VILA DIQUE
Vivendo sem saneamento, na Vila Dique, perto de Porto Alegre é uma das atuantes fiscais das obras do PACEnedina Espíndola conhece de perto como é viver em um lugar onde o serviço de saneamento básico simplesmente não existe. Moradora da Vila Dique há 28 anos, comunidade localizada a poucos quilômetros do centro de Porto Alegre (RS), é uma das mais atuantes. Tanto que é líder comunitária há oito anos e tem fiscalizado de perto as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que apesar de atrasadas, levarão nos próximos anos coleta e tratamento de esgoto para a comunidade, que será reassentada no Conjunto Habitacional Marcel Luís.
Dona de casa, mãe de duas filhas e com 37 anos, Enedina revela que hoje as pessoas da vila já sabem que, muitas vezes, as doenças de seus filhos decorrem da falta de saneamento. “Antes, elas não tinham idéia”, relata. Esse grau de conscientização atual, segundo ela, só foi possível depois que a Vila Dique ganhou apoio do projeto Trata Brasil na Comunidade. “O Trata Brasil tem sido bastante participativo. Com as informações, estamos cientes dos males da falta de saneamento e dos direitos da comunidade. Antes, não tínhamos essa consciência”, afirma.
O projeto começou há pouco mais de um ano com a colaboração da Pastoral da Criança. Enedina lembra-se com detalhes de uma palestra realizada na comunidade pelo presidente do Trata Brasil, Raul Pinho, que contou com a participação do médico parasitologista Carlos Graeff Teixeira, Embaixador do Trata Brasil. “As pessoas ficaram ouvindo as informações, em silêncio, e foi a partir dali que todos identificaram a relação entre saúde e saneamento”, conta. E essa constatação vai ao encontro do que pensa o ITB, de que saneamento é saúde.
O fato é que a líder comunitária sabe na pele o que é essa relação. Sua filha mais nova quase foi a óbito e por seis anos ficou em tratamento, por ter contraído leptospirose, doença que encontra cenário ideal quando há combinação entre enchentes, falta de saneamento e lixo.
Mas Enedina não se ilude e sabe que há muito por fazer. “A situação na Vila Dique ainda é muito ruim”, observa. Pelo cronograma, o primeiro lote do conjunto habitacional, que está sendo erguido para que as pessoas sejam removidas e as obras de tratamento e coleta de esgoto possam ser feitas na localidade, deveria ter sido entregue em março deste ano, mas a promessa é de que esteja pronto até o fim de 2009.
Fonte: Trata Brasil - Saneamento e SaúdeINSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
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