Água, um bem fundamental
Publicação: 06/12/2008 - Folha Online
Até 90% da água de irrigação volta rapidamente ao ciclo hidrológico, até mais pura do que era antes
TODO MUNDO sabe que um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento sustentável da humanidade é a água.
Embora seja um recurso renovável, seu uso mal orientado já vem provocando escassez pelo mundo afora, especialmente nos maiores centros urbanos, como a Grande São Paulo. Portanto, a boa gestão desse recurso natural é fundamental para o bem-estar dos povos.
Cerca de dois terços da água doce do planeta é utilizada para produzir alimentos irrigados. Isso pode parecer que a agricultura consome água que poderia ser utilizada para fins mais nobres, mas não é bem assim: a irrigação usa a água, não a consome.
TODO MUNDO sabe que um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento sustentável da humanidade é a água.
Embora seja um recurso renovável, seu uso mal orientado já vem provocando escassez pelo mundo afora, especialmente nos maiores centros urbanos, como a Grande São Paulo. Portanto, a boa gestão desse recurso natural é fundamental para o bem-estar dos povos.
Cerca de dois terços da água doce do planeta é utilizada para produzir alimentos irrigados. Isso pode parecer que a agricultura consome água que poderia ser utilizada para fins mais nobres, mas não é bem assim: a irrigação usa a água, não a consome.
Até 90% da água de irrigação volta rapidamente ao ciclo hidrológico, até mais pura do que era antes. As plantas usam a água para retirar nutrientes do solo e produzir alimentos. Quando a planta completa seu ciclo e o produto é colhido, ela está seca e suas folhas e ramos devolvem a água à natureza. Só o alimento produzido retém a parte restante.
Por outro lado, os campos cultivados sem irrigação aproveitam a água das chuvas que não seriam disponibilizadas de outra forma à humanidade. A grande maioria da água da chuva é absorvida pelo solo e apenas uma pequena parte escorre para abastecer rios, lagos e oceanos.
Por outro lado, os campos cultivados sem irrigação aproveitam a água das chuvas que não seriam disponibilizadas de outra forma à humanidade. A grande maioria da água da chuva é absorvida pelo solo e apenas uma pequena parte escorre para abastecer rios, lagos e oceanos.
Essa porção absorvida pelo solo só fica disponível para plantas e apenas elas a usam. A irrigação complementa a necessidade de água nos períodos secos, garantindo a produção e até o aumento de produtividade por área.
No Brasil, somente 5% da área agricultada é irrigada, mas produz cerca de 16% do volume de alimentos, porque alguns cultivos como feijão, batata, frutas, verduras e legumes só são viáveis com irrigação.
Como esses produtos têm valor agregado maior, as áreas irrigadas geram renda alta e, adicionalmente, usam mais mão-de-obra. O valor da produção irrigada corresponde a mais de 30% do valor total da agricultura, em nosso país.
Desde que corretamente gerenciados, os mananciais para irrigação serão mantidos, aumentando a produtividade agrícola, reduzindo a pressão por mais desmatamento e garantindo alimentação sustentável.
Sendo assim, é absolutamente essencial que se planeje bem o uso da água, para não faltar comida, mas também para os indispensáveis outros fins nas áreas urbanas.
Podemos aumentar bastante a área irrigada no Brasil, mas devemos fazê-lo com muito juízo e equilíbrio. O Estado tem papel básico na gestão da água, e já há no país órgãos responsáveis por ela.
Aprimorar seu funcionamento e reduzir a burocracia melhorarão o acesso às modernas tecnologias de irrigação, permitindo mais áreas irrigadas e maior segurança alimentar.
É preciso agilizar o funcionamento do Plano Nacional de Recursos Hídricos (postergado por dez anos) e dar maior clareza aos processos de concessão de Outorga de Recursos Hídricos. Acontece que, dependendo da fonte da água, sua gestão pode ser municipal, estadual ou federal.
Como as regras e prioridades são diferentes entre os agentes públicos, cria-se uma rede de exigências complexas e pouco transparentes, dificultando os projetos e até os inibindo.
Simplificar todo esse sistema é imperioso e há boa vontade para isso, dos diferentes responsáveis. Não se pode permitir o uso indiscriminado de um bem tão maravilhoso. Mas também não se deve inviabilizar o aumento da produção de alimentos. O equilíbrio não é tão difícil.
No Brasil, somente 5% da área agricultada é irrigada, mas produz cerca de 16% do volume de alimentos, porque alguns cultivos como feijão, batata, frutas, verduras e legumes só são viáveis com irrigação.
Como esses produtos têm valor agregado maior, as áreas irrigadas geram renda alta e, adicionalmente, usam mais mão-de-obra. O valor da produção irrigada corresponde a mais de 30% do valor total da agricultura, em nosso país.
Desde que corretamente gerenciados, os mananciais para irrigação serão mantidos, aumentando a produtividade agrícola, reduzindo a pressão por mais desmatamento e garantindo alimentação sustentável.
Sendo assim, é absolutamente essencial que se planeje bem o uso da água, para não faltar comida, mas também para os indispensáveis outros fins nas áreas urbanas.
Podemos aumentar bastante a área irrigada no Brasil, mas devemos fazê-lo com muito juízo e equilíbrio. O Estado tem papel básico na gestão da água, e já há no país órgãos responsáveis por ela.
Aprimorar seu funcionamento e reduzir a burocracia melhorarão o acesso às modernas tecnologias de irrigação, permitindo mais áreas irrigadas e maior segurança alimentar.
É preciso agilizar o funcionamento do Plano Nacional de Recursos Hídricos (postergado por dez anos) e dar maior clareza aos processos de concessão de Outorga de Recursos Hídricos. Acontece que, dependendo da fonte da água, sua gestão pode ser municipal, estadual ou federal.
Como as regras e prioridades são diferentes entre os agentes públicos, cria-se uma rede de exigências complexas e pouco transparentes, dificultando os projetos e até os inibindo.
Simplificar todo esse sistema é imperioso e há boa vontade para isso, dos diferentes responsáveis. Não se pode permitir o uso indiscriminado de um bem tão maravilhoso. Mas também não se deve inviabilizar o aumento da produção de alimentos. O equilíbrio não é tão difícil.
ROBERTO RODRIGUES, 66, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e professor do Departamento de Economia Rural da Unesp - Jaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula). Escreve aos sábados, a cada 15 dias, nesta coluna.
Fonte: Folha de São Paulo/Zoonews.com.br
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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