A foto de Felício de Lucia Lobo é do esgoto e depósito de lixo no Córrego São José, afluente da margem direita da Represa da Guarapiranga (SP), que abastece 3,8 milhões de pessoas residentes na zona sudoeste da capital paulista, incluindo as regiões de Santo Amaro, Morumbi, Pinheiros e Butantã.
Daniel Gonzales
O trabalho é difícil e artesanal: a bordo de um pequeno barco, três homens recolhem com as mãos o máximo que conseguem do lixo que se acumula nas margens do principal manancial da capital paulista, a Represa do Guarapiranga, na zona sul, responsável pelo abastecimento de 4 milhões de pessoas (20% da Região Metropolitana de São Paulo). Os "lixeiros da represa" bateram, em fevereiro, o recorde no volume de lixo retirado da água: cerca de mil sacos.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) decidiu investir em uma operação cata bagulho própria, chamada Defesa das Águas, porque o grande volume de sujeira estava, todos os meses, entupindo os dutos de captação de água para tratamento e distribuição à população, que ficam próximos da foz do Rio Guarapiranga.
Desde que a iniciativa teve início, há dois anos, já se retirou da represa um volume equivalente a 1,1 milhão de litros de resíduos, equivalentes a 11 mil sacos de lixo grandes. "Éramos obrigados, quase mensalmente, a recorrer a mergulhadores para desentupir os canos e assegurar o fluxo de água", diz Alexandre Bueno, encarregado de Operações da Sabesp.
As bombas, automatizadas, sugavam a sujeira para dentro do sistema. "Agora, com a coleta de lixo em nove pontos que mapeamos, não é necessário mais fazer isso frequentemente", ressalta Bueno. Neste ano, nenhuma ação subaquática foi necessária. Mesmo assim, perto da torre de captação, 273 sacos de lixo acabaram recolhidos neste ano. Com as chuvas fortes, o problema piorou. Os cinco afluentes do Guarapiranga trouxeram mais lixo dos bairros próximos, onde vivem 800 mil pessoas. Assim, aumentou a quantidade de "ilhas" de sujeira no enorme reservatório, construído artificialmente na década de 1900 - com o tamanho de 2,6 mil campos de futebol.
A proliferação de plantas aquáticas, os aguapés, incentivada pelo calor, também contribuiu para reter mais lixo entre as raízes. E o cheiro da água ficou bem pior. Foi o que notaram frequentadores das praias ao longo da Avenida Presidente Kennedy, na região da Capela do Socorro. "A água cheira forte e a gente vê mesmo muito lixo boiando. O pessoal também não colabora e joga muito resto de comida e embalagens na água", reclama Kelly Yunes de Oliveira, de 23 anos, que costuma levar os filhos à represa nos fins de semana.
Nos próximos dias, o cata bagulho aquático ganhará o reforço de dois barcos tipo balsa, munidos com esteiras e pás para fazer o recolhimento e a rolagem do lixo, para posterior reciclagem - um deles tem até canhão de água. Os equipamentos foram recentemente adquiridos pelo Estado, a um custo de R$ 200 mil cada um. Apelidadas de cata lixo, as embarcações, únicas no País, estão atracadas na represa, mas ainda dependem de uma autorização especial da Marinha para entrar em serviço. Um protótipo foi testado, com sucesso, no Rio Pinheiros. Com o casco chato, se consegue chegar mais perto das margens da represa e cada barco tem capacidade para armazenar 6 toneladas de lixo.
Por meio de um acordo com a Prefeitura, todo o lixo coletado pela empresa estadual fica disposto na área da Marina Santa Clara, um galpão abandonado, onde os caminhões do governo municipal coletam e levam o material para reciclagem. A Sabesp ainda trabalha atualmente em um processo de identificação da propriedade do edifício, para pleitear a desapropriação e a transferência de posse para o governo do Estado.
* COMENTÁRIOS
Guarapiranga, a vítima
Seg, 13/04/09 12:02 , pachecodutra@estadao.com.br
A represa de Guarapiranga que foi nas décadas de 30 a 50 um ponto turístico tão importante com suas "belas praias" a ponto de anexar o então municípo de Santo Amaro à capital, hoje por uma sucessão de governantes incompententes, ou pior, condescendentes, populistas demagôgos, está entregue a própria sorte, desde população menos favorecida que no seu entorno construiu seus barracos, a loteamentos clandestinos, espertalhões, pessoas inescrupulosas que exploram a miséria ali existente. Será dificil reverter este quadro revivendo aquela bela area; frear a expansão desordenada é mister,mas não vejo hoje um homem de peito p'ra isso nestes politicos.A ideia de balsas cata-lixo é um paliativo interessante, mas educação do povo que ali reside será prioridade absoluta!
