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29 de maio de 2009

HIDROLOGISTA DA UFRJ, DR. JORGE RIOS, DIZ QUE FALTOU MANUTENÇÃO NA BARRAGEM ROMPIDA

Barragem do Algodão I - foto Cleide Carvalho, O Globo

DO GRUPO DE DEBATES "MEIO AMBIENTE - CEFET"
Re: FALTA DE MANUTENÇÃO - Barragem de Algodões se rompe e água atinge 20 metros de altura em cidade do Piauí

Sexta-feira, 29 de Maio de 2009

De: "Jorge Rios ALTERNEX" jorgerios@alternex.com.br

VIVIANE :

MUITO IMPORTANTE EM BARRAGENS DE TERRA SAO A OPERACAO E A MANUTENCAO DAS MESMAS ...

NAO CONSEGUI DESCOBRIR NA NOTICIA QUEM SAO OS RESPONSAVEIS PELA BARRAGEM ....

EXISTEM DEZENAS DE BARRAGENS NO BRASIL ABANDONADAS PELO COLLOR QUE EXTINGUIU O DNOS e nada criou para a manutençao das mesmas ...

saudacoes fluviais ;
prof. jorge rios = http://www.profrios.kit.net/

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----- Original Message -----
From: Vivi

Subject: [meioambiente_ cefet] Barragem de Algodões se rompe e água atinge 20 metros de altura em cidade do Piauí

Enchente

Barragem de Algodões se rompe e água atinge 20 metros de altura em cidade do Piauí

Publicada em 28/05/2009 - Cleide Carvalho, O Globo

SÃO PAULO - A barragem de Algodões, a 250 km de Teresina, no Piauí, se rompeu por causa da chuva na tarde desta quarta-feira. As águas arrastaram casas, postes e árvores. Inundaram 50 quilômetros da cidade de Cocal da Estação e chegaram a 20 metros de altura.


Pelo menos 500 casas foram destruídas. Toda a água represada pela barragem - 52 milhões de litros - escoou sobre a cidade, varrendo o vale ao lado do rio e deixando rastro de lama.
No início da tarde o Corpo de Bombeiros localizou o corpo da primeira vítima da tragédia, a menina Francisca Maria Pereira, de 12 anos. Ela morava às margens do rio Pirangi e a casa foi destruída pelas águas. Outras quatro pessoas estariam desaparecidas e as buscas por possíveis vítimas continuam.

" Só tinha visto uma vez num filme o que aconteceu ontem aqui "
O governo do Piauí informa que o rombo na parede da barragem foi de cerca de 50 metros. A cidade de Cocal da Estação, que tem cerca de 30 mil habitantes, está desde 20h de quarta sem energia elétrica, que teve de ser cortada porque dezenas de postes de iluminação foram arrastados, causando risco à população. Também foi cortado o abastecimento em Cocal dos Alves, que tem cerca de 5 mil moradores.

Cerca de 2.500 famílias - 10 mil pessoas - que moram em áreas próximas à Barragem, em Cocal da Estação e Buriti dos Lopes, tinham começado a retornar a suas casas na última sexta-feira.
Elas haviam sido retiradas no começo do mês justamente por conta do risco de rompimento da barragem, que havia sangrado.
- Só tinha visto uma vez num filme o que aconteceu ontem aqui - disse um morador da região ouvido pelo Jornal Hoje
Cerca de 100 bombeiros e policiais militares atuam no resgate com lanchas e cinco helicópteros sobrevoam o percurso de 50 Km do Rio Pirangi.

Ambulâncias foram deslocadas para a região e o governador pediu plantão permanente no Hospital de Urgência Dr. Zenon Rocha, em Teresina, e reserva de leitos no maior hospital do estado, o Getúlio Vargas, para receber possíveis feridos.

- Foi um verdadeiro tsunami - disse o governador do Piauí, Wellington Dias.
De acordo com os números da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), até esta quarta-feira o Piauí registrava 91.634 desabrigados ou desalojados, com 41 cidades atingidas.
O rompimento da barragem ocorreu no fim da tarde desta quarta-feira. Durante toda a noite, embarcações foram usadas para retirar pessoas de áreas de risco. Ambulâncias da Secretaria de Saúde também seguiram para a região. Retorno de moradores foi autorizado na quinta-feira .

Um dia antes do início da volta para casa dos desalojados, na quinta-feira, dia 21, o engenheiro Luíz Hernani, responsável pelo projeto de construção da obra, em 2001, havia garantido que não haveria rompimento. Ele havia visitado a área acompanhado da presidente da Emgerpi, Lucile Moura e de uma equipe de técnicos e engenheiros. A notícia, publicada no site da Emgerpi, diz que "após ampla vistoria, ele confirmou que a barragem não corre risco de rompimento"
"Reafirmo o que havia dito antes e garanto a segurança desta barragem. O desmoronamento do acesso a barragem é natural, devido à força das águas que transbordaram e deve continuar acontecendo, sem comprometer em nada a estrutura do reservatório" , teria dito o engenheiro, referindo-se à estrada que leva à barragem, que sofria erosão.

" Foi um verdadeiro tsunami "
Segundo notícia publicada no site da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), houve "deslocamento da ombreira esquerda do canal do sangradouro ao lado da barragem e não o rompimento do reservatório de Algodões I, o qual permanece intacto. Uma proteção do maciço da parede, construído recentemente, depois que as famílias foram retiradas na primeira vez, não foi atingido."

Obras estavam previstas para fazer outra estrada de acesso ao paredão da barragem. O estudo a respeito da estrutura da Barragem Algodões I, que vinha sendo feito desde fevereiro deste ano pela empresa de consultoria do Rio de Janeiro, Geo Projetos e Engenharia. Governo do Piauí culpa chuvas ocorridas no Ceará

O governador Wellington Dias disse que o aumento rápido no nível do reservatório começou a ser percebido 14h30m desta quarta e atribuiu o acidente a chuvas fortes ocorridas no Ceará nas últimas 72 horas. A tromba d'água teria agravado fissura já existente entre o sangradouro e a parede da barragem.
A BR-343 foi coberta pelas águas. Motoristas que estavam a caminho do litoral do estado foram obrigados a retornar por outras cidades. Moradores de Buriti dos Lopes foram retirados às pressas. A água chegou lá depois de varrer Cocal e a Defesa Civil conseguiu avisar a Prefeitura para agir rapidamente.

A barragem fica na divisa entre Piauí e Ceará e a operação deve ter reforço também do governo do estado vizinho, que cedeu helicóptero para resgate.
Segundo informações do Portal da Clube, a preocupação também se volta para a rodovia que liga a cidade de Buriti dos Lopes a Parnaíba. Caso as águas chegam lá com a mesma força que está em Cocal da Estação, é possível que a estrada se rompa e isole as cidades de Parnaíba e Luis Correia.

No Nordeste, o Maranhão, atualmente, é o estado que tem o maior número de municípios atingidos (106), seguidos pelo Ceará (93), Piauí (41), Rio Grande do Norte (30), Paraíba (30), Pernambuco (17), Bahia (16), Sergipe (10) e Alagoas (7).
As chuvas castigam 455 cidades de 12 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amazonas, Pará e Santa Catarina). Até agora, 53 pessoas morreram no país por conta da cheia ou deslizamentos.

INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
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ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!

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