formação inicial, continuada e em caráter permanente, inclusive em serviço, para a inserção da educação ambiental nas escolas de ensino fundamental e médio como tema integrador de um currículo interdisciplinar. 

Desenvolvimento da Educação Ambiental a partir da alimentação escolar que fortaleça as práticas agroecológicas, de alimentação saudável e de justiça socioambiental. 

Subscrevem o documento: 

Grupo de Pesquisa Cultura, Ambiente e Educação/CNPq 
Isabel Cristina Moura Carvalho professora PPGEDU/FACED – PUCRS 
Rachel Trajber técnica MEC/DEA 
Marcos Sorrentino professor ESALQ/USP 
Luis Ferraro professor UFFS/BA 
Jorge Amaral – mestrando PUCRS 
Marcelo Gules Borges, doutorando da PUCRS 
José Matarezi – Laboratório de Educação Ambiental – UNIVALI (Itajai, SC)


FONTE: MARCOS VINÍCIUS - REACOMAR






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3 comentários:

  1. Gostaria de dizer que ja assinei minha petição e deixar registrado aqui nesse comentario a grande pessoa que é José Matarezi do qual tive a honra de conehce-lo em Natal na formação do Nucleo trilha da vida, alem do super profissional que ele é. Tudo de bom para VOCE!

    DANIEL (TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL)

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  2. QUE NÃO SEJA POR FALTA DE ALERTA


    A Comissão Mista - Deputados e Senadores - que trata do tema "Mudanças Climáticas" volta a seus trabalhos.

    Um bom momento para destacar - o que possivelmente os membros da Comissão já saibam, mas nunca é demais relembrar - que não basta focar soluções para o enfrentamento da crise ambiental que vem preocupando a todos, pelo menos os de bom senso.

    É importante destacar que nessa Comissão o Espírito Santo está muito bem representado na pessoa do Senador Ricardo Ferraço, que já deixou muito bem clara as suas preocupações com a temática ambiental, a quem já tive o cuidado de enviar este mesmo tipo de consideração.

    Mas, efetivamente, onde reside a nossa preocupação? Ela está na base de toda a discussão, ou seja, como assegurar sucesso às ações recomendadas pela Comissão se, tudo leva a crer, a sociedade - apesar de se dizer conscientizada pela problemática das Mudanças Climáticas, ainda não mostra convicção a respeito do que deve ser feito (em conjunto ou isoladamente) de modo a contribuir para a eficácia das ações sugeridas.

    Não são muitas as pesquisas nesse sentido - estamos falando de pesquisas que acoplada à avaliação do nível de envolvimento da sociedade com a temática, também pesquisa saber o que a sociedade efetivamente "percebe" de tudo que é falado a respeito - pois as que apenas evidenciam o envolvimento da sociedade não podem ser consideradas como resposta conclusiva do nível de envolvimento da sociedade com a solução desse grave problema ambiental.

    Deste modo, infelizmente, as coisas - na teoria - ficam resolvidas. Há, porém, um problema a ser resolvido na área prática: a sociedade está preparada para assumir a sua responsabilidade (que não será pouca) na solução do problema?

    Certamente, não estamos pensando em uma sociedade totalmente politizada no sentido de assumir a plenitude da discussão do processo das Mudanças Climáticas. Como pensar nesta utopia se até os "iniciados" nessa discussão ainda se vem diante de prós e contras. Obviamente, o que se tem como objetivo é uma sociedade minimamente informada (o necessário), em condições de entender "qual é o problema", "as soluções pretendidas", bem como "o ônus a ser pego pela sociedade no processo de implantação de tais soluções ". Parece um conhecimento mínimo, mas efetivamente, não é.

    A nosso ver, um dos grandes focos de atenção da Comissão Mista, independentemente dos muitos outros já conhecidos, deverá ser a discussão do nível de preparo (conscientização) da sociedade brasileira frente às ações que precisam ser implantadas.

    Se pretendermos contar com a sociedade para atuar "como exército", iniciando pelos grandes centros urbanos, em relação a "Guerra das Mudanças Climáticas", no mínimo este exército precisa conhecer bem o inimigo e estar motivado a entrar na guerra, sabendo do custo que isso trará a cada um dos envolvidos.

    Porém, é bom que se diga, a mudança de paradigma não é unicamente um desafio para os políticos da Comissão Mista, mas, sem dúvida, de toda a sociedade, inclusive aquele segmento que ainda pode ter dúvidas com relação ao Aquecimento Global (causa) e as Mudanças Climáticas (efeitos); neste caso, conservadoramente, vale a adoção do Princípio da Precaução.

    Faça contato com o político que você elegeu; explicite a sua preocupação com o problema; temos que fazer uma grande corrente – todos os segmentos da sociedade (quem tem o poder do voto e àqueles que têm a condição de uso desse poder) de modo a evitar surpresas previsíveis.


    Roosevelt S. Fernandes
    Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
    roosevelt@ebrnet.com.br

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  3. Fiquei feliz pela oportunidade de assinar uma petição tão valiosa. Pode contar comigo temos pensamentos comuns.

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