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11 de maio de 2009
ALAGOAS PROTEGE O COMPLEXO ESTUÁRINO MUNDÁU/MANGUABA
11/5/2009- SindJornal
Ação mobilizou várias equipes, em quatro embarcações, e vistoriou pontos críticos, desmatamento e assoreamento; meta é definir ações para reduzir níveis de poluição
O governo de Alagoas, por intermédio do Instituto do Meio Ambiente (IMA), realizou na quinta-feira passada (7) uma expedição no Complexo Estuarino Mundáu/Manguaba, um dos ecossistemas mais importantes do Brasil, com o objetivo de diagnosticar, in loco, como está o processo de degradação ambiental em vários pontos do complexo.
A convocação do IMA foi atendida por parceiros de diversas áreas e representantes do poder público, como o Ministério Público (MP), além de entidades civis, técnicos, professores e ambientalistas, que estiveram na expedição para dar início a um esboço de projeto. A meta é preparar um conjunto de ações efetivas para diminuir os efeitos da poluição, que tem como principais causas esgotos, desmatamentos e assoreamento na área, considerados preocupantes.
A expedição contou com o apoio de quatro embarcações que saíram do Clube Motonáutica, localizado no bairro do Pontal da Barra, que vistoriou várias áreas, principalmente os pontos considerados mais críticos. Entre esses pontos, os técnicos constataram o Canal do Trapiche da Barra e a área paralela aos bairros do Trapiche e Vergel do Lago, em Maceió; Boca da Prainha, Ilha de Santa Rita e Canal do Meio, localizados no município de Marechal Deodoro. O roteiro se estendeu até a foz das duas lagoas, além da Boca da Barra (Massagueira), e região do município do Pilar.
Lixo e esgotos
Entre os principais problemas constatados na expedição, o grande acúmulo de lixo e proliferação de esgotos, diversas construções desordenadas, assoreamento e devastação de Mata Atlântica.
“O que nos fez reunir todos esses entes foi principalmente a reclamação e preocupação de quem sobrevive das lagoas — os pescadores. Isso tem causado o desaparecimento de alimentos vitais, como sururu, que sempre foi um elemento-chave para a sobrevivência dessas pessoas, fora o prejuízo para o turismo”, destacou o presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge. “Então nós, como poder público e sociedade, não podemos ficar assistindo; é preciso, sim, avançar nas ações”, destacou o diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas.
MP e governo em parceria
Uma das ações já programadas para preservação ambiental do complexo estuarino lagunar estabelecida é que empresas ligadas ao setor sucroalcooleiro assinarão, na primeira quinzena de junho, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). “Nessa ação, as empresas se comprometerão a recuperar, no mínimo, 10% das matas ciliares, o que já pode ser considerado um avanço significativo”, avaliou o promotor Alberto Fonseca, presente à expedição.
Poluição por esgotos é maior na Lagoa Mundaú, em Maceió
“É preciso zelar pela qualidade da água porque ainda é grande a quantidade de adubos e esgotos domésticos despejados à margem das lagoas, embora já tenhamos uma resposta melhor com o início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na parte baixa da grande Maceió”, endossou o professor Arno Máximo de Oliveira, do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), também participante da ação de quinta-feira.
O PAC, com a contrapartida do governo de Alagoas, tem o objetivo de melhorar o saneamento básico em vários bairros de Maceió e tem como base as leis 11.145, que estabelece a Política Nacional de Saneamento e 11.107, que define as diretrizes federais para a formação de consórcios. O projeto foi elaborado pela parceria entre Secretaria de Infraestrutura, Secretaria de Recursos Hídricos, Casal e Arsal e abrange quatro aspectos: abastecimento d’água, esgoto, drenagem e manejo de resíduos sólidos. Alagoas tem investimentos de R$ 250 milhões em obras de saneamento.
Complexo
De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o complexo estuarino Mundaú-Manguaba afeta direta e indiretamente uma população estimada em 260 mil habitantes que vivem no seu entorno, dos quais 5 mil são pescadores. O crescimento desordenado da área urbana de Maceió, a presença de um pólo cloroquímico e a intensa atividade sucrooalcooleira ao longo de suas bacias hidrográficas são fatores que resultam numa situação crítica, quando colocados frente à vulnerabilidade ambiental e à importância socioeconômica e cultural da região.
As lagoas Mundaú e Manguaba estão localizadas no litoral médio do Estado de Alagoas, conformando um sistema estuarino denominado Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba (Celmm). Essas lagoas foram constituídas pelo barramento da foz dos rios Mundaú e Paraíba, por deposição dos sedimentos marinhos e o consequente afogamento de seus leitos.
A Lagoa Mundaú tem cerca de 27 km² e constitui o baixo curso da bacia hidrográfica do rio Mundaú, que drena uma área de 4.126 km² e percorre 30 municípios, tendo oito sedes municipais ribeirinhas.
A lagoa Manguaba, por sua vez, tem aproximadamente 42 km² e constitui a região estuarina dos rios Paraíba do Meio e Sumaúma. O primeiro apresenta uma bacia hidrográfica de 3.330 km² e percorre 20 municípios, tendo 13 sedes municipais ribeirinhas, enquanto o Sumaúma drena uma área 406 km² e percorre seis municípios, tendo uma sede municipal ribeirinha. As águas destas lagoas encontram-se numa zona de canais com 12 km², perfazendo um total de 81 km².
As bacias dos rios Mundaú e Paraíba tem seu alto curso na região do Agreste do Estado de Pernambuco.
Os técnicos, ambientalistas e dirigentes de órgãos voltam a se reunir no dia 21, na sede do IMA, para dar continuidade aos estudos sobre as lagoas e sugerir ações imediatas de recuperação do complexo, sobretudo nas áreas mais degradadas. (NEJ-AL)
Fonte: Sindjornal/Vilmar Berna - Portal do Meio Ambiente
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2 comentários:
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Ameei obrigada por isso pq a essa semana la no colégio estamos fazendo a semana verde q vai atá o dia 05 de junho,com palestras teatros dança e tudo mais indo a praia para retirar o lixo etc... valeu pela pesquisa espero q a judo para quarta.
ResponderExcluirregina
Parabéns,
ResponderExcluirfico contente que tenham aproveitado o artigo e que estão corajosamente TOMANDO ATITUDE PROATIVA, indo limpar a praia.
Por favor, tirem fotos e mandem para nós que queremos publicar para todo o Brasil conhecer os jovens que além de falar, também fazem alguma coisa pelo meio ambiente.
Se cada um fizer a sua parte, cuidando do seu pedaço, ao final teremos feito muito pelo meio ambiente e pela qualidade de vida em nossas comunidades.