URGENTE !!!!
Seg, 13/04/09 08:58 , leominor@estadao.com.br
Medidas duras necessitam serem tomadas para se preservar a represa. É dela que depende o abastecimento de milhões de pessoas. Se não temos a conciência social de fazer bom uso então que se tome medidas o mais rápido possível para a preservação desse bem que é de todos. As pessoas não entendem que precisam conservar esse manancial porque lhes faltam educação. Ainda sofreremos muito desse mal.
* Comente também
Lixeiros da represa recolhem de pneus a copiadoras
Para facilitar os serviços de limpeza, além da entrada em operação de novas embarcações, um projeto da Sabesp, que sai do papel ainda neste mês, é instalar "ecobarreiras" flutuantes, feitas com tambores vazios, para reter a sujeira perto da foz dos córregos e ribeirões que deságuam na represa.
Um dos pontos mais críticos da represa é a foz do Córrego Guavirituba, próxima da Riviera Paulista. Ali, em cinco minutos, 12 sacos são recolhidos. Entre a média de 50 sacos por dia, cada um com 100 litros, retirados das águas (em fevereiro), a lista é extensa: bolas, brinquedos, cachorros e cavalos mortos, máquinas, carrinhos de bebê, chuveiros, restos de móveis, pneus, televisores, rádios, uma copiadora de xerox e peças de automóveis - OESP, 13/4, Metrópole, p.C3.
SUGESTÕES:
A Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) decidiu investir em uma operação cata bagulho própria, chamada Defesa das Águas, porque o grande volume de sujeira estava, todos os meses, entupindo os dutos de captação de água para tratamento e distribuição à população, que ficam próximos da foz do Rio Guarapiranga.
Desde que a iniciativa teve início, há dois anos, já se retirou da represa um volume equivalente a 1,1 milhão de litros de resíduos, equivalentes a 11 mil sacos de lixo grandes. "Éramos obrigados, quase mensalmente, a recorrer a mergulhadores para desentupir os canos e assegurar o fluxo de água", diz Alexandre Bueno, encarregado de Operações da Sabesp.
As bombas, automatizadas, sugavam a sujeira para dentro do sistema. "Agora, com a coleta de lixo em nove pontos que mapeamos, não é necessário mais fazer isso frequentemente", ressalta Bueno. Neste ano, nenhuma ação subaquática foi necessária. Mesmo assim, perto da torre de captação, 273 sacos de lixo acabaram recolhidos neste ano. Com as chuvas fortes, o problema piorou. Os cinco afluentes do Guarapiranga trouxeram mais lixo dos bairros próximos, onde vivem 800 mil pessoas. Assim, aumentou a quantidade de "ilhas" de sujeira no enorme reservatório, construído artificialmente na década de 1900 - com o tamanho de 2,6 mil campos de futebol.
A proliferação de plantas aquáticas, os aguapés, incentivada pelo calor, também contribuiu para reter mais lixo entre as raízes. E o cheiro da água ficou bem pior. Foi o que notaram frequentadores das praias ao longo da Avenida Presidente Kennedy, na região da Capela do Socorro. "A água cheira forte e a gente vê mesmo muito lixo boiando. O pessoal também não colabora e joga muito resto de comida e embalagens na água", reclama Kelly Yunes de Oliveira, de 23 anos, que costuma levar os filhos à represa nos fins de semana.
Nos próximos dias, o cata bagulho aquático ganhará o reforço de dois barcos tipo balsa, munidos com esteiras e pás para fazer o recolhimento e a rolagem do lixo, para posterior reciclagem - um deles tem até canhão de água. Os equipamentos foram recentemente adquiridos pelo Estado, a um custo de R$ 200 mil cada um. Apelidadas de cata lixo, as embarcações, únicas no País, estão atracadas na represa, mas ainda dependem de uma autorização especial da Marinha para entrar em serviço. Um protótipo foi testado, com sucesso, no Rio Pinheiros. Com o casco chato, se consegue chegar mais perto das margens da represa e cada barco tem capacidade para armazenar 6 toneladas de lixo.
Por meio de um acordo com a Prefeitura, todo o lixo coletado pela empresa estadual fica disposto na área da Marina Santa Clara, um galpão abandonado, onde os caminhões do governo municipal coletam e levam o material para reciclagem. A Sabesp ainda trabalha atualmente em um processo de identificação da propriedade do edifício, para pleitear a desapropriação e a transferência de posse para o governo do Estado.
