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18 de abril de 2011

EXTRAÇÃO DE AREIA NO RIO PARAÍBA DO SUL: "TRAGÉDIA ANUNCIADA"


SOS RIO PARAÍBA DO SUL:

Grupo avalia ampliação da exploração de areia no Paraíba


NOSSA REGIÃO
Abril 17, 2011

CLAUDIO CAPUCHO
Atualmente, a extração é permitida nas cidades de Jacareí, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pinda. Com as reservas esgotadas, algumas empresas do setor avançam sobre áreas de proteção
Beatriz Rosa
São José dos Campos

A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo criou um grupo de trabalho para avaliar a ampliação da exploração de areia na bacia do rio Paraíba do Sul. O grupo vai identificar os municípios onde ainda há espaço para a atividade.
Atualmente, a extração de areia é permitida em uma área de 5.031 hectares (equivalente a 6.000 campos de futebol) na várzea no rio Paraíba, nas cidades de Jacareí, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba. Mas, cerca de 80% dessa areia já teria sido explorada, com exceção das jazidas de São José, que proíbe a extração desde 1994.
Com as reservas esgotadas, algumas empresas do setor avançam sobre áreas de proteção ou adotam técnicas de extração irregulares. Desde 2010, o Estado já aplicou 22 multas, 5 suspensões de licença e 2 cancelamentos de licença no trecho entre Jacareí e Pinda. Além disso, ocorre a extração irregular de areia em municípios fora do “zoneamento minerário”, como Roseira, Potim e Cachoeira Paulista.

Perímetro. Segundo o secretário de Meio Ambiente do Estado, Bruno Covas, o objetivo é definir a nova abrangência da extração em toda a bacia do Paraíba.
“A abrangência do zoneamento ambiental irá atentar para o potencial minerário de extração de areia em toda a bacia do rio Paraíba do Sul, incluindo a revisão do subtrecho da várzea do Rio Paraíba entre Jacareí e Pindamonhangaba”, disse o secretário.
Segundo ele, o grupo também irá definir um Zoneamento Ecológico-Econômico para a região, que irá apontar as áreas destinadas à exploração de areia, agricultura, indústria, urbanização e preservação ambiental. “Serão instrumentos efetivos e complementares para o planejamento e gestão do desenvolvimento da região.”
Covas disse que estudos feitos sobre o planejamento ambiental da bacia do Paraíba serão apresentado ao Comitê de Bacias e à sociedade civil.

Apoio. A revisão do zoneamento minerário no Estado tem o apoio de um grupo de deputados da Assembleia Legislativa, que reativaram a Frente em Apoio à Mineração há duas semanas.
“Estamos dedicando atenção especial ao tema, pois temos noção da importância do setor para a economia e o desenvolvimento do Estado. Mas, pela singularidade da mineração e suas implicações ambientais, trataremos a questão com as precauções necessárias para garantir o desenvolvimento econômico, social e ambiental”, afirmou o secretário de Meio Ambiente. 

Empresas. A ampliação da área de mineração é aguardada pelo Sindareia (Sindicato das Indústrias de Extração de Areia do Estado de São Paulo) há 12 anos. 
Segundo o presidente do Sindareia, Carlos Eduardo Pedrosa Auricchio, é necessário garantir o suprimento dos recursos naturais para o desenvolvimento das cidades. 
“Para investir em obras de infraestrutura é necessário produzir areia e brita. Há uma enorme demanda reprimida, representada pelo déficit habitacional, deficiências de saneamento, precariedade de rodovias, portos e aeroportos.”
Deputado governista promete apoiar "mineração sustentável"
São José dos Campos
Deputados estaduais se dividem sobre a revisão minerária no Estado. Para o presidente da Frente em Apoio a Mineração, João Caramez (PSDB) a frente foi criada para dar sustentação política à atividade de mineração, que teve seu desenvolvimento comprometido em função da imagem negativa que carrega do passado.
 
