Ele veio a São Paulo para apresentar o projeto que recuperou o córrego Cheong Gye, em Seul, no seminário promovido pela Rede Globo.
O especialista que ajudou a limpar o poluído córrego Cheong Gye, em Seul, veio a São Paulo e viu de perto a realidade dos nossos rios. Acompanhe a visita. O coreano esteve à frente da recuperação do córrego Cheong Gye, em Seul, na Coreia do Sul.
Ele veio a São Paulo para apresentar o projeto no encontro promovido pela Rede Globo em parceria com a Escola Politécnica da USP na terça-feira passada. No encontro, que teve a participação de especialistas e autoridades, foi discutido o futuro dos nossos rios.
Lá em Seul, também havia um elevado parecido com o minhocão, que foi demolido para trazer o córrego de volta a vida. O senhor Li conferiu cada detalhe do nosso elevado. O que logo chamou a atenção foi o uso do minhocão como área de lazer aos domingos.
Ele disse que isso é muito importante porque trás vida para o local, mas apontou os pontos negativos: o barulho e a falta de iluminação natural na parte de baixo do minhocão. Perto dali outra situação lembrou a que existia antes da recuperação do córrego coreano.
Na região do parque Dom Pedro, o rio Tamanduateí foi canalizado para que o leito desse lugar a avenida do Estado. O senhor Li observou que na parte natural do rio a água é mais limpa do que era a do Cheong Gye. Isso é um tesouro e devia estar a disposição dos moradores. Agora um olhar apurado sobre a cidade de São Paulo.
Hora de um sobrevoo pelas represas Billings e Guarapiranga, responsáveis pelo fornecimento de água de mais de seis milhões de moradores. O coreano ficou impressionado com a ocupação irregular às margens das represas. “As pessoas moram quase dentro d´água”, ele disse. Isso gera ligações clandestinas de esgoto e polui ainda mais os rios paulistas.
No Tietê a lembrança do Han, o principal rio de Seul, que também corta a capital. A diferença é que o Han já foi poluído e agora é limpo. Aqui a quantidade de esgoto e de lixo impressionou o visitante.
No passeio pelo rio Pinheiros um encontro com dois especialistas que também participaram do seminário. Os professores Mário Thadeu Leme de Barros, da USP, e Carlos Eduardo Tucci, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O coreano reparou que animais insistiam em conviver com a sujeira. “Onde há oxigênio no ar ainda é possível os animais sobreviverem, mas a fauna e flora aquática, essa infelizmente aqui na região já desapareceu”, diz Mário Thadeu Leme de Barros, professor da Escola Politécnica da USP. “Você vê uma cidade rica como São Paulo.
O estado de São Paulo tem 35% do PIB nacional. Vocês estão vendo aqui o desenvolvimento da cidade e essa cidade, essa riqueza não está pagando o custo da sua instalação porque o resultado do esgoto que ela gera, está aqui no rio, transformou o rio em um rio morto, sem oxigênio”, diz Carlos Eduardo Tucci, engenheiro civil.
Ver o rio Pinheiros sufocado pelas marginais incomoda.
Aqui em São Paulo a gente não consegue imaginar a cidade sem estas pistas. A gente logo pensa que o trânsito seria um caos. Mais do que já é. Só que lá em Seul, a prefeitura pensa em construir pistas subterrâneas para os carros que passam pelas marginais do rio Han.
Para o senhor Li seria uma forma de aproximar os sul-coreanos do rio. “Quando recuperamos o córrego Cheong Gye houve muitos protestos, mas depois que as autopistas deram espaço ao bem-estar todos concordaram que a troca valeu a pena. Acho que vale o sacrifício”, diz o coreano.
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