* COMENTÁRIOS
Guarapiranga, a vítima
Seg, 13/04/09 12:02 , pachecodutra@estadao.com.br
A represa de Guarapiranga que foi nas décadas de 30 a 50 um ponto turístico tão importante com suas "belas praias" a ponto de anexar o então municípo de Santo Amaro à capital, hoje por uma sucessão de governantes incompententes, ou pior, condescendentes, populistas demagôgos, está entregue a própria sorte, desde população menos favorecida que no seu entorno construiu seus barracos, a loteamentos clandestinos, espertalhões, pessoas inescrupulosas que exploram a miséria ali existente. Será dificil reverter este quadro revivendo aquela bela area; frear a expansão desordenada é mister,mas não vejo hoje um homem de peito p'ra isso nestes politicos.A ideia de balsas cata-lixo é um paliativo interessante, mas educação do povo que ali reside será prioridade absoluta!
URGENTE !!!!
Seg, 13/04/09 08:58 , leominor@estadao.com.br
Medidas duras necessitam serem tomadas para se preservar a represa. É dela que depende o abastecimento de milhões de pessoas. Se não temos a conciência social de fazer bom uso então que se tome medidas o mais rápido possível para a preservação desse bem que é de todos. As pessoas não entendem que precisam conservar esse manancial porque lhes faltam educação. Ainda sofreremos muito desse mal.
* Comente também
Lixeiros da represa recolhem de pneus a copiadoras
Para facilitar os serviços de limpeza, além da entrada em operação de novas embarcações, um projeto da Sabesp, que sai do papel ainda neste mês, é instalar "ecobarreiras" flutuantes, feitas com tambores vazios, para reter a sujeira perto da foz dos córregos e ribeirões que deságuam na represa.
Um dos pontos mais críticos da represa é a foz do Córrego Guavirituba, próxima da Riviera Paulista. Ali, em cinco minutos, 12 sacos são recolhidos. Entre a média de 50 sacos por dia, cada um com 100 litros, retirados das águas (em fevereiro), a lista é extensa: bolas, brinquedos, cachorros e cavalos mortos, máquinas, carrinhos de bebê, chuveiros, restos de móveis, pneus, televisores, rádios, uma copiadora de xerox e peças de automóveis - OESP, 13/4, Metrópole, p.C3.
SUGESTÕES:
1. NÃO ESTÁ NA HORA DO TRABALHADOR POVO DA CAPITAL DOS PAULISTAS E REGIÃO SE CONSCIENTIZAREM QUE LUGAR DE LIXO É NA LIXEIRA E NÃO NA REPRESA DE ONDE SE RETIRA A ÁGUA QUE ELES BEBEM ?
2. OS PADRES CATÓLICOS, OS PASTORES E PREGADORES EVANGÉLICOS, OS DIRIGENTES ESPÍRITAS, OS PALESTRANTES DE OUTRAS RELIGIÕES PODERIAM AJUDAR, ORIENTANDO DE SEUS PÚLPITOS, OS SEUS FIÉIS, PARA QUE NÃO JOGASSEM LIXO NOS RIOS E REPRESAS DE ONDE É RETIRADA A ÁGUA QUE BEBEM !
3. FINALMENTE, AS DEDICADAS PROFESSORAS DAS ESCOLAS DO ENSINO BÁSICO, NAS AULAS DE DITADOS, PODERIAM MANDAR UM RECADO PARA AS MAMÃES:
"QUERIDA MAMÃE: SE VOCÊ MORA PERTO DE UM CÓRREGO, RIBEIRÃO, RIO OU REPRESA, NÃO JOGUE LIXO NAS ÁGUAS QUE VOCÊS VÃO BEBER MAIS TARDE".
"CASO VEJA ALGUÉM JOGANDO LIXO NAS ÁGUAS, ORIENTE PARA QUE NÃO FAÇA ISSO, PORQUE LUGAR DE LIXO É NA LIXEIRA"
TEMOS CERTEZA QUE A MAIORIA DAS MÃES VÃO ATENDER O PEDIDO DAS PROFESSORAS DE SEUS FILHOS!!!
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem vindo e deixe aqui seus comentários, idéias, sugestões, propostas e notícias de ações em defesa dos rios, que vc tomou conhecimento.
Seu comentário é muito importante para nosso trabalho!
Querendo uma resposta pessoal, deixe seu e-mail.
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários. Portanto, não serão publicados comentários que firam a lei e a ética.
Por ser muito antigo, o quadro de comentários do blog ainda apresenta a opção comentar anônimo; mas, com a mudança na legislação,
....... NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS DE ANÔNIMOS....
COMENTÁRIOS ANÔNIMOS, geralmente de incompetentes e covardes, que só querem destruir o trabalho em benefício das comunidades FICAM PROIBIDOS NESTE BLOG.
No "COMENTAR COMO" clique no Nome/URL e coloque seu nome e cidade de origem. Obrigado
AJUDE A SALVAR OS NOSSOS RIOS E MARES!!!
E-mail: sosriosdobrasil@yahoo.com.br