O Rio Atibaia transbordou ontem em 1,2 metro fora de sua calha e obrigou a Defesa Civil Estadual a remover 450 famílias de 11 bairros alagados em Atibaia, a 100 quilômetros da capital. Cenas comuns em janeiro de 2010 voltaram a repetir-se na cidade de 110 mil habitantes, com famílias inteiras do bairro de classe média Parque das Nações removidas em barcos da Defesa Civil Estadual durante todo o dia. A elevação no nível de água do manancial, que chegou a 4,2 metros de profundidade, também causou enchentes em outras 14 cidades na região de Campinas.
A previsão de novos temporais hoje no interior pode elevar ainda mais o nível do Atibaia e colocar outros bairros e cidades debaixo d"água. Nos últimos dois dias choveu 162,9 milímetros na cabeceira do manancial, quase o dobro da precipitação registrada na capital desde domingo. Existe também o risco de deslizamentos e de novas inundações em municípios cruzados pelo rio, como em Nazaré Paulista, Piracaia e Bragança Paulista.
Hotéis, condomínios e marinas localizados às margens do Rio Atibaia, ao lado da Rodovia D. Pedro I, foram tomados pelas águas que vazaram de suas margens. Em Bom Jesus dos Perdões, também ao lado do rio, moradores do bairro Vila Galícia e dos Condomínios Atibainha e Marina deixaram suas casas. Ao longo do curso do Atibaia, propriedades rurais com plantações de morango e figo ficaram inteiramente submersas. Da Rodovia D. Pedro I também era possível ver cavalos e bois tentando andar em pastos alagados pelas águas do rio.
Segundo a prefeitura de Atibaia, a enchente deste ano não foi causada pelo transbordamento dos reservatórios do Sistema Cantareira, gerenciados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No ano passado, a cheia do rio deixou cerca de 2 mil famílias desabrigadas na região. Na época, a Sabesp chegou a ser responsabilizada pelas prefeituras do interior, que acusaram a empresa de abrir as comportas dos reservatórios do Cantareira.
"Ao contrário de 2010, neste ano foi apenas o excesso de chuva na cabeceira do rio que causou os transbordamentos", informou a prefeitura. Dois abrigos em escolas municipais foram colocados à disposição dos moradores.
Indignação. Os moradores do Parque das Nações estavam indignados com a nova enchente no local. Ontem pela manhã, após o Atibaia transbordar, a água subiu em menos de meia hora. "Agora vou ter de mudar para a casa da minha mãe por mais um mês", reclamou a farmacêutica Rosana dos Santos, de 32 anos. No fim da tarde, ela teve de deixar seu sobrado de barco com o filho de 3 anos e seu cachorro poodle. "No ano passado, demorei 27 dias para voltar para casa. Quero ver agora." Na periferia de Atibaia, as inundações atingiram principalmente o Bairro Caetetuba. Fonte: Jornal O Estado de SP
Olá gostaria de denunciar a destruição de um ambiente de varzea localizada na beira da rodovia D. Pedro I, às margems do rio Atibainha, região que antes era ocupada por uma área estabelecida por vegetação típica de brejo e Mata ciliar extremamente bem preservada com espécies raras de plantas e animais pertencencentes aos dois ambientes e que recebe o escoamentos das águas de toda a região e precisa ser preservada pois está sujeita ao regime de escoamento da represa de Nazaré Paulista, a qual época de cheias solta seu excesso de águas, portanto esta zona de amortecimento precisa ser protegida pois a ocupação de sua várzea suavizará os impactos das cheias que já causaram destruição na svarzeas do rio Atibainha e Rio Atibaia.
ResponderExcluirOcorre que em específico, nas áreas apresentadas pelos arquivos de foto, com sua devida localização geográfica estao sendo pouco a pouco ocupados e limpos de sua vegetação natural , que é uma vegetação primária esperada para este tipo de ambiente de brejo e várzeas, assim como drenados e aterrados, desrregularizando assim o regime da movimentação das águas do rio, o que acarretará em grande piora no que já vem acontecendo!
Num período de 5 meses houve a troca da vegetação natural por pastagem, e está acontecendo uma queima discreta, praticamente todos os dias, onde os proprietários desta área além de já haverem suprimido a vegetação de brejo estão ateando fogo para dentro da área de mata, aos poucos, no período noturno em sua grande maioria para burlar a fiscalização, assim como corte e supressão da mata ciliar tbem.
Gostaria de saber qual a melhor maneira de denunciar esta má ocupação e devastação da vegetação natural?
Tenho um sitío na área no qual estou recompondo toda a vegetação natural assim, mas sozinho não poderei fazer muita coisa!!!!
A área pertence ao municipio de Nazaré Paulista e fica entre as divisas de Nazaré e Bom Jesus dos Perdões, à direita da Rodovia D Pedro I na altura do KM 58 sentido Nazaré paulista/ Campinas na estrada vicinal que dá acesso aos bairro de Serra Negra e Vila Galicia e os problemas de aterro e supressão estão ocorrendo ao longo de toda a estrada de terra, que há encontrava-se em ótimo estado de conservação dentro do período de 1 ano/1 ano e meio atrás!!
Grato pela atenção, aguém poderia me informar como proceder para obter a atenção da fiscalização??