“É claro que por ser uma atividade que se utiliza de recursos naturais, ela afeta o meio ambiente. Só que hoje em dia essa intervenção é feita com mais critério. Defendemos uma mineração sustentável que possa garantir o suprimento de recurso minerais e um ambiente saudável para as futuras gerações.”
Ele defende que o Estado tenha um órgão gestor para a mineração que defina um plano estratégico de fiscalização e recuperação.
O presidente da Frente em Defesa do Rio Paraíba, padre Afonso Lobato (PV) defende a revisão mineraria, mas teme que a legislação retire dos municípios autonomia para legislar sobre a extração.
“A revisão é necessária, pois a legislação de controle, recuperação e compensação precisa ser mais rigorosa. Hoje, a extração ultrapassa os limites e deixa passivos predadores e criminosos, uma violência contra o Paraíba.” Fonte: O VALE
Os caras não recuperam uma cava sequer, não fazem a lição de casa, degradam não recuperam , extraem até os limites das reservas e agoram querem mais????!!!!! Querem matar nosso Paraiba!
NO FUNDO O ESTADO DE SÃO PAULO QUER ANISTIAR O PASSIVO AMBIENTAL DESSE POVO... COMO O ALDO QUER FAZER NO CODIGO FLORESTAL ANISTIAR MULTAS E AÇÕES JUDICIAIS!

DEFENDA NOSSA VÁRZEA, O BANHADO E SUA GENTE!

DIGA NÃO AS TERMELETRICAS, INCINERADORES DE LIXO E EXTRAÇÃO DE AREIA EM SÃO JOSÉ!

Enviado por:
Sent: Sunday, April 17, 2011 12:47 PM
Subject: Fwd: EXTRAÇÃO DE AREIA - TRAGEDIA ANUNCIADA!
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Senhores,
Como integrante do Comitê do Paraíba do Sul, e técnico da área há mais de 20 anos, venho esclarecer que quase a totalidade dos empreendimentos da região FAZEM a recuperação ambiental, e a maior parte das antigas cavas estão em recuperação. As áreas com passivos ambientais tem sido autuadas pelos órgãos de fiscalização (Polícia Ambiental ou CETESB) ou pelo Ministério Público (Estadual e Federal), que não cobra a conclusão da recuperação em áreas mineradas.

Para se ter uma idéia, em uma das antigas cavas de areia encontramos mais de 100 espécies diferentes de aves.

Um dos melhores trabalhos na região para avaliação das medidas de recuperação adotadas pelos mineradores foi realizado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, entre os dias 1 e 10/6/2009, com outros dias de retornos, onde foram envolvidos aproximadamente 20 técnicos, da Secretaria do Meio Ambiente, antigo DEPRN, CETESB, Instituto Florestal, Instituto de Botânica, Sindareia, consultores e mineradores.

Dentro de cada mineradora avaliada foram selecionadas previamente as áreas revegetadas com espécies nativas, considerando-se os tipos de preparo de solo e idade de plantio. Paralelamente foi realizado um levantamento do comportamento da vegetação nativa, em fragmentos da região, sem interferência antrópica direta.

A equipe realizou visitas a campo, nas mineradoras pré-selecionadas, com demarcação de parcelas, onde se verificou o porte das diferentes espécies arbóreas introduzidas, as espécies que surgiram entre estas, a ocorrência de vegetação de menor porte (bromélias, pteridófitas, cipós, etc), luminosidade da copa, entre outros dados.

A direção dos trabalhos, pela Secretaria do Meio Ambiente, ficou a cargo da Geógrafa Neide Araujo, e os trabalhos conduzidos pelo Dr. Antônio Carlos Galvão de Melo (Floresta Estadual de Assis, Instituto Florestal), Dra. Giselda Durigan (Floresta Estadual de Assis, Instituto Florestal), e Dr. Eduardo Luis Martins Catharino (Instituto de Botânica), sob a coordenação do primeiro. Além destes, participaram outros pesquisadores sob orientação do IF, e técnicos do DEPRN e CETESB, com orientação da Engenheira Amanda Lima da Costa.

Os trabalhos ainda não foram divulgados, mas, de nossa parte, pudemos verificar que as medidas de recuperação, através de introdução de vegetação nativa junto às áreas de mineração visitadas, foram implementadas com sucesso.

A mineração de areia no Vale do Paraíba causa impacto ambiental sim, deve ser fiscalizada com rigor, mas daí dizer que “Os caras não recuperam uma cava sequer “ é uma mentira, revela uma profunda falta de conhecimento de causa, além de desrespeitar os agentes de fiscalização ambiental, Ministério Público, e os próprios empresários do setor.

Um abraço a todos.

Neto -  AGROCONSULTORIA 
FONTE: FÓRUM AGUARELA DO VALE ( aguarela@grupos.com.br)
4 de março de 2011






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ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

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